Duas palavras em Dublin

Quem já ouviu falar da Comissão Trilateral?
Poucos, eh? Pois…

E do Grupo Bilderberg? Poucos também.

No entanto, quando se fala de Bilderberg e Comissão Trilateral as pessoas imaginam logo obscuros enredos, teorias da conspiração ou outros assuntos entre fantasia desenfreada e livros de espionagem de baixo nível. 

Errado. Bilderberg e Comissão Trilateral são realidades, e das mais importantes.
A Comissão até tem o próprio site: The Trilateral Commission.

Nas poucas páginas do site podemos encontrar a história do grupo. os objectivos (os oficiais, claro…) e até o elenco dos participantes, inclusive os nomes das empresas ou Estados para as quais trabalham. E não espanta o poder ler nomes de “velhos conhecidos”: Fuji, Xerox, UBS, Rothschild, Allianz, Goldman Sachs, Mitsubishi, Shell, senadores, deputados…

O que segue é um artigo do jornalista James P. Tucker, um especialista nestes assuntos. Podemos ler mais acerca do seu trabalho no site American Free Press.

Na última reunião, realizada a portas fechadas em Dublin (07-10 de Maio), os membros da Comissão Trilateral, irritados com a incapacidade de estabelecer um governo mundial e com a crise económica que têm gerado, proclamaram a guerra contra o Irão .

Os planos de guerra foram revelados por Mikhail Slobodovsici, conselheiro do chefe de governo russo, enquanto caminhava até o hotel Four Seasons, onde a Comissão Trilateral ficou protegida por guardas armados e barricada à porta fechada. Falando com Alan Keenan, que trabalha para o site WeAreChange.org, acreditava falar com um colega da Comissão.

“Estamos decidindo o futuro do mundo”, disse Slobodovisci. “Precisamos de um governo mundial”, continuou ele, mas, referindo-se ao Irão, “devemos livrar-nos dele”, disse.

Sem dúvida foi uma proclamação de guerra da Trilateral. Muitos dos milionários e bilionários da Comissão têm investimentos pesados nas indústrias e as guerras geram lucros enormes.

Slobodovsici de repente percebeu que a placa de Keenan era diferente da etiqueta da Comissão e disse: “Eu não posso falar – operamos sob as regras de Chatham House.”

A Slobodovsici a Trilateral pediu para exigir mais desculpas para o massacre de uma população estimada entre 30 e 60 milhões de habitantes da antiga União Soviética, obra do ditador Josef Stalin. O Primeiro-Ministro Vladimir Putin pediu humildemente desculpas no aniversário da execução de 20.000 soldados polacos. Putin admitiu que o massacre tinha sido executado pelos soviéticos, e não pelos alemães, tal como alegado pelos soviéticos durante meio século. No entanto, o presidente russo, Dmitry Medvedev novamente pediu desculpas no dia seguinte (09 de Maio), acusando o povo soviético por ter permitido o massacre, dizendo que eles tinham plena consciência do derramamento de sangue.

Os ilustres membros da Trilateral nunca foram tão deprimidos.

“Cada ano é pior”, afirmou um deles. “Porque continuamos a encontrar-nos ainda?”

“Não podemos simplesmente desistir e deixar”, disse outro. “O Bilderberg espera um nosso plano.”

Grande parte da  frustração decorre da incapacidade de estabelecer um governo mundial. Em 1999, tanto a Trilateral quanto o Bilderberg confiavam na previsão de que eles teriam direito a um governo mundial para o ano de 2000. Uma década mais tarde, o objectivo parece mais distante. E culpam-se os “nacionalistas” que se opõem à rendição da soberania a organismos internacionais.

O Grupo de Bilderberg reunirá de 04 até 07 de Junho em Espanha, em Sitges, uma cidade turística a cerca de 20 km de Barcelona, para fazer escolhas definitivas sobre o que impor ao mundo.

O Bilderberg fechará todo o perímetro do Dolce Sitges com guardas armados e segurança privada. O Bilderberg é composto por aproximadamente 120 investidores internacionais, chefes de Estado europeus e altas patentes da Casa Branca, Secretários de Estado e representantes dos Departamentos de Estado e de Comércio, entre outros.

A Comissão Trilateral é a equipa de reserva, com pouco mais de 300 participantes. O Bilderberg, a principal equipa do aspirante governo mundial “secreto”, tem pouco mais de 100 membros. Os dois grupos têm um objectivo comum, uma liderança coordenada e o objectivo comum de um governo mundial sob o seu controle.

No entanto, a Trilateral atrai os chefes de Estado e outros altos funcionários na Europa e financiadores internacionais, incluindo David Rockefeller e os membros da família Rothschild. Presentes também altos funcionários da Casa Branca e dos Departamentos do Tesouro, do Comércio e do Estado da Administração de Obama.

Os membros da Trilateral estão decepcionados por não terem sido capazes de explorar a crise económica, que têm contribuído para criar, e formar um “Departamento do Tesouro”, sob os auspícios da ONU. Culpam o “crescente nacionalismo” e perguntam “como é que as pessoas sabiam disso”, segundo testemunhas no interior do hotel. No entanto, a Trilateral continua. Num comentário baseado em entrevistas com líderes da Trilateral (ou ditadas por eles), o economista Richard Douthwaite escreveu no passado dia 7 de Maio no The Irish Times:

O crescimento económico não pode aumentar as receitas duma forma rápida e confiável, de modo a garantir os resultados desejados. O único remédio é a inflação. Esta poderia ser construída pelo Banco Central Europeu ao criar dinheiro do nada, entrega-lo aos países da zona do euro para gastar … Outro obstáculo é o sentimento irracional de que o dinheiro não pode ser criado a partir do nada…

Das páginas do jornal Douthwaite pede ao Banco Central Europeu para iniciar a impressão de moeda, tal como faz a Federal Reserve, de propriedade e controle privado, para inundar de dólares os seus amigos nos Estados Unidos.

De acordo com a regulamentação bancária na Europa, o Banco Central Europeu tem um limite na emissão de moeda para um máximo de 2 por cento da inflação. Doughwaite quer que esse limite seja eliminado para os banqueiros.

Nos EUA, a Reserva Federal tem distribuído gratuitamente dinheiro aos bancos que fazem parte da mesma Fed e reduziu a taxa de desconto para quase zero. Na Europa, Douthwaite escreve:

Este objectivo poderá ser construído pelo Banco Central Europeu, criar dinheiro do nada para dar dinheiro aos Países da zona do euro para gastar.

O resultado, diz ele, é a inflação, porque haveria mais dinheiro em circulação para pagar as dívidas dos governos. Mas nisso ele não vê nada de errado.

No entanto, como observado pelo congressista Ron Paul, o problema da inflação é que esta afecta a classe trabalhadora, porque age como um imposto indirecto.

Adverte o congressista:

Em poucas palavras, imprimir moedas para pagar os gastos federais dilui o valor do dólar, causando aumento dos preços de bens e serviços. Quem poupa e quem vive de rendimentos fixos ou baixos são os mais afectados pelo aumento do custo de vida. Famílias com rendimentos médios ou baixos são as que mais sofrem, pois lutam para sobreviver enquanto a riqueza é, literalmente, transferida da classe média para os ricos.

A ideia da emissão fraudulenta de dinheiro tem sido abraçada por Gary Jenkins da Evolution Securities. Ele disse que o Banco Central Europeu pode começar a imprimir dinheiro para sair do poço. “Se chegarmos à beira do abismo, poderia ser a única opção possível”, continuou . “Só o BCE pode imprimir o euro para salvar o sistema”.

Por agora, Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu, nega que seja possível começar a imprimir dinheiro. Trichet parece estar em minoria aqui, a pressão dos “mundialistas” pode finalmente obriga-lo a aumentar a inflação, numa tentativa de conter o colapso inevitável da UE.[…]

A Comissão Trilateral pretende:

O aumento dos preços da gasolina nos Estados Unidos. Os europeus pagam agora 10 dólares por galão, os americanos cerca de 3. A Trilateral argumenta que os americanos têm de pagar 7.

O óleo é produzido a capacidade de apenas 81% de forma a aumentar a procura e, consequentemente, o preço. Muitos membros nasceram na riqueza do petróleo.

Eles celebram a lei sanitária, que acreditam irá aumentar drasticamente os custos e reduzir os serviços. É um estilo europeu, e Obama é menino que faz tudo. Esperam o dia em que os americanos paguem 50% dos rendimentos em impostos federais, como é comum na Europa.

Fonte: American Free Press , Trilateral Commission
Foto: Four Season Hotel
Tradução: Informação Incorrecta

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