Basta apelos: queremos a cura

O mais recente artigo de Thierry Meyssan, publicado nas páginas de Voltaire.Net, assim termina:

Se não nos precavermos a respeito, o grupo actual […] irá impor ao longo do tempo uma aplicação (aplicativo-br) de rastreio de telemóvel (celular-br) a fim de vigiar os nossos contactos; arruinará certas economias para transferir a força de produção para as indústrias de armamento; e, por fim, irá convencer-nos de que a China é responsável pela epidemia e deve ser cercada (Containement).

Se não nos precavermos a respeito, a OTAN, que acreditávamos estar em estado de morte cerebral, irá reorganizar-se. Ela irá estender-se para o Pacífico com, para comerciar, a adesão da Austrália.

Se não nos precavermos a respeito, a escola será substituída por um ensino de saberes no domicílio. As nossas crianças irão tornar-se papagaios desprovidos de espírito crítico, ouvindo falar de tudo, mas não sabendo nada.

No mundo novo que se está a preparar para os Europeus da UE, os grande média (mídia-br) não mais serão financiados pela indústria do petróleo, mas pela Big Pharma. Eles irão convencer-nos que todas as medidas tomadas foram as melhores. Os motores de busca darão notas de credibilidade, aos média não-conformes, de acordo com os títulos dos signatários dos seus artigos e não pela qualidade do seu pensamento.

Ainda é tempo de reagir.

Meyssan não é o único que apela a uma reacção. Sobretudo nesta altura de “pandemia”, quando os objectivos da elite parecem mais claros, os apelos multiplicam-se: é preciso reagir. O que é uma óptima ideia. E que seria ainda melhor se alguém explicasse “como” reagir. É mesmo aqui que as boas intenções travam de forma repentina: estamos todos de acordo, é preciso fazer alguma coisa. Mas fazer o quê? Como? E ainda mais importante: para obter qual resultado? Isso ninguém explica. E o resultado é que ninguém se mexe.

Tentamos responder. Fazer o quê?

Informação

Pegamos nas observações de Meyssan: quanto ao aplicativo a coisa não é difícil, é só não instala-lo no nosso smartphone. Já um pouco mais complicado é impedir que a Nato possa reorganizar-se ou que Big Pharma tome as rédeas da nossa sociedade. Aqui não são suficientes as boas intenções, é preciso um pouco mais. Então a pergunta passa a ser “como?”.

A riqueza da elite reside na informação. Negar a informação aos cidadãos significa mantê-los num estado de ignorância que possibilita a tomada de qualquer decisão com a segurança de que os verdadeiros objectivos irão permanecer ocultos e que, portanto, não poderá haver uma reacção das massas.

Pelo que, o primeiro passo deve ser espalhar a informação. Esta deve poder atingir todos, tal como hoje acontece com os grandes media. A divulgação da informação não pode ser entregue a um blog, a uma página internet ou àquela armada de desesperados que hoje tem o nome de “informação alternativa”. A informação deve passar por um (ou mais, claro) órgão que tenha credibilidade, que apoie as suas teses em documentos verificáveis, mantido por profissionais da comunicação. E, claro está, os meios de divulgação não podem ser limitados a internet, tem que haver mais do que isso. Informação de qualidade, que consiga atingir todos.

Complicado? Sim, sem dúvida, muito complicado. Mas não tão complicado como responder à pergunta sucessiva: qual o resultado pretendido?

Objectivos?

O nosso desejo é simplesmente voltar à condição pré-pandemia? Duvido: a elite tem à disposição meios quase infinitos, se a “pandemia” não funcionar será inventado algo diferente. É só uma questão de tempo.

Então qual o objectivo? Uma sociedade “mais justa”? O que significa isso? Nada. O que é “mais justo” para mim pode não ser igualmente “mais justo” para o Leitor. O que é uma sociedade “mais justa”? Pode haver um mercado “mais justo”? O Comunismo é “mais justo”? O Fascismo é “mais justo”? Ainda ligados aos velhos esquemas Esquerda-Direita, seria impossível até encontrar um acordo acerca do ponto de chegada.

Na verdade, os objectivos propostos até hoje são apenas pela negativa: contra Big Pharma, contra a Nato, contra as vacinas, contra o Capitalismo… vivemos na ilusão de que seja possível enfrentar estes problemas de forma pontual, como se não fossem parte dum projecto homogéneo e maior. Este é um erro que inviabiliza qualquer luta. E o facto de que esta atitude pertença também àqueles profissionais que poderiam estar envolvidos numa operação mediática de grande alcance para o despertar das massas, bom, isso é muito deprimente. E reparem que esta é uma leitura “boa”, depois há outra “má”, que envolve a figura dos gatekeepers, da qual nem vale a pena falar aqui e agora.

Portanto: há grandes problemas na divulgação dos factos e haveria enormes problemas no estabelecimento de objectivos. O paciente sente-se mal, os exames de laboratório indicam que algo de facto está mal mas o médico não sabe identificar a doença nem a cura. O que tem que fazer o médico? Procurar mais informação. Sempre aí voltamos: para salvar o paciente é preciso procurar e espalhar informação, não apelos. O paciente bem pode apelar-se ao médico para que este faça alguma coisa, mas se o médico não tiver informação o apelo cai no vazio. E deve ser informação de qualidade, caso contrário o paciente pode morrer.

A doença: neofeudalismo global

Temos uma vantagem: no nosso caso a doença está bastante bem delineada. E até sabemos qual o agente infeccioso. Está em curso uma tentativa para ultrapassar as Democracias avançando para uma forma de neofudalismo global.

Os meios são:

  • Demolição sistemática da classe média.
  • Demolição sistemática das Culturas Locais.
  • Demolição sistemática da Identidade Individual.
  • Demolição sistemática da Soberania do Indivíduo, da Família, do Estado.

Objectivo final: um mundo povoado por massas de pobres e desorientados, privados de referências culturais e de estabilidade, de identidade, privados até de identidade sexual, cheios de distracções, aos quais a tecnologia oferece cada vez mais entretenimento. Massas que se alimentam de baratas olhando para o mundo através de óculos virtuais que lhes mostram tudo como bonito, interessante, estimulante, gratificante. Um mundo falso que afasta cada vez mais da realidade.

Um mundo dominado por uma elite muito restrita que toma todas as decisões para todos, gerido através de uma classe de técnicos, “os especialistas”. Preparada por estruturas muito elitistas, com um número limitado, em que a ortodoxia é a regra absoluta e qualquer dissidência interna é considerada heresia e punida com descrédito, isolamento se não detenção. Especialistas divididos por sectores, constantemente centrado no como implementar as políticas decididas pelos donos e como torná-las agradáveis aos escravos. Especialistas dedicados à definição das orientações globais e locais em matéria de economia, marketing, saúde mental, saúde corporal, nutrição, emoções. Os especialistas que comunicam a todos o que devem temer, o que devem amar, o que devem odiar, o que devem desejar.

É ficção científica? Bom, olhem à vossa volta: é o que estão a fazer. Através de filmes, através de séries televisivas, através de anúncios publicitários, através de talk shows. Mesmo quando dizem que uma “pandemia” justifica as vacinas. Mesmo quando dizem que dois arranha-céus caem porque atingidos por aviões e um terceiro colapsa por simpatia.

Neo-feudalismo global. Esta é a doença. A elite no poder é o agente patogénico.

Basta apelos: é tempo de agir

Mas é inútil continuar a repeti-lo entre nós: quem costuma frequentar o mundo da informação alternativa sabe isso de cor. Basta de apelos: queremos informação, séria, baseada em provas, algo que possa constituir uma sólida base. E não é tudo: é necessário divulgar estes conteúdos em plataformas multimédias capazes de alcançar todos, sem exclusão. Isso significa internet, com certeza, mas também papel, rádio, televisão.

É indispensável unir as forças para implementar uma acção: um artigo como aquele de Thierry Meyssan, só por si, conseguirá alcançar um número muito pequeno de Leitores. Passadas algumas horas, irá naufragar no oceano feito por biliões de artigos parecidos e não. Se não formos capazes de identificar uma cura, ao menos que seja possível recolher e espalhar da melhor forma a máxima quantidade da melhor informação: mais cérebros ao trabalho sobre o mesmo problema significam mais possibilidades de encontrar uma solução.

A informação é poder. Sem informação nada irá acontecer. Espalhar a melhor informação através dos melhor profissionais com as actuais tecnologias capazes de alcançar todos: é possível. Não simples, mas possível. É claro que haveria problemas, resistências, difamação, ameaças e tudo o resto. Sem dúvida seria mais complicado do que escrever o nosso artigo de indignação sentados atrás do teclado. Mas é possível. E mais: mesmo que não resultasse (hipótese bem provável), só o facto de tentar e ser impedidos constituiria ao mesmo tempo um exemplo e mais uma prova.

Por favor: basta com os apelos, já atingiram o limiar do patético. Para não cair definitivamente no ridículo, trabalhem num esforço conjunto, uma acção comum para divulgar informações de qualidade para todos, com todos os meios de comunicação disponíveis, para acordar quem continua a dormir.

Nota: Informação Incorrecta vai tentar criar algo neste sentido, em tamanho pequeno como é óbvio. Fiquem sintonizados.

 

Ipse dixit.

14 Replies to “Basta apelos: queremos a cura”

  1. «…mas também papel, rádio, televisão…»

    O papel e a rádio continuam a ser a forma mais eficaz na divulgação do conteúdo que se pretende, inclusive tem maior receptividade por parte dos cidadãos.

    Como sabemos, em Portugal a rádio e os jornais foram destruídos em duas fases, a primeira infiltrando elementos com o objectivo de fazê-los singrar dentro das estruturas à medida que o pessoal da velha guarda ia morrendo ou afastando-se dos projectos; a segunda fase, concretizou-se na privatização desses meios de comunicação.

    Isto faz com tenhamos que ser nós, cidadãos, a criar uma nova estratégia de divulgação da informação por forma a resgatá-la do sequestro em que se encontra por parte da oligarquia e os seus tentáculos institucionais, legais, burocráticos, e académicos.

    O panorama em Portugal da informação é bastante medíocre e está completamente minado por interesses que actuam tanto a nível individual ou em grupo.

    «…Informação Incorrecta vai tentar criar algo neste sentido, em tamanho pequeno como é óbvio. Fiquem sintonizados…»

    Quem tiver disponibilidade, que traduza artigos que considere relevantes e envie pelo formulário de contacto do blogue, contribuindo assim para esta plataforma. É um pequeno contributo, mas bastante relevante pois permitirá o acesso a artigos e publicações em Língua Portuguesa, tanto por cidadãos Portugueses como pelos os cidadãos dos países pertencentes à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

    P.S.: Aos interessados: «Anulação do Artigo 13.º-B presente no Decreto-Lei n.º 20/2020» – https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT99605

  2. Max,
    Em minha opinião o mundo hoje está dividido em 3 grupos, dois dos quais serão forças em disputa e o terceiro grupo é a população em geral, completamente abstraída daquilo que se passa para fora dos jornais e televisões.
    Quanto ás forças em disputa temos o Movimento Globalista, em que o Neofeudalismo Global será o modelo que este movimento quer implementar, ou Nova Ordem Mundial como muitos preferem chamar. Por outro lado temos o Movimento Nacionalista.
    Verifica-se actualmente um conflito entre Globalistas e Nacionalistas, que esta falsa pandemia veio expor um pouco mais.
    Muitos players globalistas são fáceis de identificar; ONU, OMS, UE, Bancos Centrais, Bill Gates, Deep State, grandes corporações e cadeias de informação, NATO, Vaticano, e por aí fora, e é claramente a facção mais forte.
    Quanto aos players Nacionalistas, coloco o Trump e todos os aliados internos, Putin e toda a máquina que o acompanha, países não alinhados, movimentos separatistas como o que esteve na origem do Brexit, muito do tecido empresarial fora da esfera das grandes transnacionais. Relativamente à China, não sei, mas acredito que alinhe pelos princípios nacionalistas.
    Agora, e apesar disso, nada impede que os Globalistas, nos países que controlam, não imponham políticas que fazem parte da sua agenda, como sendo, por exemplo, o controle eletrónico dos cidadãos.

  3. «…movimentos separatistas como o que esteve na origem do Brexit…»

    No regime da Inglaterra não existem «…movimentos separatistas…» que estiveram «…na origem do Brexit…».

    A saída do regime inglês da união europeia (ue), deve-se ao facto desse projecto (que foi criado pelos ingleses) já não servir os seus interesses tendo em conta a mudança económica, política, cultural, e filosófica, que se está neste momento a verificar, através de uma frente de Estados-Nações que apresentam um novo paradigma colocando em causa o império Atlanticista e o seu corrupto sistema económico/financeiro.

    Lembre-se que o regime da Inglaterra é uma ditadura monárquica e clerical, com eleições e um parlamento de fachada, onde a família de Isabel Maria que controla o regime, após delinear e decidir as políticas que pretende implementar, simplesmente as delega para execução no parlamento.

    1. JF,

      ‘A maioria dos cidadãos do Reino Unido votou por abandonar a União Europeia no histórico referendo celebrado nesta quinta-feira. O Brexit recebeu 51,9% dos votos, enquanto 48,1% votaram pela permanência no bloco’ – Copy/Paste da notícia do El País de 24 de Junho de 2016, como poderia ser de outro jornal qualquer.

      Toda a retórica que se possa dizer depois disto é um simples exercício de fantasia.
      Pode-se no entanto discutir o que levou a este resultado, mas isso é outra conversa..

      1. Você desconhece por completo o funcionamento do regime da Inglaterra, recomendo que leia um pouco mais.

        Caso contrário, continuará enredado na toca do coelho.

        Conforme escrevi, a saída do regime inglês da união europeia (ue), deve-se ao facto desse projecto (que foi criado pelos ingleses) já não servir os seus interesses tendo em conta a mudança económica, política, cultural, e filosófica, que se está neste momento a verificar, através de uma frente de Estados-Nações que apresentam um novo paradigma colocando em causa o império Atlanticista e o seu corrupto sistema económico/financeiro.

        1. JF,

          A família real inglesa, com a ajuda ou não do Harry Potter, dos príncipes herdeiros e dos clérigos anglicanos, e ainda com uma rainha com 94 anos que deve estar mais surda que a minha falecida avó e mais decrépita que o incontornável Kissinger, que com 93 anos deve passar mais tempo a controlar o Alzheimer que a articular um palavra, é óbvio que estão reunidas as condições para que a poderosa Casa de Windsor controle todo o Parlamento Britânico, arredores o ainda o Manchester United.
          O post seguinte veio mesmo a calhar.

          Max, se queremos falar de cura para um sistema que implicitamente está doente, temos de ser claros e objectivos.
          Caso contrário, daqui a pouco estou a comentar os artigos do blog com frases do livro ‘Fundamentos da Metafísica dos Costumes’ de Kant. Posso não transmitir grande coisa e até afastar alguns leitores mais teimosos, mas faço um brilharete.

  4. Curiosamente nós temos a cura … para ser inteligente basta pensar um pouco, infelizmente muito poucos se dedicam a essa actividade démode e em desuso preferindo seguir supostos guias espirituais … gurus… sistemas , lideres … correntes ideológicas … wharever… tudo menos seguir a própria cabeça e o mais básico bom senso.
    Um bom exemplo é o texto que vem a seguir de Matthew Ehret … como é que o blog publica “aquilo” que mais valia é que traz ao nosso conhecimento ? Acabamos de de ler um bom artigo apelando a qualidade e a partilha de informação e imediatamente a seguir uma bojarda disparada por Matthew Ehret atinge o blog … qual é o objectivo ? É ver se o pessoal está acordado ou se fez alguma lobotomia ?

  5. Vamos lá, Max, que fazer? Tu e o JF já se manifestaram, aguardo os demais.
    Eu penso que há uma função política que não podemos deixar de lado, a de apoiar toda e qualquer iniciativa nacionalista, em qualquer lugar do mundo. Implica em votar, manifestar-se na contramão do globalismo. Elaborar petições etc neste sentido.
    Uma função comunicativa, é que venho fazendo, dentro dos meus limites e possibilidades. Implica em divulgar a verdade de forma entendível para os mais simples, que são a maioria.
    Uma função ativista que aqui no meu entorno, aquela guria, que aos 13 anos já é mulher, define com o seu bando como se inserir nos espaços aos quais pertence. Com o advento da escola pelo computador, as que dominam a ferramenta ajudam as que não dominam mas têm acesso a computador. Para os que não têm nem acesso nem a ferramenta em casa, vão até a escola e imprimem tudo que recebem via internet, e levam até os outros jovens e crianças. O ativismo consiste em enfiar no meio da ajuda, pequenas informações (a maior parte delas tiradas de II) que, quando acham necessário, segundo elas, usam expressões mais próximas do vocabulário da juventude local. Se suscita dúvidas, perguntam às organizadoras e elas respondem, inclusive ampliando a informação. Sem dúvidas, passa batido porque uma primeira experiência encontrou a fúria das famílias ( “garanto que aquela guria do sítio está no meio”, “vamos denunciar essa gente louca” ), e ensinou que em silêncio se trabalha melhor. Segundo a ativista de 13 anos aqui do meu entorno, “deixa o espetáculo para os outros, senão mela tudo”, expressão que quer dizer estraga tudo. “Não podem me taxar de louca, eu tenho que passar desapercebida, uma mosca morta”. Posso garantir que ela está bem desenvolvendo o papel. Por sinal me pediu que não mais mencionasse o nome dela, só as iniciais do sobrenome:W.M. Sem problema, rsrsrs.
    Achei a ideia das traduções do JF excelente.E a das petições estou mostrando para alguns, a ver como reagem

  6. Gostei do escrito, serviu com resposta ao problema da ratolândia (O universo dos ratos), mas acho bom pensar em um bom nível de independência dessa sociedade doente, coisas tipo viver mais próximo a natureza e gerar boa parte de suas próprias necessidades , energia, alimento; etc., não há tanta dificuldade assim só muito trabalho. Acredito que os “gerentes” tem lá seus objetivos que vão além de idiotizar escravizar a massa, na verdade talvez saibam de coisas que nós não temos ainda visto. Claro começamos com mais informação e divulgação, abraço.

  7. Precisamos começar pelo início… Dar tamanho crédito para a instituição chamada de Democracia é um erro primordial.
    Democracia surgida num contexto onde a sociedade envolvida era movida em crenças (velha religião) que envolviam deuses, semi-deuses e heróis, nesta sequência. Com o passar dos séculos esta realidade seria chamada de MITOLOGIA GREGA. A filosofia surgiu como uma espécie de 1º Iluminismo, confrontando tamanhas aberrações conceituais existentes. Desde a dominação romana sobre o mundo helenístico, a maior parte desta mitologia foi transferida, e a filosofia descartada, ou seja, retrocedeu-se.
    E quem iria ocupar o lugar da mitologia entre os romanos? Ele mesmo, o Cristianismo (nova religião), numa construção de uma verdadeira nova mitologia, mais atualizada com as nuances de então.
    Ah, depois houve a era da “Razão”, sim, mas a quem envolvia? O Iluminismo era restrito as elites. As maiorias continuaram movidos pela “nova religião”.
    Milagres sempre passaram de mão na história civilizatória, e milagres não combinam com democracia, mas com fanatismos.
    Gostaria muito de acreditar na democracia enquanto funcionalidade, mas a história comprova exatamente o oposto.
    Mas como a história é narrada e perpetuada por segmentos à serviço da historiografia, ramo da propaganda dos segmentos dominantes, do passado e do presente, tem-se enorme dificuldade em confronta-la.
    A verdade é que somos rodeados por mitos fundadores conformados em realidade…
    Nessa condição, somos incapazes de mover algo que faça sentido, e mais importante, que mova a roda para o outro lado.

    1. Na ‘mouche’ caríssimo Chaplin. E não tendo mais a acrescentar, por desnecessário, neste caso, penso que o marcador (não sei se é assim que se chama) ‘Gostar disto’ também em cada resposta bastaria para confirmar concordância, não acha, caríssimo Max?

      1. Estou farto, mesmo farto de ouvir chamar “democracia” a algo que nunca o foi.
        O mais parecido que houve na história, foi o denominado republicanismo pelos ‘Founding-Fathers’ dos EUA.
        E, entre eles insistiram em chamaram-lhe republicanismo, pois não se reviam no todo da teoria politica da democracia. E podiam? Muitos detinham escravos, só isso bastaria.
        A teoria democrata, nascida na Grécia, também nunca poderia ter sido implementada no seu todo, dada a submissão cultural da mulher à época.
        Democracia? Aonde está ela? Talvez a denominação se possa já aplicar a alguns países nórdicos, talvez… é só.
        Tornou-se nos nossos dias, vulgar denominar de democracia tudo o que não o é.
        Essa desinformação, é ferramenta típica daqueles que querem denegrir algo a ponto de esse algo nunca poder sequer florescer, quanto mais ver a luz do dia. É o propósito de muitos, não tenho qualquer dúvida.
        Por aqui no II, também me parece haver uns poucos que gostariam de ver a “criança” a ser “morta no berço”.

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