Coronavirus: Censura & Propaganda

Censura

Facebook anunciou que vai enviar alertas aos utilizadores que tenham gostado ou partilhado o que a rede social acredita ser “desinformação” sobre o Coronavírus. A rede social encaminhará então esses utilizadores para um site onde a Organização Mundial de Saúde “lista e desvaloriza os mitos e os rumores sobre vírus”, segundo a agência Associated Press.

O relatório afirma que “o novo aviso será enviado aos utilizadores que tenham apreciado, reagido ou comentado mensagens que façam afirmações maliciosas ou falsas sobre a COVID-19, depois de terem sido retiradas pelos moderadores”.

Facebook vai promover um site apoiado pela OMS chamado Get The Facts, onde as “teorias da conspiração” sobre o Coronavírus são minimizadas e, finalmente, negadas.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, escreveu na Quinta-feira na sua página Facebook:

Enquanto enfrentamos esta crise, uma das minhas principais prioridades é garantir que você veja informações precisas e confiáveis em todas as nossas aplicações.

Justo: Facebook não é uma rede social onde as pessoas publicam o que lhes apetecer incluído gatinhos que riem: é um órgão de informação sério e certificado e como tal tem responsabilidades. Uma espécie de BBC mas mais atenta ao rigor científico.

O relatório da AP refere que os chamados fact checkers (“verificadores de factos”) e os moderadores de Facebook “enfrentam a desconfiança das pessoas em relação a fontes de informação autorizadas, como a OMS”. Mas como pode ser possível isso? Como duvidar das palavras da OMS?!? Mas o mundo ficou de avesso???

Será porque há semanas que a OMS tem vindo a apoiar as afirmações manifestamente falsas do governo chinês sobre a propagação do vírus? Os documentos internos do Governo chinês, obtidos esta semana pela Associated Press, mostram que a China mentiu: afirmou não haver “indícios de transmissão entre seres humanos” quando, na verdade, o vírus propaga-se de humano para humano. Que depois seja um vírus da gripe e não um flagelo é secundário. Aliás, atira uma luz ainda mais sinistra acerca as verdadeiras intenções de Pequim e da OMS.

Mas podemos ficar descansados: agora com Facebook e os seus fact checkers a verdade será reposta. Por exemplo: como não acreditar em Danielle Anderson, uma das fact checkers? É virologista. E mais: trabalhou no Instituto Wuhan de Virologia e desde então está encarregue de desmascarar artigos que sugerem que o COVID-19 poderia ter fugido do laboratório. O seu laboratório. E é a mesma fact checker que também contribui para Science Feedback com artigos que Facebook utiliza para afirmar que a COVID-19 não poderia ter tido origem no Instituto Wuhan. Instituto onde, olhem só, a Anderson tinha trabalhado com morcegos.

Uma rápida pesquisa das publicações da Anderson revela nada menos que nove colaborações com o Dr. Peng Zhou, um cientista de Wuhan que estava a experimentar o Coronavírus dos morcegos. Zero Hedge mencionou isso e foi suspenso do Twitter, assim aprende.

Pelo que a lógica de Facebook é: sim, no laboratório de Wuhan trabalhava-se com o Coronavirus; sim, no laboratório de Wuhan trabalhava-se com morcegos; sim, o Coronavirus apareceu em Wuhan nos morcegos; mas tudo não passa duma coincidência e para demonstra-lo assumimos como censor alguém que trabalhava em Wuhan com Coronavirus e morcegos. Ainda não estão convencidos? Então visitem a nova página da OMS, que desde o começo apoiou as mentiras do governo chinês e da qual somos colaboradores.

Parafraseando, seria como se num tribunal quem mandasse calar as testemunhas fosse o arguido. E Facebook é o juiz que aplaude e mostra o cartaz “O arguido está inocente”.

Propaganda

Se dum lado actua a censura, do outro não pode faltar a propaganda.

A cidade de New York acrescentou quase 3.800 mortes à lista das vítimas da COVID-19. Segundo um relatório da Bloomberg News, “New York acrescenta 3.800 prováveis vítimas do vírus ao número de mortes […] nas últimas semanas sem um diagnóstico confirmado”. Sim, o Leitor leu bem: acrescentaram quase 3.800 mortes sem nenhum caso confirmado de COVID-19.

De acordo com a administração do Presidente da Câmara Bill De Blasio intitulados Confirmed and Probable COVID-19 Deaths Weekly Report (Relatório Semanal de Mortes Confirmadas e Prováveis da COVID-19):

Uma morte é classificada como provável se o falecido era um residente de New York (residente em New York ou à espera de residência) que não teve nenhum teste laboratorial positivo conhecido para a SRA-CoV-2 (COVID-19), mas a certidão de óbito relatar como causa de morte “COVID-19″ ou equivalente.

Portanto, em New York os testes laboratoriais já estão ultrapassados: agora é o médico que olha para o cadáver e diz “Boh, eu acho que morreu de COVID-19”. Muito mais rápido, seguro e económico duma qualquer zaragatoa.

O assessor de imprensa do Presidente da Câmara, Freddi Goldstein, afirmou que “os dados incluem a morte em casa de pessoas suspeitas de terem COVID-19, a doença causada pelo Coronavírus”. A avaliação depende dos sintomas, que incluem tosse, febre e falta de ar. Que por acaso poderiam ser os sintomas duma gripe normal. Ou duma pneumonia. Ou duma bronquite… mas não em New York: aí é 100% CODIV-19.

O relatório de Bloomberg afirma que “as presumíveis vítimas não confirmadas são responsáveis por cerca de 36% das 10.367 mortes do vírus na cidade de New York, a cidade mais populosa do país”. O Presidente da Câmara De Blasio disse que tem havido um aumento de “mortes inexplicáveis em casa” e “suspeita que muitas delas foram causadas pelo Covid-19″. Doutro lado, De Blasio tem um Master em Negócios Internacionais, pelo que sabe do que fala.

Pergunta: mas porquê? A resposta é simples: faltavam um pouco mais de 3.000 casos para alcançar a fasquia das 10 mil vítimas. Eis parte do relatório (o original pode ser encontrado neste link):

Vêem? 6.589 + 3.778 = 10.367. Que é bem melhor de 6.589. Para uma cidade como New York não chegar aos 10.000 é quase uma derrota. Não fica bem, é aquele pormenorzito que destoa. Portanto: morres com tosse? Não foi feito o teste? Não é feita a autopsia? Então é Coronavirus, não há dúvida. Simples e cientificamente acertado.

 

Ipse dixit.

7 Replies to “Coronavirus: Censura & Propaganda”

  1. Há cerca de duas semanas fui censurado pelo Facebook por ter publicado um vídeo de uma entrevista de um médico de uma comunidade em Nova York, Vladimir Zelenko, que estava a tratar os doentes com Cloroquina+Azitromicina, e que estava a obter bons resultados.
    O Facebook acusou-me de estar a difundir noticias falsas porque de acordo com uma notícia do jornal brasileiro Estadão, este tratamento não estava cientificamente comprovado.

  2. Muitos dos utilizadores do facebook e twitter estão a migrar para a rede social russa VK, onde a liberdade de expressão é maior.

    O próprio Presidente Rafael Correa chegou a criar uma página nessa rede após ter visto a sua conta suspensa pelo twitter, alcançado rapidamente milhares de seguidores no VK.

  3. Olá Max e todos: será que não dá para imaginar que pessoas em idade avançada obrigadas a ficar presas dentro de um apartamento com poucos metros quadrados, com pouco sol e arejamento, inerte sem se movimentar, sob o ruído de crianças enlouquecidas, com brigas domésticas alimentadas pelo stress, ouvindo 24 horas por dia que lá fora existe um inimigo invisível e implacável, sem ter o que mais fazer, talvez sem os remédios que utilizava, sujeita em casos a uma alimentação deficiente, triste, desorientada, com o pânico instalado de se der um espirro, se tiver uma febrezinha, vai ser pior porque vai ser despejada num isolamento hospitalar ainda pior…tem mesmo que adoecer, e até morrer? Mas me parece plausível que os idosos enjaulados tendem a morrer mais rápido, pois talvez milhares deles estejam em situações semelhantes as que descrevo aqui. E isso, claro, é bem recebido pelas estatísticas, que ampliam os vitimados pelo inimigo invisível e cumpre o papel de paralisar qualquer iniciativa de resistência.

  4. Mas é claro que é um vírus natural, isto é, não foi feito nos laboratórios chineses, afinal de contas ele demorou 30 milhões de anos para abandonar os morcegos e sair pelo mundo se multiplicando, pois se isto não fosse verdade seria fácil para eles dizerem que qualquer bocó poderia ter espargido esse vírus lá em algum mercado de peixes dããã.

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