Uma minha amiga que trabalha em Timor informa que será repatriada porque na ilha foram encontrados os dois primeiros casos de CODIV-19.
Agora: Timor é um País pobre, onde funcionam apenas dois ventiladores nos cuidados intensivos. Mais: o País nem tem testes para identificar o Coronavirus, os testes efectuados foram enviados pela vizinha Austrália, para onde regressaram para a obtenção dos resultados. Um processo que demora bastante e isso significa que o vírus tem todo o tempo para alastrar-se entre o milhão e 200 mil habitantes, se é que ainda não alastrou.
Perante os terríveis riscos apresentados pelos media, o clima de emergência global e as previsões catastróficas, é lícito esperar uma autêntica hecatombe, onde a melhor ajuda seria o envio de algumas centenas de milhares de caixões para que os poucos sobreviventes possam aos menos enterrar os seus mortos. E isso vale para todos os Países pobres do mundo, aqueles que se calhar nem têm departamentos de cuidados intensivos. Falamos aqui de centena de milhões de pessoas, talvez biliões, deixadas ao sabor do terrível vírus.
Por enquanto o terrível vírus está a espalhar-se apenas nos Países mais evoluídos. Na África, por exemplo, os casos são 800 (em todo o continente: uma verdadeira pandemia!). Evidentemente é um vírus que gosta de desafios. Ou é um vírus que gosta de viver bem, entre smartphones e carros eléctricos. Um vírus esperto. Ou talvez não: talvez os Países mais subdesenvolvidos adoptaram uma série de medidas excepcionais, bem mais rigorosas e efectivas do que as nossas. Deve ser isso.
Considerem por exemplo os fortes laços económicos entre China e África, onde Pequim adquiriu imensas extensões de terra, onde foram implementadas inúmeras empresas para a produção de comida: como é que o vírus aí não se espalhou com os números dos Pasíes mais evoluídos? A única explicação possível é que na África a maioria dos Países já fechou as suas fronteiras, obrigou em casa os seus habitantes, luvas, mascaras e gel desinfectantes foram distribuídos em todas as cidades e aldeias. Muito provável. Quase certo.
Eis alguns dados actualizados até hoje segundo Al-Jazeera:
Afghanistan – 34 casos
Albania – 76 casos, 2 mortes
Algeria – 139 casos, 15 mortes
Angola – 2 casos
Antigua and Barbuda – 1 caso
Argentina – 158 casos, 4 mortes
Armenia – 160 casos
Australia – 1.071 casos, 7 mortes
Austria – 3.021 casos, 8 mortes
Azerbaijan – 53 casos, 1 mortes
Bahamas – 4 casos
Bahrain – 310 casos, 1 mortes
Bangladesh – 25 casos, 2 mortes
Barbados – 14 casos
Belarus – 76 casos
Belgium – 2.815 casos, 67 mortes
Benin – 2 casos
Bhutan – 2 casos
Bolivia – 19 casos
Bosnia and Herzegovina – 93 casos, 1 mortes
Brazil – 1.021 casos, 18 mortes
Brunei – 83 casos
Bulgaria – 163 casos, 3 mortes
Burkina Faso – 64 casos, 3 mortes
Cambodia – 53 casos
Cameroon – 27 casos
Canada – 1.328 casos, 19 mortes
Cape Verde – 3 casos
Central African Republic – 3 casos
Chad – 1 caso
Chile – 537 casos, 1mortes
China – 81,348 casos, 3,265 mortes
Colombia – 210 casos, 1 mortes
Congo Republic – 3 casos
Costa Rica – 117 casos, 2 mortes
Croatia – 206 casos, 1 mortes
Cuba – 21 casos, 1 mortes
Cyprus – 84 casos, 1 mortes
Czech Republic – 1.047 casos
Democratic Republic of Congo – 23 casos, 1 mortes
Denmark – 1.420 casos, 13 mortes
Djibouti – 1 caso
Dominican Republic – 112 casos, 3 mortes
East Timor – 1 caso
Ecuador – 532 casos, 7 mortes
Egypt – 294 casos, 10 mortes
El Salvador – 3 casos
Equatorial Guinea – 6 casos
Eritrea – 1 caso
Estonia – 306 casos
Eswatini – 1 caso
Ethiopia – 9 casos
Fiji – 2 casos
Finland – 523 casos, 1 mortes
France – 14.459 casos, 562 mortes
French Guiana – 18 casos
Gabon – 5 casos, 1 mortes
Gambia – 1 caso
Georgia – 54 casos
Germany – 22.364 casos, 84 mortes
Ghana – 21 casos, 1 mortes
Greece – 530 casos, 13 mortes
Guatemala – 17 casos, 1 mortes
Guinea – 2 casos
Guyana- 7 casos, 1 mortes
Haiti – 2 casos
Honduras – 24 casos
Hungary – 103 casos, 4 mortes
Iceland – 473 casos, 1 mortes
India – 324 casos, 5 mortes
Indonesia – 514 casos, 48 mortes
Iran – 21.638 casos, 1.685 mortes
Iraq – 214 casos, 17 mortes
Ireland – 785 casos, 3 mortes
Israel – 883 casos, 1 mortes
Italy – 53.578 casos, 4,825 mortes
Ivory Coast – 14 casos
Jamaica – 16 casos, 1 mortes
Japan – 1.055 casos, 35 mortes
Jordan – 99 casos
Kazakhstan – 53 casos
Kenya – 7 casos
Kosovo – 31 casos, 1 mortes
Kuwait – 176 casos
Kyrgyzstan – 14 casos
Latvia – 124 casos
Lebanon – 230 casos, 4 mortes
Liberia – 3 casos
Liechtenstein – 37 casos
Lithuania – 99 casos, 1 mortes
Luxembourg – 670 casos, 8 mortes
Madagascar – 3 casos
Malaysia – 1.306 casos, 9 mortes
Maldives – 13 casos
Malta – 73 casos
Mauritania – 2 casos
Mauritius – 14 casos, 1 mortes
Mexico – 251 casos, 1 mortes
Moldova – 80 casos, 1 mortes
Monaco – 11 casos
Mongolia – 10 casos
Montenegro – 16 casos
Morocco – 96 casos, 3 mortes
Namibia – 3 casos
Nepal – 1 caso
Netherlands – 3.631 casos, 136 mortes
New Zealand – 52 casos
Nicaragua – 2 casos
Niger – 1 caso
Nigeria – 22 casos
North Macedonia – 85 casos
Norway – 2.164 casos, 7 mortes
Oman – 52 casos
Pakistan – 733 casos, 3 mortes
Palestine – 59 casos, 2 in Gaza
Panama – 245 casos, 3 mortes
Papua New Guinea – 1 caso
Paraguay – 22 casos, 1 mortes
Peru – 318 casos, 5 mortes
Philippines – 380 casos, 25 mortes
Poland – 536 casos, 5 mortes
Portugal – 1.280 cases, 12 mortes
Qatar – 481 casos
Romania – 367 casos, 1 mortes
Russia – 306 casos, 1 mortes
Rwanda – 17 casos
Saint Lucia – 2 casos
Saint Vincent and the Grenadines – 1 caso
San Marino – 144 casos, 20 mortes
Saudi Arabia – 392 casos
Senegal – 56 casos
Serbia – 188 casos, 1 mortes
Seychelles – 7 cases
Singapore – 455 casos, 2 mortes
Slovakia – 178 casos, 1 mortes
Slovenia – 383 casos, 1 mortes
Somalia – 1 caso
South Africa – 240 casos
South Korea – 8.897 casos, 102 mortes
Spain – 28.572 casos, 1.720 mortes
Sri Lanka – 77 casos
Sudan – 2 casos, 1 mortes
Suriname – 5 casos
Sweden – 1.770 casos, 20 mortes
Switzerland – 6.652 casos, 80 mortes
Taiwan – 153 casos, 2 mortes
Tanzania – 6 casos
Thailand – 599 casos, 1 mortes
Togo – 16 casos
Trinidad and Tobago – 49 casos
Tunisia – 60 casos, 3 mortes
Turkey – 947 casos, 21 mortes
Uganda – 1 caso
Ukraine – 47 casos, 3 mortes
United Arab Emirates – 153 casos, 2 mortes
United Kingdom – 5.018 casos, 233 mortes
Uruguay – 110 casos
Uzbekistan – 43 casos
Vatican City – 1 caso
Venezuela – 70 casos
Vietnam – 94 casos
Zambia – 2 casos
Zimbabwe – 3 casos
Terrível. Um Armageddon.
Admitos: em comparação a Gripe Espanhola foi uma brincadeira. Os números do Terceiro Mundo por enquanto são muito limitados mas, dada a “elevada agressividade do Coronavirus”, a incrível “capacidade de transmissão” e a alta “taxa de mortalidade”, inteiros Países irão desaparecer. Talvez. Ou talvez nem por isso. Aliás: não.
Ipse dixit.
Max: gostaria de saber o que tu pensas realmente sobre esses números. Abraços
Olá Maria! (sou o Max!)
O que penso? Penso que são números ridículos. Risíveis. Não existem mesmo. Cada ano no mundo temos um bilião de casos de gripe no mundo, 600 mil mortos. Falamos do Brasil? Ano de 2016: mais de 10 mil casos de Gripe H1N1, 2.200 mortos. Só Gripe H1N1, não todas a gripes sazonais. Foi declarada a pandemia? O Estado de Emergência? Não. Os sistemas de saúde sabem perfeitamente qual a taxa de letalidade das gripes sazonais. São os números do costume, são mortas as pessoas com os sistemas imunitários já enfraquecidos, aqueles indivíduos para os quais as terapias hospitalares já não conseguem funcionar. Triste? Claro que é sempre terrível perder um ente querido, não importa a idade. Mas o nosso corpo funciona assim, aliás, por vezes pára de funcionar porque já não tem recursos disponíveis. Chama-se “morte” e anda entre nós já há alguns tempos. Não há nenhum alarme.
O que significa que na Tunísia há 60 casos e 3 mortes? Temos que dividir os 60 casos vezes 3 para obter a letalidade? 20% de letalidade na Tunísia? Nem por isso: ninguém sabe ao certo quantos os casos na Tunísia, podem ser 600, 6.000, 60.000… quanto mais o País for pobre, quanto mais os testes (se disponíveis) serão direccionados para as categorias mais em risco (idosos doentes, internados, etc.). Um sistema de saúde como aquele italiano (supostamente “rico”) limita os testes àquelas categorias. Resultado: o verdadeiro número de contagiados é desconhecidos, podemos tentar apenas estimativas.
Alguém foi ao pé de ti para fazer-te o teste? Algum dos Leitores foi obrigado a fazer o teste? Eu não: recebi só um telefonema, foi-me perguntado se nos últimos tempos tinha ido para Países infectados, menti e respondi “não” e a coisa parou aí. Por qual razão menti? Porque não quero fazer o teste. Porque mais cedo ou mais tarde alguém surgirá com uma vacina e pode ser que seja obrigatória. Lamento, não ponho no meu organismo substâncias desconhecidas por causa duma gripe comum. E esta é uma gripe comum: ainda espero que alguém consiga demonstrar o contrário.
Lembra-te deste assunto, Maria: vacinas. Um negócio enorme, com lucros astronómicos. E nesta altura todo o mundo está a rezar para que chegue a mágica injecção. Mesmo que não fique obrigatória, poderá haver filas para recebe-la. Bill Gates, Monsanto, GlaxoSmithKlein, JPMorgan Chase, Bank of America, Merrill Lynch, Morgan Stanley, Johnson & Johnson, Procter & Gamble… todos estes investem centenas de milhões de Dólares em vacinas (e não esquecemos que atrás destes nomes há poderosos fundos de investimento) e o que um investidor quer é só uma coisa: lucro. Pelo que: alguém tem que fazer-se injectar, que esteja doente ou não.
Olha, estou há duas horas com a televisão ligada enquanto fico ao computador, sintonizado num canal obsceno (CMTV, um dos piores aqui em Portugal, ligado ao diário mais vendido do País, o Correio Da Manhã). Duas horas a relatar a aventura dum barco de cruzeiro cujos passageiros estão a ser testados antes de poderem desembarcar. Duas horas com entrevistas aos parentes no cais, à espera do reencontro com os familiares embarcados. Agora uma mudança: pessoas que passeavam na marginal em Povoa de Varzim, com intervenção da polícia e a “irresponsabilidade” das pessoas que só queriam apanhar um pouco de ar. Queriam passear mas já não se pode, todos fechados obrigatoriamente em casa, todos em prisão preventiva. Nunca vi algo assim. Pensava de já ter visto tudo mas estava errado.
A propósito: em breve vou vestir-me para sair, f***-*e, estou farto desta m****a. Não sou culpado de nada, que fiquem os outros em prisão. E se não aparecerem mais artigos, procurem-me numa esquadra LOLOLOLOLOL
Haverá tratamento antes da vacina:
https://t.co/vul3xORsgq?amp=1
Vale a pena ler também o que o Sr. Didier Raoult, virologista francês, diz acerca do covid-19.
Interessante.
N
Pois, aparentemente o coronavirus não gosta de países pobres. Bem observado.
Tu sabes como eu o que significa vacina, mas é algo proibido qualquer questionamento (é crime atrapalharmos os planos da big pharma). Aqui, que é o fim do inferno em certas ocasiões, está chegando o tempo de vacinar os indivíduos contra gripe. Agora mesmo o ministério da saúde está divulgando a fabricação no Brazil de uma tal cloroquina. Em 3 horas desapareceu das farmácias brasileiras a tal porcaria não testada suficientemente para o Corona virus e que é utilizada para malaria, artrite e mais alguma coisa. Sumiu para quem precisa e foi estocado em casa por idiotas em pânico. Disseram agora que vão convocar os médicos ( se não for a força, muitos vagabundos se esquivam). Também juraram que testes e aparelhos respiratórios vão aparecer. Não esquecendo que a arte mais desenvolvida entre os políticos é a mentira deslavada, a demagogia e o embuste.
Também vou sair com os cachorros, para mim basta caminhar na propriedade rural. O tempo está bom, o verde dói nos olhos,é tempo de borboletas amarelas e as azuis estão chegando. E vou tentar não pensar na realidade. Que ódio…agora na tele conferência governamental os banqueiros e maiores empresários parabenizam o presidente e o governo. A criminosa Vale do Rio Doce promete distribuir material hospitalar (aquela que por duas vezes afogou centenas na explosão das represas por absoluta irresponsável melhoria de lucros). Fui
https://www.france24.com/en/20200301-with-only-three-official-cases-africa-s-low-coronavirus-rate-puzzles-health-experts