Propaganda: CIA & Hollywood

Não são as tropas dos Estados Unidos que devem preocupar: elas são a face armada e prática do imperialismo militar, utilizadas em última instância, quando as outras opções já faliram, e nos Países atrasados.

Nas sociedades mais “evoluídas”, Washington utiliza outras armas, entre as quais um lugar de destaque merece a colonialismo cultural. E, numa sociedade que lê cada vez menos, as imagens têm uma importância cada vez maior.

Desde os anos da Guerra Fria, o cinema de Hollywood tem desempenhado um papel crucial como uma arma formidável de propaganda nas mãos do governo de Washington, empenhado em apresentar os Estados Unidos como os cruzados dum imaginário “mundo livre”, em luta contra a o “mal”.

Seria possível afirmar que já antes Hollywood tinha desempenhado este papel: é só observar algumas películas gravadas durante a Segunda Guerra Mundial. O que é verdade. Mas não seria plenamente correcto: os filmes de propaganda da época eram bastante ingénuos, cheios de heróis sem macula, acompanhados por músicas épicas, nos quais havia o bem dum lado e o mal (sempre extremamente feroz, até roçar a pura estupidez) do outro.

Hollywood começou a colaboração com a política dos Estados
Unidos bastante cedo: em 1917, quando em ocasião da entrada na Primeira Guerra
Mundial, o Comité de Informação Pública (CPI) do presidente Woodrow
Wilson juntou-se à indústria cinematográfica para produzir filmes
de propaganda em apoio à “causa”. George Creel, presidente do ICC, acreditava que os filmes tivessem um papel em “levar o Evangelho do
americanismo para todos os cantos do globo”.

Este pacto tornou-se ainda mais evidente
durante a Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, Washington voltou a entregar subsídios e
disposições especiais do Plano Marshall para eliminar a
resistência à abertura dos mercados cinematográfico na Europa. Entretanto, as técnicas da propaganda evoluíram.

A propaganda moderna é subtil: não mostra herói, pelo contrário, no geral os filmes apresentam personagens que no princípio são pessoas comuns. Só com o desenrolar-se dos eventos podemos entender quem verdadeiramente é mau e as razões da escolha do protagonista, agora sim pronto até o último sacrifício. É uma propaganda que não explica, mas que insinua um percurso lógico que o espectador é obrigado a seguir.

Black Hawk Dawn (Brasil: Falcão Negro em Perigo Portugal: Cercados), Zero Dark Thirty (Brasil: A Hora Mais Escura, Portugal: 00:30 Hora Negra) e Argo são apenas algumas das principais recentes produções que mostram como a indústria do cinema hoje promova a política externa dos Estados Unidos.

Argo

Argo é um filme de propaganda que esconde a verdade sobre a crise dos reféns no Irão e destina-se a “preparar” o confronto público dos EUA com o Irão. E, claro, apresenta uma verdade mutilada. Em Argo não há nenhuma referência ao Lakam, por exemplo, a rede de espionagem israelitas activa desde os anos ’60, cuja existência e actividades foram reveladas graças à ocupação da Embaixada americana em Teheran. O filme esquece este “pormenor”, esquece os documentos encontrados e classificados como “Top Secret”.

O filme esquece outro “pormenor”: a operação October Surprise, com a qual as equipas de Ronald Reagan e George
Bush pagaram os iranianos para estes não liberar os 52 reféns americanos até depois
das eleições presidenciais de Novembro de 1980. Com milhares de documentos em apoio, hoje sabemos que a “crise dos
reféns” foi um “ferramenta de gestão” criada pela facção pró-Bush
da CIA, para alcançar uma aliança com os fundamentalistas
islâmicos de Khomeini e dois objectivos:

  • manter o Irão afastado dos comunistas russos, sob o controle total de Khomeini.
  • desestabilizar a administração Carter e levar George Bush para a Casa
    Branca.

Nada disso aparece no filme, onde o espectador estremece perante os maus iranianos (uma horda de fanáticos decerebrados) e os bons americanos (meros funcionários, culpados só de servir o seu País).

Zero Dark Thirty

Zero Dark Thirty é ainda pior. Explora os terríveis acontecimentos de 11 de Setembro para apresentar a tortura como um mal eficaz e necessário: e é uma película preocupante por duas razões.

Primeiro, deixa o espectador com a impressão inequívoca de que a tortura tenha ajudado a CIA a encontrar o esconderijo de Bin Laden no Paquistão. Em segundo lugar, ignora a ilegalidade e imoralidade da tortura como instrumento de investigação.

Doutro lado, já o filme começa mal: “Baseado em relatos de primeira mão de eventos reais” avisa e logo a seguir eis os ataques do 11/9 sem que haja dúvidas: a versão oficial é a única correcta.

Depois temos uma representação longa e impressionante da tortura. O detido “Ammar” está sujeito ao waterboarding, posições de stress, privação de sono e fica confinado numa pequena caixa. É sob tortura que revela o nome do mensageiro que, eventualmente, leva à localização e ao assassinato de Bin Laden. Além desta versão ser falsa, o que sobra é a legitimação da tortura como meio para que o Bem triunfe.

E, mais uma vez, a conformação da versão oficial: sim, Bin Laden estava aí, foi morto por nós, tudo correu como afirmado pela Administração. Espaço para dúvidas? Zero.

…e os outros.

São apenas dois exemplos dos muitos possíveis.
A intelligence do Complexo Industrial Militar desempenha um cada vez mais um invasivo nas nossas vidas. Nos próximos anos, vamos ter filmes com o uso de drones para efeitos policiais e, sem dúvida, espionagem. Com filmes e séries televisivas é criada uma história alternativa, com os grandes estúdios de Hollywood que banalizam as ideias, mentem para o público, criam ou ocultam factos para encobrir o que realmente acontece.

Estas ligações problemáticas entre Hollywood e forças governativas foram examinados num artigo do site Global Research em Janeiro de 2009: Lights, Camera…Covert Action: The Deep Politics of Hollywood. O artigo lista um grande número de filmes cujos roteiros foram “retocados” para os fins  propagandistas do Departamento da Defesa, da CIA e de outras agências governamentais.
Apenas alguns dos filmes analisados:

The Hunt for Red October (Br: A Caçada ao Outubro Vermelho – Pt: Caça ao Outubro Vermelho, 1984) 
Top Gun (1986)
True Lies (Pt: A verdade da mentira, 1994),
Executive Decision (1996)
Tomorrow Never Dies (007 – O Amanhã Nunca Morre, 1997)
Air Force One (1997)
In the Company of Spies (1999) 
Enemy of the State ( Br: Inimigo do Estado – Pt: Perigo Público, 2001)
Black Hawk Dawn (Br: Falcão Negro em Perigo – Pt: Cercados, 2001)
Windtalkers
(Códigos de Guerra, 2002)
Bad Company (Br: Em Má Companhia – Pt: Más Companhias, 2002)
The Sum of All Fears (A Soma de Todos os Medos, 2002)
Threat Matrix (2003).
The Good Shepherd (O bom pastor, 2006)
Charlie Wilsons War (Jogos de poder, 2007)
Transformers (2007)
Iron Man (Homem de ferro, 2008)
Zero Dark Thirty (Br: A Hora Mais Escura – Pt: 00:30 Hora Negra, 2012)
Argo (2012)

É interessante notar como o realizador vencedor do Oscar no ano passado, Ben Affleck, já tinha colaborado com a CIA em 2002,  actuando em A Soma de Todos os Medos, filme de acção e espionagem no qual o protagonista é um agente da CIA. Esta em 1996 anunciou publicamente  a intenção de trabalhar com Hollywood, decisão que seguiu um relatório de 1991.

A “consultoria”

Em 1996, como afirmado, a CIA anunciou que “é hora de colaborar abertamente em as produções de Hollywood, presumivelmente com um “aconselhamento apertado”. A decisão da Agência de trabalhar publicamente com Hollywood foi precedido pelo “Relatório da task force sobre a Grande Abrindo” da CIA em 1991.

Os jornalistas Matthew Alford e Robbie Graham seguiram o caso e elaboraram um estudo, no qual revelavam que a influência da agência alastrava não
apenas no cinema, mas também nos meios de comunicação, onde havia
“relações com jornalistas de todas as grandes rádios, jornais, semanal e
rede de televisão do País”; e continua, revelando que a CIA no passado convenceu repórteres a adiar, alterar, travar ou até mesmo rejeitar histórias que teriam prejudicado os interesses da segurança nacional”.

Voltando ao mundo do cinema: o romancista Tom Clancy teve uma relação particularmente estreita com a CIA. Em 1984, Clancy foi convidado a Langley, depois de escrever The Hunt for Red October (Brasil: A Caçada ao Outubro Vermelho – Portugal: Caça ao Outubro Vermelho) em seguida transformado no filme de 1990. A agência convidou-o de volta quando estava a trabalhar em Patriots Games (Jogos Patrióticos – 1992) e para a adaptação ao cinema foi concedido o acesso às instalações em Langley.

Mais recentemente, The Sum of All Fears (A Soma de Todos os Medos – 2002) retrata a CIA que persegue terroristas que querem explodir uma bomba nuclear em território americano; para esta produção, o director da CIA, George Tenet, levou pessoalmente os autores numa excursão na sede de Langley; a estrela do filme, Ben Affleck, consultou os analistas da agência e obteve a consultoria do funcionário Charles Brandon.

As verdadeiras razões pelas quais a CIA aceita uma “consultoria” para tais produções foram claramente expostas pelo comentário do ex-conselheiro geral da CIA, Paul Kelbaugh. Em 2007, enquanto encontrava-se na faculdade em Virgínia, Kelbaugh falou numa conferência sobre a relação entre a CIA e Hollywood e um repórter local estava presente.

O repórter (que agora quer permanecer anónimo) escreveu uma relato da conferência as apreciações de Kelbaugh sobre o filme de 2003 The Recruit (Brasil: O Novato; Portugal: O Recruta), com Al Pacino. Segundo Kelbaugh, um agente da CIA foi presente no set durante toda a duração das filmagens com o pretexto de oferecer consultoria, mas o seu verdadeiro trabalho era modificar as ideais da produção e do realizador.

Durante a Guerra Fria, Luigi G. Luraschi era agente da CIA, na secção Estratégia Psicológica, e ao mesmo tempo era um executivo da Paramount. Segundo os citados jornalistas Alford e Graham, Luraschi conseguiu um acordo com vários responsáveis das produções para que no casting de vários filmes aparecessem “negros bem vestidos”.

O objectivo destas mudanças era impedir que os Russos explorassem os maus resultados nos relacionamentos raciais, pois os Estados Unidos na época ainda estavam atolados com a crise da segregação racial.

Concluem os dois jornalistas que a aliança de Hollywood com a CIA está bem viva, com as películas empenhadas em retrata os EUA como o “líder do mundo livre” que combatem o “mal” do mundo:

“A articulação entre Hollywood e o aparato de segurança nacional continua a ser apertado como sempre”, disse o ex-agente da CIA Bob Baer. “Há uma simbiose entre a CIA e Hollywood”.

Ipse dixit.

Fontes: Global Research (1, 2)

9 Replies to “Propaganda: CIA & Hollywood”

  1. O mal é retratado ou pelo holocausto ou pelo "terrorismo" dos inimigos sionistas. De cada quatro filmes produzidos por Hollywood, um aborda o tema. Mas o que acho curioso, inclusive aqui mesmo, é a persistente referência a "Washington" ou mesmo a "Estados Unidos", como se algo inanimado pudesse ter vida própria, não havendo segmentos de pessoas ditando suas ações.

    1. Olá Chaplin!

      "Mas o que acho curioso, inclusive aqui mesmo, é a persistente referência a "Washington" ou mesmo a "Estados Unidos", como se algo inanimado pudesse ter vida própria, não havendo segmentos de pessoas ditando suas ações".

      Fico surpreendido por esta observação. Uma pessoa que segue o blog (e Chaplin costuma seguir, parece-me) bem sabe o que significa "Washington" ou "EUA". Não acho que a cada artigo seja necessário repetir a lenga-lenga toda: que haja um grupo de pessoas (uma minoria) que manipula os fios julgo ser bastante óbvio, eventualmente podemos discutir acerca dos traços mais marcantes deles. Chaplin, por exemplo, vê os Sionistas quais fautores da maior parte das actuais condições, eu não, ou melhor, vejo os Sionistas apenas como uma das muitas correntes que formam a tal minoria.

      Abraço!

  2. Olá Max: então vê só que coisa difícil é lidar com isso! Os jovens gostam daquilo que chamam "filmes de ação", que coincide certinho com a fórmula do cinema estadunidense ensinar história para as multidões que, em geral, não gostam de pensar, não conseguem entender ou acompanhar um diálogo mais denso e, através destas imundícies fazem ligações com o que veem na TV, as idiotices que a história oficial ensaia ensinar na escola e com o senso comum generalizado. Ora, qualquer película que tente abordar um viés histórico mais próximo dos acontecimentos reais torna-se, na cabeça da maioria, ficção, literatura chata, monótono. Por outro lado os canais de TV repetem ad nauseun estas imundícies porque mantém audiência, e bem sabemos a força da repetição para inventar "verdades". Não tive tempo de pensar, mas algo sei que farei com o acervo de milhares de DVDs de propriedade de um amigo que, aposentou-se como editor, construiu uma casa em T.Â, e está se mudando para cá. Temos desde as coisas mais bizarras até os filmes mais bem feitos pela cinematografia mundial, um verdadeiro tesouro disponibilizado no condomínio. Precisamos pensar…e vamos. Abraços

    1. Olá Maria!

      "então vê só que coisa difícil é lidar com isso!"

      É mesmo. Sabes como é: uma mentira repetida cem vezes, etc.etc.
      Hollywood cria uma história alternativa, que com o passar do tempo torna-se uma base válida para muitas pessoas. Numa sociedade onde lê-se cada vez menos, aumenta o número de pessoas que "aprendem" exclusivamente com meios "rápidos", como o cinema: duas horas e pronto, já sabemos o que foi a crise dos reféns no Irão.

      Num País como Portugal, onde os livros são caros, muitos jovens têm a escola (!), a televisão/cinema e pouco mais. Os efeitos são nefastos, também porque estas versões "prontas para consumir" raramente provocam curiosidade.

      Isso acontece com os filmes mas também com programas "educacionais" (Discovery, National Geographic) que são ainda piores pois apresentam-se como algo "cultural".

      Voltando aos filmes: eu vi recentemente Argo, um bom filme, feito bem mas nada mais do que isso (nada de Óscar). Mas é cativante e não podemos esquecer que foi "publicitado" também pela esposa de Barack Obama: a Rainha da Terra da Liberdade que apoia um filme "histórico"? É o carimbo final. E pouco importa se foi distribuído pouco antes das eleições presidências de Novembro (pois os filmes podem também ter um efeito imediato).

      Grande Abraço!!!

  3. Agora passo a anónimo mesmo…

    Chaplin, temos de ser tolerantes com a inocência do Max.

    Ele acha que controlar Hollywood, o FED, o escrutinio da presidência dos USA, etc…, é apenas uma das correntes que formam a minoria dominante dos USA.

    Tá bom, desde que se considere o sionismo uma grossa corrente de ferro, e as restantes simples cordeís de embrulhar pacotes.

  4. 'Hollywood cria uma história alternativa' – Isto é um facto.

    A história contada por Hollywood prevalece sobre a história real, que muitas das vezes nem se sabe bem como aconteceu.
    Hoje a memória colectiva da segunda guerra mundial e de outros eventos é aquela contada pelo cinema. Tenho em casa há alguns anos, o DVD da Lista de Schindler e por esse motivo ainda não ví o filme. Talvez um dia chegue a curiosidade.

    É natural que tendo o cinema a força que tem, haja aproveitamento disto.
    Concordo que a nova forma de se fazer propaganda via cinema, sendo mais insidiosa, logo menos óbvia, é mais eficaz e mais perigosa.

    Krowler

  5. E não esqueçamos a quanto essa indústria se alastra aos videojogos. Tom Clancy (que já morreu, acho eu), era militar, não era? Os livros dele não só dão filmes, como videojogos, e até já houve quem lhe chamasse "o homem que faz pelos militares o mesmo que J. K. Rowling faz pelos feiticeiros". As sagas Splinter Cell, Rainbow Six e H.A.W.X. são exemplos do porquê…

  6. Pontuar a autoria do exercício de dominação deve ser o principal alvo de quem realmente quer alguma reversão do status quo civilizatório! Creditar a inúmeros segmentos é interessante justamente para quem domina pois os mantém, de alguma forma, acobertados e protegidos pelo quase inexistência desta busca. Estados nacionais, seja um Estados Unidos ou uma Arábia Saudita, são utilizados como incubadoras, e servem como sustentação do sistema de domínio pelo viés econômico, desde os patriarcas hebreus, construindo mitos fundadores como forma de criar alguma unidade entre os indivíduos, sejam crenças religiosas (teocracia) ou supremacia laica (aristocracia, alta burguesia financeira).

  7. olá max.
    os filmes de guerra são uma paixão. talvez não haja evento "humano", mais "humano" que a guerra. neste aspecto, sonho o dia em que o homem seja menos "humano".
    mas os filmes de guerra eu classifico em dois principais subtipos: 1 aqueles em que os mídias querem nos fazer crer que um lado é mais "humano" que o outro e portanto apoiar ou participar da luta contra aquele inimigo e 2 aqueles pretéritos que reveem conflitos em que seus países participaram. obvio, que no tipo 1 a variedade é maior sendo que o enaltecimento de seus atributos é amplo como em 300, em que as façanhas de gregos-ocidentais humilham patéticos e incompetentes persas-iranianos ou ainda mostrar quão "humano" é o inimigo a ser destruído como nos rambos e etc. vale tudo para mostrar a guerra como tudo que ela não é: aventura ou como unilateralismo moral.
    já os grandes filmes de guerra, na minha opinião, são os do tipo 2: apocalypse now, full metal jacket, gloria feita de sangue, cruz de ferro (sam peckimpah), ultima batalha da indochina, platoon, patton (com george c scott), doutor fantastico e outros trazem as amarguras de diretores ex combatentes, nações vencedoras porem humilhadas e enganadas, debates filosóficos e ideológicos etc. os filmes de guerra são um gênero muito interessante e quando filmado por diretores (Kubrick é o maior) e elencos talentosos e conscientes trazem grandes contribuições.
    ps. não entendo black hawk dawn como propaganda pro eua. à época dos eventos na somalia, creio que mesmo nas forças armadas norte americanas, a crença no mito da superioridade e infalibilidade dos norte americanos é onipresente. quando se filmou os soldados sobreviventes do combate em mogadiscio tendo sua dignidade posta a prova ao serem instados a irem montados em cima do veiculo paquistanês e só resta fugir correndo é um ótimo exemplo de que gerações são ludibriadas e levadas a morte por velhas ideias, como acho que quer dizer a súbita parada do tanque para ver passar o ancião com o bebe morto no colo.
    cesar

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