É fiesta! É ela, é a retoma, aleluia!!! Todos em procissão, de joelho, até a mais próxima Igreja Católica Apostólica Romana de Madeira e de Cobalto!
Os números não mentem: no mês de Novembro o desemprego caiu de 9% para 8.6%, ultrapassando as expectativas que apontavam para um misérrimo 9% (ah, pois é: taxa inalterada diziam os experts…). É o nível mais baixo desde Março de 2009, isso é, dos dois últimos anos e meio.
Até a Bolsa voa, voa voaaaa…e pára logo. Porquê?
Porque estes são dados bons para o povo-besta (que somos nós, modestamente). Mas as Bolsas, que de truques percebem e bem, sabem ler. E percebem. Percebem que não diminuem os desempregados: diminuem a força-trabalho.
O que é bem diferente.
Mish’s Global Economic Trend Analysis:
- No último ano, a população civil aumentou 1.726.000 unidades. Todavia a força-trabalho diminuiu 67.000. Os fora da força-trabalho aumentaram 1.793.000.
- Só no mês de Novembro, os fora da força-trabalho atingiram um enorme total 487.000 unidades. Se não és parte da força-trabalho não contas como desempregado.
- Se não fosse por estas pessoas que abandonam a força-trabalho, a taxa de desemprego ãoestaria bem além do 11%.
Estatísticas distorcidasDada a total distorção da realidade respeito as pessoas que abandonaram a força-trabalho, é fácil rectificar os números dos títulos. Ao cavar abaixo da superfície, a queda da taxa de desemprego é apenas uma miragem estatística.
A taxa de desemprego oficial é de 8.6%. Todavia, ao contar todas as pessoas que desejam um trabalho mas abdicaram da procura, todas as pessoas com trabalhos part-time e desejam um full-time, todas as pessoas que abandonaram o desemprego por ter perdido os benefícios fiscais, e mais ainda, é possível obter um dado mais perto da realidade. Este dado fica na última linha da estatística e tem a etiqueta de U-6.
Enquanto a taxa oficial de desemprego é um inaceitável 8.6%, o U-6 é muito mais alto: 15.6%.
A diminuição da taxa de desemprego seria normalmente considerada uma boa coisa, mas não é isso que acontece porque 1.793.000 pessoas acabaram de procurar um emprego.
As coisas estão bem piores do que os números gostaria de fazer crer. O inteiro quadro económico fica está a caminhar sobre um acamada de gelo muito fina dado o claro abrandamento da economia global.
Uma pessoa deixa de procura trabalho num mercado onde encontrar trabalho é impossível? Então já não pode ser considerada desempregada. Faz sentido.
É uma pessoa que escolheu não trabalhar, é culpa dela e só dela. É um parasita. Não pode arruinar as estatísticas oficiais.
E, sobretudo, é uma pessoa que não pode travar a Grande Retoma, que já começou.
Os números nunca mentem.
Ipse dixit.
Ideia de ónagro: Criar uma Firma nos EUA com sede em Caimão para efectuar desparatizações de "fora da força-trabalho"… parasitas insuportáveis!
Outra ideia de acefalópode: Pegar nestes parasitas… lança-los para os acampamentos dos movimentos Occupy e pimba… sacudir o pó!
Não são boas ideias de negócio?