Percebo pouco de arte, mas posso dizer que a escultura funciona: quando é molhada indica que chove, quando é seca significa que não chove.
Neste aspecto é infalível.
E, de facto, o problema não é este.
O problema é que os 25 cubos de metal empilhados custaram à Câmara Municipal de Almada nada mais nada menos de que 150.000 €.
Por metade do preço eu teria acrescentado também 25 cubos de madeira e 25 de cartão. Mas enfim, a Arte não tem custo.
Mas as fundações sim: e a mesma Câmara conseguiu pagar 34.059,60 € pelas fundações da obra prima.
O que levanta uma questão: de que material é feito o subsolo da cidade? Chumbo? Quais explosivos de última geração os trabalhadores foram obrigados a empregar?
No total, a Câmara de Almada gastou 184.059,60 € para esta obra prima que, como indicador do tempo, não deixa de ser um bocadinho caro.
Ainda bem que o País atravessa um insólito período de prosperidade, caso contrário seria legitimo ficar alterados.
Também há outro mistério que envolve a coluna do tempo. E o mistério é relativo mesmo a isso: o tempo.
Como é possível constatar no documento, a obra prima foi inaugurada no dia 9 de Maio de 2010.
Mas o contracto foi publicado só no dia 23 de Junho.
O que, obviamente, é proibido.
A Câmara de Almada infringiu a lei? Impossível.
Mais correcto pensar numa deslocação espaço-temporal que afectou subitamente a região, perturbando homens e documentos.
A causa? Provavelmente esta obra prima:
O título não é “Montanha Russa”, como poderiam pensar os leitores, mas é “Paz”; doutro lado o título pouco importa, pois é evidente que esta escultura é na realidade uma máquina para criar perturbações.
Não apenas visuais, mas também espaço-temporais.
Ipse dixit.
Fonte: Infinito’s
Acontece em todo o lado, por Viseu temos os enfeites das rotundas, candeeiros novos no centro histórico uns a custar 5 mil euros (foi-me dito por quem trabalha na câmara) e outros 30 mil euros (li no portal-Viseu, candeeiros com vídeo-vigilância, Internet wireless *gasp*, etc).
Não me surpreende ver o IMI subir todos os anos enquanto aldeias continuam sem saneamento!
Desperdiçar dinheiro público é um fenômeno universal. Aqui na minha pacata Cascavel, no Brasil, é a mesma coisa, senão pior. Se isso fosse aqui, a obra iria custar o dobro, e o parte do dinheiro iria para o bolso dos políticos "competentes".
Outra história engraçada, à uns meses atrás o presidente da(minha) junta de freguesia gastou 4mil euros para comprar um sistema electrónico qualquer que controla as entradas e saídas dos funcionários. Os malandros devem estar sempre no café, só pode!! 😀
Caso Nuno,
o caso das rotundas é sintomático: em muitos Países estão a ser removidas ou, mais simplesmente, já não construídas, pois os benefícios resultam ser relativos.
Mesmo assim surgem rotundas por todos os lados, mesmo em lugares onde um simples cruzamento seria a opção mais lógica.
Sortudo o País que pode investir em estruturas redundantes…
Olá Tony!
Então não só aqui na Europa que estas coisas acontecem…
Abraço!