Tempos modernos

As palavras “mãe” e “pai” serão removidas dos passaportes dos Estados Unidos e substituídas por termos neutros, disse o Departamento de Estado.
 
Declara Brenda Sprague, directora-adjunta da Secretaria de Estado dos Serviços dos Passaportes:

As palavras na forma antiga eram  “mãe” e “pai”; agora são “pai 1” e “pai 2”.

 
Uma declaração no website do Departamento de Estado acrescenta:

Essas melhorias são feitas para fornecer uma descrição  de género-neutro dos pais duma criança e reconhecer os diferentes tipos de famílias.

O comunicado não especifica se estas novidades abrangem apenas os pedidos de passaportes para as crianças.
 
O Departamento de Estado afirma que os formulários para os passaportes novos, ainda não acessíveis ao público, estarão disponíveis em breve.
Sprague acrescenta que a decisão de retirar os nomes tradicionais dos pais não é uma questão de “politicamente correcto”.

Com as mudanças na ciência médica e na tecnologia, tentamos responder às situações que não eram possíveis antecipar 10 ou 15 anos atrás. 

Os grupos de direitos gays elogiam a decisão.

Diz Jennifer Chrisler, directora-executiva do Conselho para a Igualdade Familiar.

Mudar os termos a mãe e pai em termos mais globais significa que muitos tipos diferentes de famílias possam pedir um passaporte para os filhos sem sentir que o governo não reconhece a família 

A organização pressionou o governo ao longo de muitos anos para  que os dois termos fossem retirados dos passaportes.

O nosso governo tem de reconhecer que a estrutura familiar está a mudar. A melhor coisa que pode ser feita é apoiar as pessoas que estão a criar filhos numa família amorosa e estável.

Mas alguns cristãos conservadores estão furiosos com esta decisão.

Tony Perkins, Presidente do Family Research Council, num comunicado Fox News Radio:

Só no mundo às avessas do politicamente correcto da esquerda pode ser considerada esta como uma melhoria. Essa coisa está claramente a ser feita para avançar a causa do casamento do mesmo sexo e dos pais homossexuais sem qualquer autoridade legal; e viola o espírito, se não o mérito, da Lei de Defesa do Casamento

Robert Jeffress, pastor da Primeira Igreja Batista de Dallas, concorda com Perkins. 

Faz parte duma mais ampla tentativa de expandir o politicamente correto para reduzir a distinção entre homens e mulheres e sugerir que não são precisos um pai e uma mãe para fazer crescer com sucesso uma criança. Esta decisão foi tomada para que casais do mesmo sexo se sintam mais confortáveis na criação dos filhos.

Chrisler contou o que aconteceu no dia em que ela e a sua companheira tentaram obter passaportes para os dois filhos.

Também a minha parceira era a mãe legal, ela tinha adoptado os meus filhos depois de eu ter dado à luz, tinha que colocar o nome no campo do pai, e este é discriminatório. Faz sentir como cidadãos de segunda classe

É evidente que queremos ser sensíveis perante os sentimentos das outras pessoas, mas também estamos conscientes da nossa necessidade de introduzir um maior nível de precisão neste processo. 

Perkins, por sua vez, acusa o desrespeito do Departamento de Estado perante a lei e pede ao Congresso que “leve a sério o próprio papel de monitoramento e intervenção em tais circunstâncias.”
 
As novas formas de género neutro para os passaportes serão apresentados em Fevereiro.

Ipse dixit.

Nota: para evitar estúpidas acusações de racismo ou discriminação, evito comentar esta notícia. 

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