A notícia não é nova, mas não deixa de ser curiosa.
Após mais de três anos de combate e quase 2.400 mortes militares dos EUA no Iraque, quase dois terços dos americanos entre 18 e 24 ainda não conseguem localizar o Iraque numa mapa.
Não é brincadeira: são os dados duma pesquisa conduzida em 2006 pelo National Geographic, o Roper Public Affairs 2006 Geographic Literacy Study.
Decepcionante, pois a falta de conhecimentos não limita-se ao mundo “exterior”, mas abrange o próprio País: o estudo constatou que menos de seis meses após o furacão Katrina ter devastado Nova Orleans e da costa do Golfo, 33 por cento não poderia apontar a Louisiana num mapa dos EUA.
O quadro do conhecimento geográfico dos diplomados no sistema de ensino dos EUA é sem duvida sombrio.
Segundo o relatório final do estudo,
Tomados juntos, estes resultados sugerem que os jovens nos Estados Unidos não estão preparados para um futuro cada vez mais global”, disse o relatório final do estudo. Faltam as habilidades básicas para navegar na economia internacional ou para compreender as relações entre pessoas e lugares que ofereçam contexto um crítico para os acontecimentos mundiais.
O estudo mostrou que 88 por cento dos inquiridos não conseguiu encontrar o Afeganistão num mapa da Ásia, apesar da ampla cobertura norte-americana.
No Oriente Médio, 63 por cento não conseguiu encontrar o Iraque ou a Arábia Saudita e 75 por cento não pode apontar o Irão ou Israel. Quarenta e quatro por cento não conseguiu encontrar qualquer um desses quatro países.
Dentro dos Estados Unidos, a metade ou menos dos homens e mulheres jovens entre 18 e 24 anos pode identificar os estados de Nova Iorque, Ohio [50 por cento e 43 por cento, respectivamente].
No lado positivo, o estudo observa que sete em cada 10 jovens norte-americanos localizam correctamente a China num mapa, apesar de terem uma série de equívocos sobre aquele país. Quarenta e cinco por cento disseram que a população da China é apenas o dobro da dos Estados Unidos. Na verdade, é quatro vezes maior.
Os Americanos ficaram em penúltimo lugar numa ideal classificação sobre o conhecimento geográfico global, atrás do Canadá, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Suécia.
Tudo isso tem o seu lado positivo: o País alvo duma próxima invasão militar tem boas probabilidade de não ser encontrado…
Mudamos de assunto: querem entrar no ano novo de forma realmente explosiva?
Custa só 150 Euros. Não é muito.
Com esta quantia é possível adquirir mais de maio quilo de explosivo C-4. E fazer um figurão com os vizinhos.
Feitas as contas, custa mais a viagem até a loja: os Balcãs.
Explica Michael Altamura, director do Osservatore Romano:
O ponto é que a desmilitarização da zona rural, feita principalmente por parte de empresas privadas dos EUA, foi efectuada sem nenhum controle, escapou muito material explosivo de armazenamento, devido à alienação de de munições, armas e tanques. Tudo material que está agora espalhado na região dos Balcãs. Além disso é facilmente acessível para os terroristas, porque as redes criminosas têm acesso a verdadeiros arsenais
O resto é feito com a ajuda de internet: na web é simples encontrar manuais que explicam como construir bombas artesanais. Um “faça você mesmo” para aspirantes terroristas.
Os preços da matéria prima? 150 € para 500-700 gramas de C4 ou C2, mas pode ser encontrado também T4. É só escolher.
Pergunta: mas nos Balcãs não há ainda militares internacionais que controlam a situação?
Sim, há: mas não faz mal, pois pelos visto os traficantes de explosivos não ficam perturbado com isso.
Ipse dixit.