Um dom inato

Saber fazer rir não é fácil. É uma verdadeira arte, como bem sabem os humoristas de profissão.

Mas, como em todas as coisas, há pessoas que para alcançar o resultado têm que esforçar-se, outras com as quais a Natureza foi benigna e obtêm as gargalhadas dos presentes quase sem mexer-se.

Dominique Strauss-Kahn pertence a esta segunda categoria.

De origem hebraica, para viver decidiu não fadigar e entrou em politica.

Após ter exercitado em França, em 2007 foi oficialmente candidato à direcção geral do Fundo Monetário Internacional e, embora o apoio do presidente francês Sarkozy, conseguiu ser eleito.

Eis as suas últimas declarações:

O G20 mexeu-se com decisão para evitar uma segunda grande depressão.(o G20? O mesmo G20 que na última reunião em Seul não conseguiu encontrar um acordo nem acerca do menu???)

As autoridades estão a avançar lentamente para regulamentar as instituições não-bancárias.
(Aqui é preciso um pouco para perceber, mas depois é verdadeiramente boa)

A principal causa da crise global foi a carência dum sistema de regulamentação e supervisão financeira.
(Pois. É precisa uma governance global não eleita, melhor ainda, um governo mundial)

Não temos que esperar, é preciso começar a reconstruir as estruturas de governance. É tempo para um triplo salto em frente.
(Bem me parecia)

No banco dos réus também a ideia que os mercados consigam regulamentar-se sozinhos.
(Até que enfim. Será preciso o quê?…Um governo mundial?)

A crise ainda não acabou.
(Sério?)

Temos de estar preparados para quando chegar uma nova crise, porque a pergunta não é “se” mas “quando”.
(Como assim? Ainda não acabou esta crise e já está a chegar a próxima? Mas não era ele que negava a crise actual, como bem lembram os aficionados leitores de Informação Incorrecta?)

Acerca da Grécia, ficámos muitos impressionados com os resultados, muito foi feito e muito ainda há para fazer.

Muito impressionada também a população grega, que assim comentou: 

Tráfego em tilt na Grécia por causa da greve de 24 horas dos transportes públicos em Atenas e Salónica. Os trabalhadores protestam contra os cortes, partes do plano de austeridade lançado pelo governo para obter a ajuda de 110 mil milhões de Euros da UE, BCE e FMI. A mobilização de hoje é apenas o primeiro passo em direcção à greve nacional do dia 15 de Dezembro. Em apoio à agitação, hoje também serão interrompidas as operações nos bancos ao longo de três horas, começando ao meio-dia.

Enquanto isso, toneladas de lixo acumulam-se nas ruas da capital, depois de vários dias de agitação pelos funcionários do aterro principal, à procura  da renovação de 100 contratos.

Dominique Strauss-Kahn, o mesmo homem que no dia 18 de Maio de 2010 declarava:

A actual crise é uma crise que só diz respeito à Grécia

E ainda:

Espero que os europeus possam desfrutar esta crise para reformar as instituições europeias [porque] não foi criado um ambiente económico que torna funcional o Euro durante uma crise .

O mesmo Strauss-Kahn que 6 dias antes tinha afirmado:

Não tenho dúvida que o plano levará a Grécia fora de perigo

e que

existe a possibilidade de que, uma vez que o plano for implementado, a recuperação será mais forte.

Sem dúvida.

Fonte: Informazione Scorretta, ADN Kronos
Tradução: Informação Incorrecta

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