Técnicas de manipulação mental – Parte IV

Até que enfim…quarta e última parte deste artigo que, pessoalmente, julgo ser muito interessante.
 
Debunking

O debunking, ou descrédito, é uma forma de manipulação que consiste no refutar, no desmontar, teorias e informações que vão contra o pensamento oficial dominante. Ou desacreditar quem fala dessas teorias e informações.

O debunker (a pessoa que prática debunking) ataca a contra-informação com mensagens simples, discursos, principalmente a um nível emocional, com “golpes” dirigidos para o inconsciente, ao invés da lógica.  

Estes ataques não têm como alvo o conteúdo, as ideias, mas o objectivo é desacreditar a fonte e o autor no plano moral, muitas vezes associado-o a filiações fortemente negativas como os terroristas, nazistas, fascistas, comunistas, anti-semitas, anti-sionista, etc.

A aproximação extrema do debunking é trazer o desmascaramento dos “desmascaradores” até as extremas consequências, ou seja, trazer a opinião pública até a conclusão de que tudo está podre, tudo é uma mentira, todos são ladrões, todos enganam.  
Portanto, a verdade nunca poderá ser conhecida, e por isso é moralmente justificado deixar de preocupar-se de tudo e de todos.  

É alcançado o egoísmo mais radical e desumanizante.

Quem encontrar um inimigo encontra um tesouro

 
A frustração gera tensão e agressividade, e a agressividade pode ser descarregada contra a mesma pessoa que é frustrada ou contra uma pessoa ou objecto externo.  
Quando esse tipo de frustração é generalizada em toda a população, o momento é propício para fundar um movimento e/ou organizar um ataque contra o inimigo.

No nosso mundo atormentado pela insegurança e frustração (criadas especificamente) é preciso um inimigo, um culpado, um bode expiatório (os terroristas, os ciganos, os imigrantes, etc).

 

Dependências química

Na nossa sociedade a difusão das substâncias psicotrópicas é enorme. Uma percentagem muito elevada de pessoas está a usar de forma regular e tem desenvolvido  formas de dependências das drogas, álcool ou psicofármacos.  
Dezenas de milhões de menores são literalmente drogados com fármacos psicotrópicos.
 

Os efeitos destas substâncias psicoactivas convergem para diminuir a liberdade de opinião, a resistência e de acção das pessoas e, claro, aumentam a  sugestionabilidade. 

Na prática, a pessoa dependente do álcool ou das drogas ou dos psicotrópicos ou barbitúricos é muito mais maleável e controlável pelo sistema, o mesmo que vende estas substâncias. Aqueles que se ajudam e se acostumam à ajuda química, perdem a capacidade de autodeterminação.  

Uma sociedade assim, não é uma sociedade livre.

Os medicamentos psicoactivos são difundidos com a complacência dos psiquiatras, das empresas farmacêuticas; o imenso mercado das drogas e do álcool é dirigido pela grande finança internacional e o fluxo dos “narco-dólares” em 60% tem lugar nos Estados Unidos, e tem fortes ligações com o tráfico de armas.

 

Cinema e televisão

 

Ainda hoje o entretenimento cinematográfico tem importância  em influenciar as massas?  
A resposta é positiva.

Os filmes de propaganda no passado foram capazes de produzir verdadeiras obras-primas (“O Grande Ditador”, “O Triunfo da Vontade”, para citar alguns), mas também hoje o poder desta arma não está gasto: Hollywood  docet.

O cinema tem uma função de vanguarda para transmitir um certo tipo de mensagem, e depois testa-lo e, uma vez passado, transferi-lo para o pequeno ecrã: a televisão!

Na prática, o filme prepara o terreno, preparar o corpo inteiro para o vírus, que depois serão injectados nos media de massa, como jornais, rádio e especialmente a televisão.  
Sem que seja fácil perceber isso, o grande ecrã deixa filtrar nas dobras do guião e da realização a maneira de pensar de amanhã, e o seu grande poder de penetração fica no silêncio e na atenção.  

Enquanto a televisão ajuda a falta de pensamento (também muito útil em alguns aspectos), na sala do cinema reina o silencio total e cada um fica sozinho, com a máxima atenção.

Fim

Técnicas de Manipulação Mental é baseado no livro Neuroschiavi: manuale scientifico di autodifesa, di Marco Della Luna e Paolo Cioni, e foi publicado em quatro partes. 

De seguida os links:
Primeira Parte
Segunda Parte
Terceira Parte

Tradução e adaptação: Informação Incorrecta 
Baseado no livro: “Neuroschiavi: manuale scientifico di autodifesa” de Marco Della Luna e Paolo Cioni, Edições Macro (ISBN-10: 8862290276; ISBN-13: 9788862290272).

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