9/11: uma introdução

A sondagem está fechada e o resultado não deixa dúvida: a maior parte dos Leitores (dos que votaram, claro) deseja saber mais acerca do 11 de Setembro de 2001. Aqui, nas páginas do blog.

E como o povo é soberano (apenas aqui, no blog, pois na realidade a coisa muda): seja feita a vontade do povo.
A propósito: esqueci-me de votar.

Mas povo ou não povo: faz ainda sentido falar de 11 de Setembro?
Sim, sem dúvida. E quem pensar o contrário deveria armar-se de paciência e verificar (existe internet) como toda a nossa história dos últimos 11 anos foi integralmente condicionada pelo acontecimento do World Trade Center: a segunda guerra no Iraque, as missões em Afeganistão, os problemas com o Paquistão, o ópio e os seus derivados, a guerra ao terrorismo, os atentados em Espanha, em Londres, a perda dos direitos civis em alguns Países, as acusações ao Irão.
Tudo teve uma única origem: o 11 de Setembro de 2001.

É claro que ao longo destes 11 anos tudo foi dito e escrito acerca dos atentados, e alguma coisa pode ser encontrada também neste blog. Teorias não faltam, de todos os tipos: absurdas, fantásticas, simplesmente estúpidas; ou razoáveis, lógicas, até provadas.

Há também muitos vídeos dedicados aos assuntos, alguns de boa qualidade.

Portanto, inútil re-propor o enorme conjunto de incongruências que a versão oficial oferece. Vamos, pelo contrário, observar alguns pontos importantes, conhecidos e não.

Mas antes, eis um breve resumo dos acontecimentos.

A versão oficial

Na manhã do dia 11 de Setembro de 2001, 19 homens armados de x-atos, enviados por um homem dialisado que vivia numa gruta do outro lado do mundo e dotado dum telemóvel e dum computador portátil, conseguiram a mais sofisticada acção de penetração do espaço aéreo mais defendido do mundo, imobilizaram os passageiros e os pilotos (alguns dos quais ex militares) de quatro aviões comercias e começaram a esvoaçar fora de rota sem nunca serem molestados pela força aérea americana.

Estes terroristas, devotos religiosos islâmicos que gostavam de beber álcool, aspirar cocaína e viver com strippers com cabelos cor de rosa, conseguiram fazer ruir três prédios com dois aviões; isso enquanto em Washington outro terrorista, incapaz de fazer voar um bimotor, obrigava um Boeing 757 a uma espiral descendente de 3.000 metros e 270º para atingir o Pentágono, exactamente no escritório da contabilidade onde os funcionários estavam a estudar o misterioso caso do desaparecimento de 2,3 triliões de Dólares das caixas do mesmo Pentágono; facto, este, anunciado numa conferência de imprensa no dia anterior pelo ministro Donald Rumsfeld.

Em poucos minutos as televisões eram capazes de anunciar os culpados, graças também ao passaporte dum dos terroristas encontrado no local de impacto no World Trade Center de New York.

Por alguma obscura razão foi decidido instituir uma comissão investigativa acerca do maior ataque contra os Estados Unidos alguma vez acontecido: atrasada, sub-financiada, com conflitos de interesses, baseada em confissões obtidas sob tortura cuja documentação tinha sido logo destruída, a comissão esqueceu-se de alguns pormenores quais o Prédio nº 7, o facto de Bin Laden ter sido agente da CIA, os exercícios dos militares americanos nos quais aviões eram atirados contra prédios, a Ptech, sem muito espanto a comissão confirmou a versão oficial.

Não julgou oportuno investigar acerca do financiamento da operação porque “de escasso significado prático”, conseguiu individuar os responsáveis pela falta duma adequada e pronta resposta, mas não condenou ninguém, concluindo que o problema principal tinha sido uma “falta de imaginação” porque, como afirmou o presidente Bush, “Ninguém no nosso governo e nem num daqueles anteriores tinha imaginado aviões atirados contra prédios”.

O que era verdade: além do Pentágono, da CIA, do Norad, da FIMA e da agência espacial, ninguém estava à espera disso.

Entretanto, a DIA destruiu 2,5 terabyte de dados relacionados com o 11/9, mas evidentemente não eram coisas importantes.
A SCC também destruiu os dados duma investigação relacionada, mas não há crise pois evidentemente não interessavam.
O Nist tornou segredos os dados dos modelos computerizados acerca da queda do prédio nº 7, mas não há crise pois é óbvio que ninguém teria ligado.
O FBI acrescentou que todas as informações relacionadas com o 9/11 deveriam ser mantidas escondida ao público, mas não há crise pois sabemos que o FBI nunca esconde ou altera os factos.

Entretanto Bin Laden vivia numa gruta, sem que ninguém conseguisse encontra-lo; depois viajou até Tora Bora, sem que ninguém conseguisse intercepta-lo, e afinal decidiu estabelecer-se numa vivenda duma localidade paquistanesa, perto dum quartel militar. Tudo isso, obviamente, sem que os satélites ou os serviços segredos ocidentais pudessem descobrir alguma coisa.

Bin Laden até gozava com os americanos: difundia vídeos nos quais era mais magro, mais gordo, mais alto, mais baixo, mais feio, mais bonito, tudo com uma naturalidade esmagadora.

Reza a história que o fim de Bin Laden chegou por meio duma acção dos marines que não foi gravada em vídeo, na qual não utilizou a mulher como escudo humano, e na qual as forças especiais mataram a mais importante fonte de informações acerca do terrorismo mundial, fonte que, segundo as testemunhas, estava desarmada. O corpo foi atirado para o mar segundo um improvável ritual islâmico e a seguir a quase totalidade dos membros da força especial em questão morreu num acidente no Afeganistão.

Esta é a história oficial do 11 de Setembro.
Se o Leitor não ficou convencido é bom sinal: significa que alguns neurónios ainda se mexem.

Ipse dixit.

Fonte: The Corbett Report

18 Replies to “9/11: uma introdução”

  1. Versão oficial apresentada, por este lado aguardo o resto 🙂

    O Pentágono é realmente um dos muitos desafios à lógica nesta história toda.

    Já fui recordar algumas siglas. Ainda falam dos inúmeros serviços e afins do estado português.
    Por aqueles lados, o desafio é grande para memorizar tanta agência, comissão, instituto e quem faz o quê só em matéria de defesa, quanto mais tudo o resto! Isso por si só parece ajudar a não perceber quem fez o quê e quem é responsável pelo quê…

    Na sequência dos links do Ricardo, partilho a versão com legendas em português do segundo link, "Dividocracia" (acho que foi este vi, pois creio que há mais do que uma versão com legendas em português): http://www.youtube.com/watch?v=nwlJDAufvnM

    Na sequência deste documentário, os mesmos autores já fizeram outro, "Catastroika" (a mesma ressalva do anterior… vários links com legendas em português, deixo um deles): http://www.youtube.com/watch?v=Qam7h1jMIwI

    O terceiro ainda não vi, mas arranjei um link com legendas em inglês, sempre ajuda a não perder palavras pelo meio e mesmo assim, as próprias legendas podem ter perdido alguma palavra pelo meio… "97% Owned – Monetary Reform documentary – Directors Cut": http://www.youtube.com/watch?v=XcGh1Dex4Yo

    Agradeço as partilhas e ficam outras partilhas.

    Abraço
    Rita M.

  2. Muito obrigado Rita! Day off hoje… assisti o dividocracia e confesso que estava enrolando o 97% por causa do sotaque britânico sem legendas… vou conferir!!! 🙂

    [ ]s

  3. Óptimo resumo! Pensar que alguém engoliu isto… De facto, como disse Woody Allen, a vida imita má televisão…

  4. 11/09 ou… 09/11 = o berço das conspirações, o nascimento da contra-informação na internet.

  5. É TUDO UM JOGO DE PODER, NÃO ACREDITEM NOS LOBOS, PRESTEM ATENÇÃO AOS SIMBOLISMOS…

  6. Eu admito que não estava muito interessado por uma serie de posts sobre o 11 de Setembro Max, mas depois desta excelente introduçao já estou ansioso por ver o que vais escrever a seguir.

    Continua os excelente posts

  7. Olá Rita: muitíssimo obrigada pelas dicas dos vídeos com legenda, mesmo que a legenda seja em inglês! :))Abraços.

    Olá Max:texto bom… sempre vai atrair até os que não estavam muito interessados no 11/9. Provavelmente o koala já estava farto de ler sensacionalismo a respeito. Segue em frente! Abraços

  8. Olá Ricardo e Maria,
    De nada.
    Afinal, na verdade, os links originais até foram ideia do Ricardo 🙂
    Abraço
    Rita M.

  9. Olá Max, Ricardo e Rita: assisti 97% Owned, e sugiro que os comentaristas e leitores de ii também assistam.
    Pessoalmente, credito o meu parcial entendimento na primeira leitura do documentário ao que aprendi em Max&Leo. O que ainda não dei conta, tratarei de resolver em repetidas leituras. Em especial, me pareceu positivo a apresentação clara de alternativas, a nível pessoal, nacional e internacional. Me parece que também essas alternativas – penso que já do prévio conhecimento nosso – estão em curso por indivíduos, um ou outro governo nacional progressista, e até sendo pensadas por grupos de países. Mas acredito também que a contra ofensiva dos interesses financeiros internacionais também está em curso. E isso o documentário não aponta. Uma dessas iniciativas de contra ofensiva é a privatização de cidades, como a anunciada em Honduras, sem muita divulgação.Com essa medida, as iniciativas grupais de cooperativas de crédito apoiadas por munícipes, proliferação de micro empresas locais, apoiadas por comercialização seletiva local, e outras, estarão definitivamente bloqueadas, e caso contrário, sujeitas a culpabilização e penalidades diversas sob a privatização de municípios, uma espécie de teste levado a cabo no lugar por excelência das experiências realizadas pelos donos do mundo: a América latina. Abraços

  10. Caro Max, não sei de seus planos sobre as próximas postagens do 9/11 que já levaram 11 anos de nossas vidas "pacatas" neste cativeiro invisibilizado pela programação/memória de pseudo liberdade "democrática" para extraterrestre ver. Penso que o 4º reich nazi sionista, autor desta façanha "in side job", prá lá de desmascarada, já vai longe com sua agenda oficial enquanto vamos discutindo o sexo dos cavalos de Tróia que infantilmente alimentamos com nosso apego a um passado inexistente. É antes e depois de 9/11; fim de papo e jogo. Os EUA hoje são uma ditadura prá lá de escancarada. É só vermos o que ainda é possível ver nesta bendita internet postado pelos próprios cidadãos americanos do norte aflitos com a passagem vertiginosa para a implantação da Guantânamo planetária. Veja estes vídeos e faça uma boa reflexão sobre este infame 9/11 antes de novas postagens. Espero estar contribuindo para clarear a dolorosa verdade dos fatos. Sinto muito, sou grato. Paz e luz para todos. O grande portão da liberdade está se fechando mais rapidamente do que supõe nossa vã incredulidade. Exerçamos o desapego ao ego que nos tira do presente.
    Links:
    http://youtu.be/P2ZhQrWQj7k
    http://youtu.be/Gy7FVXERKFE

  11. Momento links de filmes… para descontrair um pouco: 🙂

    General Aladeen: "Why are you guys so anti-dictators? Imagine if America was a dictatorship. You could let 1% of the people have all the nation's wealth. You could help your rich friends get richer by cutting their taxes. And bailing them out when they gamble and lose. You could ignore the needs of the poor for health care and education. Your media would appear free, but would secretly be controlled by one person and his family. You could wiretap phones. You could torture foreign prisoners. You could have rigged elections. You could lie about why you go to war. You could fill your prisons with one particular racial group, and no one would complain. You could use the media to scare the people into supporting policies that are against their interests."

  12. Olá Max e pessoal,
    Eu não sei se é algum fetiche norte-americano mas o dia 11 de setembro já foi marcado em 1973 por outro evento trágico, vou apenas colar um breve texto de um amigo meu, o Kennedy, (que não é o presidente morto, viu!)

    ""Em 11 de setembro de 1973, a rádio de Santiago emitia essa chamada. Era a senha avisando que o Golpe Militar estava em curso no Chile. A valente resistência dos estudantes, dos bairros proletários e pobres e principalmente dos operários, não foram suficientes contra tanques, aviões e navios de guerras. (com o apoio explicito dos EUA). Milhares de pessoas presas, torturadas, mortas… Entre elas, brasileiros que fugindo da “ditabranda” buscavam refúgio no democrático país irmão. Victor Jara, Pabro Nerudo,…foram silenciados.

    Nas esteiras da violência, desaparecia uma das experiências mais importantes da historia da América e do mundo: o Socialismo Democrático Chileno.
    O golpe foi dado para "salvar" o Chile do autoritarismo e garantir a "democracia".

    39 anos depois, voltamos a viver expectativas de mudanças com governos progressistas (uns mais como o caso da Venezuela e Bolívia e outros menos como o caso do Brasil e Peru). Voltamos a ter “clima” de golpes e ditadura como foram as eleições chilenas, a deposição de governos democráticos em Haiti, Honduras, e Paraguai. Além das várias tentativas de golpe na Venezuela, Peru, Equador, Bolivia…

    Em meio a isso, PRESIDENTE SALVADOR ALLENDE… vive!""

    Na verdade Allende foi encontrado morto no momento do golpe de 11 de setembro de 1973 e, segundo fontes oficiais, a exumação confirmou suicídio.

  13. Olá Gl.Cves: bem lembrado o aniversário do 39 anos do verdadeiro 11 de setembro, ataque terrorista dos EUA contra o Chile, aquele que mudou para pior a América latina, inaugurando no sul do continente um retrocesso nunca superado, com um saldo de mais de 40.000 entre torturados a cargo da operação Condor, mortos e "desaparecidos".Esta é uma história que deveria fazer lembrar aos europeus hoje como procede o neo liberalismo global a favor de seus interesses. Abraços

Obrigado por participar na discussão!

This site uses User Verification plugin to reduce spam. See how your comment data is processed.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

%d bloggers like this: