Uhhh, muitas coisas…
As notícias oficiais são poucas mas vozes, buzz, ruídos de fundo e meias declarações deixam vislumbrar uma batalha entre os vários governos. Tema central: a ideia de criar uma Zona Neuro dividia em duas partes, uma construída à volta do eixo França-Alemanha, outra com os Países periféricos mais fracos.
Na prática, um Frankenstein monetário com uma esperança de vida muito reduzida.
Angela Merkel e o marido de Carla Bruni falam não em modificar mas em “refundar” a Europa.
Nada mais, nada menos.
Porque é importante ter o sentido das proporções. Esta dupla, que nem um bordel de Bagdad conseguiria gerir sem as ordens dos bancos e dos Estados Unidos (que depois sempre bancos são), agora querem “refundar” a Europa.
Uma tristeza.
Como todo o respeito para os bordeis de Bagdad.
Agora é só esperar o dia 9 de Dezembro, apontado como o dia das grandes novidades. Vamos ver.
Governo que vai, governo que chega.
Nas eleições ganhou a parte islâmica moderada: é esta que agora terá de construir uma coligação de governo.
E a Primavera Árabe? Adiada, provavelmente o novo executivo conseguirá ganhar alguns meses. Depois é só ver, mas a situação permanece complicada e tensa.
Governo que vai, governo que chega.
O Presidente Saleh assinou em Riad um documento que implica o abandono do poder no prazo de 90 dias. O chefe da oposição, Mohamed Basindawa, é agora encarregado de formar um governo de unidade nacional até a saída do actual Presidente, em Fevereiro.
Governo que vai, governo que chega.
Agora é só esperar para ver os resultados oficias. Para já, parece que o Partido Justiça e Liberdade, da Irmandade Muçulmana, será o grande vencedor. Em segundo lugar os salafistas de Al-Nour, que querem a aplicação da lei islâmica em todos os domínios da vida.
Os jornais falam de “surpresa”.
Provavelmente estavam à espera duma vitória dos Gesuitas.
Opiniões.
Mas se os resultados fossem confirmados, a situação seria complicada.
Como este blog previu há alguns tempos (ooohhhhh!), mudanças não faltam e são destinadas a continuar ao longo dos próximos meses. Aliás, o melhor ainda tem que chegar.
A razão é sempre a mesma: as velhas estruturas estão a desfazer-se, isso enquanto as novas estruturas não conseguem vincar pois demasiado cedo. Ou porque ainda não pensadas.
No meio estamos nós, com o nosso tempo, o nosso lugar.
Não é o máximo, mas é o que há e, sobretudo, não faltam oportunidades.
Isso sim que é interessante.
Ipse dixit.
Fontes: Informazione Scorretta
Olá Max:encontrei no blog da Pupila insomne uma fala antiga do Chomsky, que parece muito atual: "La democracia es permisible mientras el control del capital quede excluido de las deliberaciones populares y de los cambios, es decir, mientras no sea una democracia”.Abraços
Maria,
Já agora, gosto desta frase de Tolstói que muito bem se aplica nos dias de hoje:
"A democracia é uma sociedade de proprietários para defendê-los contra os que nada possuem. "
Muito boa Fada, perfeita! Bem lembrado Tolstói aqui entre nós, que provavelmente não vamos considerá-lo louco por ter inventado uma Yasnaia Poliana, por ter dividido as suas muitas terras para multiplicar gente próspera a sua volta. Para nós, que vivemos comentando e trocando idéias a ver o que se pode fazer neste mundo que desaba, pensar com Tolstói, sua vida e suas ideias e iniciativas pode nos ser inspirador.
Cá entre nós, me apeteceria uma democracia direta que soubesse enfrentar o capitalismo financeiro e corporativo. Delírios!?…Quem sabe!? Tenho a mania de tentar colocar a minha vontade nas asas do meu desejo. Que fazer?
Olá Maria! 🙂
Já não é mau de todo, podermos partilhar os nossao desejos.
Alguém lê Tolstói? Alguém lê Marx e outros tantos, de que outros tantos amam ou odeiam, mas que no fundo, ler as suas obras, se torna apenas um sonho longínquo…