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Covid! Os dados do Reino Unido, o que acontece na Austrália, os mortos na Europa

No passado dia 6 de Agosto, o governo britânico publicou uma breve actualização acerca da evolução da Covid 19. Extrema síntese? Menos de um terço das mortes da variante Delta são de pessoas não vacinadas.

Ou seja: dois terços das mortes da variante Delta no Reino Unido são de pessoas vacinadas. Interessante, não é? Mas vamos ver mais pormenores.

De 1 de Fevereiro a 2 de Agosto, o Reino Unido registou 742 mortes provocadas pela variante Delta. São pouco mais de 100 mortes por mês por parte da terrível nova variante que, lembramos, é apresentada como mais contagiosa, mais mortífera, mais tudo. Destas 742 mortes:

Surpresa? Na verdade não: estes dados confirmam quanto referido pela revista científica Science, segundo a qual 60% das hospitalizações em israel envolvem doentes totalmente vacinados.

E a máscara? Pois, a máscara…

Cereja no topo do bolo, documento Utilizo da máscara no contexto da Covid 19 das Nações Unidas:

Evidências sobre o efeito protector do uso de máscara em ambientes comunitários

Actualmente, existem apenas provas científicas limitadas e incoerentes para apoiar a eficácia do uso comunitário da mascara por parte de pessoas saudáveis para prevenir a infecção com vírus respiratórios, incluindo o SRA-CoV-2. Um grande ensaio aleatório baseado na comunidade, no qual 4862 participantes saudáveis foram divididos num grupo com máscaras médico-cirúrgicas e num grupo de controlo, não encontrou diferença na infecção pela SRA-CoV-2. Uma revisão sistemática recente encontrou nove estudos (dos quais oito eram ensaios controlados aleatorizados de grupo, ou seja, estudos em que grupos de pessoas eram aleatorizados em vez de indivíduos) comparando máscaras médicas/cirúrgicas versus sem máscaras para prevenir a propagação de doenças respiratórias virais. Dois ensaios foram realizados com trabalhadores da saúde e sete a nível comunitário. A revisão concluiu que o uso de uma máscara pode fazer pouca ou nenhuma diferença na prevenção da gripe (ILI) (RR 0,99, 95% CI 0,82 a 1,18) ou doença confirmada em laboratório (LCI) (RR 0,91, 95% CI 0,66 a 1,26).

Este documento foi publicado no dia 1 de Dezembro de 2020 e nunca retificado. Para os mais curiosos, os estudos aos quais o documento refere-se são os seguintes:

  1. Chou R, Dana T, Jungbauer R, Weeks C, McDonagh MS. Masks for Prevention of Respiratory Virus Infections, Including SARS-CoV-2, in Health Care and Community Settings: A Living Rapid Review. Ann Intern Med. 2020;173(7):542-555. doi:10.7326/M20-3213
  2. Bundgaard H, J. B, Raaschou-Pedersen D, von Buchwald C, Todsen T, Norsk J. Effectiveness of Adding a Mask Recommendation to Other Public Health Measures to Prevent SARS-CoV-2 Infection in Danish Mask Wearers. Ann Intern Med. 2020. doi: 10.7326/M20-6817.

Mas dado que a grande maioria das pessoas vive dependente do condicionamento praticado pelos órgãos de comunicação, eis o que acontece na Austrália:

Uma rapariga de 12 anos de idade foi alegadamente pulverizada com pimenta em frente de espectadores chocados quando a sua irmã foi presa por se recusar a usar uma máscara facial durante o confinamento da Covid em Sydney. […]

Mais de uma dúzia de agentes foram também chamados ao local, numa tentativa de difundir a situação. Em vez disso, a chegada de vários polícias que não estavam a usar máscaras faciais provocou tensões, com alguns dos parentes a protestarem com os polícias e a provocarem uma briga de todos.

Do acidente existe também o vídeo nas páginas do diário Daily Mail.

Austrália?

Tudo isso não admira pois, como refere Strategic Culture no passado dia 25 de Agosto, a Austrália implementou um duro confinamento para combater a Covid e os efeitos não tardaram a manifestar-se.

O território conhecido como Down Under [expressão utilizada em referência à Austrália, Nova Zelândia ou qualquer País insular do Pacífico Sul, ndt] parece ter regressado ao seu estatuto original de colónia penal com funcionários do governo que parecem cada vez mais guardas prisionais do que servos do povo, suprimindo selvaticamente os manifestantes cansados de mais lockdowns da Covid.

Uma forte presença policial nas principais cidades australianas durante o fim-de-semana não impediu que milhares de manifestantes saíssem às ruas no que muitos viram como um esforço de última hora para proteger as liberdades civis gravemente ameaçadas.

Os protestos vieram depois de Nova Gales do Sul anunciar o seu segundo encerramento total, o que coloca os 5 milhões de habitantes de Sydney sob um rigoroso recolher obrigatório até meados de Setembro. A espera parecerá ainda mais excruciante, contudo, dada a elevada probabilidade de que o confinamento obrigatório seja prolongado até Janeiro.

Entretanto, em Melbourne, a segunda maior cidade da Austrália depois de Sydney, os cidadãos enfrentam restrições semelhantes, o que significa que (para além de irem às compras num raio designado das suas casas, exercerem durante uma hora por dia ao ar livre e irem trabalhar, desde que se encontrem numa “ocupação essencial”) se tornaram praticamente prisioneiros dentro das suas próprias casas.

Neste ponto da história da Austrália, a única coisa certa é a incerteza, o que torna os lockdowns ainda mais insuportáveis.

As imagens de sábado das duas principais cidades da Austrália mostraram uma situação de barril de pólvora, com manifestantes a chocar com a polícia, que responderam com bastões, spray de pimenta e detenções em massa. […]

Dada a presença maciça da polícia no meio de manifestações de protesto contra a contínua deterioração dos direitos humanos básicos, pode-se ter a impressão de que a Austrália está de facto a enfrentar uma crise existencial.

Embora isto possa ser verdade no que diz respeito à obesidade, abuso de drogas e desalojamento, parece ser um exagero completo quando se trata da Covid-19. Afinal de contas, embora as provas das emergências acima mencionadas possam ser vistas em todo o País, o único lugar onde o Coronavírus parece existir na Austrália é nos canais noticiosos nocturnos.

Por exemplo, a Premier Gladys Berejiklian de New South Wales, numa tentativa de retratar a pandemia como o inimigo número um, expressou na televisão as suas “mais profundas, mais profundas condolências” às famílias de três pessoas que morreram da noite para o dia com o Coronavírus. Quem foram estas vítimas? O público não foi informado das suas identidades, mas Berejiklian descreveu-os como “um homem de 80 anos, um homem de 90 anos e uma mulher de 90 anos”.

É apenas um palpite, mas em cada um destes “trágicos” casos não poderia o assassino silencioso ter sido uma comorbidade?

Toda esta loucura chegou ao povo de Down Under depois de o continente ter testemunhado apenas um aumento mínimo nos casos de Covid. No estado de Nova Gales do Sul, por exemplo, onde se encontra Sydney, apenas 825 casos positivos foram registados no Sábado, um aumento em relação aos 644 do dia anterior. No estado de Vitória, onde se encontra Melbourne, a situação parece ainda menos preocupante, com apenas 61 casos comunicados a partir de Sábado. Estas baixas taxas de infecção, associadas a um elevado nível de cepticismo público acerca da segurança das vacinas Covid, traduzem-se em apenas 29% da população que optou por ser vacinada até à data.

Para acabar com uma nota de alegria: segundo so dados oficiais da EudraVigilance, ate meados de Agosto as vacinas só na Europa mataram 21.766 pessoas. E estes são apenas os dados oficiais… Nso próximos dias os dados discriminados.

 

Ipse dixit.