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Covid: os efeitos das vacinas na Escócia e na França

Covid, mais uma vez. Ao longo deste ano (um pouco mais, na verdade) os dados divulgados sofreram dum evidente bipolarismo. Numa primeira fase prevaleceu a atitude pessimista ao ponto que, por exemplo, desapareceu a distinção entre mortos “de Covid” e “com Covid”: muito cedo passaram a ser todos mortos “de Covid”. Numa segunda fase, vice-versa, ganhou a fase optimista: as vacinas só fazem bem, até o ponto de poder mistura-las porque é toda saúde. Mortos por causa das vacinas? Residuais, pontuais, episódicos. Mesmo que, como será observado amanhã na actualização dos dados da EMA (Agência Europeia do Medicamentos) os óbitos ultrapassem as 10.000 unidades só no velho Continente.

Hoje vamos ver o que se passa na Escócia com outros dados oficiais, aqueles fornecidos pela Public Health of Scotland, o sistema de saúde escocês, gerido pela Convention of Scottish Local Authorities e Governo da Escócia. E os dados não são nada simpáticos: as vacinas totalizaram um número de mortes que já é a metade das mortes “de Covid”.

Na verdade é provável que os números sejam até piores: as mortes devidas às vacinas costumam ser contabilizadas de forma conservadora enquanto as mortes “de Covid” são sempre… abundantes. Mas há uma enorme diferença: o número de pessoas que morreram na Escócia por causa das vacinas é detectado num período de mais de 6 meses, enquanto o número de pessoas que alegadamente morreram “de Covid” acumulou-se ao longo de mais de 15 meses.

Vamos ver os dados.

Segundo o Governo da Escócia, os óbitos provocados pela Covd-19 foram até hoje 7.683.

Segundo o documento do sistema Sanitário Escocês Public Health Scotland COVID-19 Statistical Report publicado no dia 7 de Junho, entre 8 de Dezembro de 2020 e 28 de Maio de 2021, um total de 3.752 pessoas morreram no prazo de 28 dias após terem recebido uma vacina Covid-19. Mais em pormenor: 1.289 pessoas morreram no prazo de 28 dias após a vacina da Pfizer, 2 pessoas morreram no mesmo prazo após a vacina Moderna e 2.461 pessoas morreram após a vacina AstraZeneca.

Portanto: 7.683 mortos de Covid (em 15 meses), 3.752 mortos de vacinas (em 6 meses).

Entretanto, na França…

Um salto até o outro lado do Canal da Mancha e entramos na França. Aqui, enquanto as autoridades políticas estão a considerar tornar obrigatória a vacinação anti-Covid mesmo para crianças, os centros de farmacologia estão inundados com relatórios provocados pelos efeitos secundários.

Já em Abril, o jornal Ouest-France publicava um artigo realçando um “surto” de efeitos adversos:

Os relatórios sobre os efeitos adversos das vacinas anti-Covid e do Centro Regional de Farmacovigilância (CRPV) em Tours têm de lidar com um surto na sua actividade. Face à situação, foi pedido a pacientes e médicos que não declarassem tudo para dar prioridade aos relatórios mais graves. […] No final de Março, o Centro Regional de Farmacovigilância de Tours (Indre-et-Loire) já tinha realizado o equivalente de toda a sua actividade em 2020. De facto, como noticiado pela France 3 Centre Val-de-Loire, os relatórios sobre os efeitos adversos das vacinas anti-Covid, particularmente os relativos à AstraZeneca, fizeram explodir o número de casos.

Desde Janeiro, dizia o artigo, o centro “recebeu 1.400 relatórios e por vezes mais de 200 numa semana. Um fenómeno para o qual não estava preparado”.

No final de Maio, o jornal regional Le Populaire du Centre, intitulava: “Vacinas Covid-19: cerca de 4.000 relatórios de efeitos secundários em Limousin”. Também neste caso, o Centro Regional de Farmacovigilância foi esmagado por um aumento dos efeitos adversos ligados à vacinação anti-Covid:

Desde o início de 2021 este é um afluxo sem precedentes para o Centro Regional de Farmacovigilância de Limoges, que recolhe todos os relatórios de reacções adversas aos medicamentos. Entre estes, um dos 34 casos franceses de trombose atípica ligada à injecção da vacina AstraZeneca.[…] O Centro Regional de Farmacovigilância (CRPV) tem sido sobrecarregado por relatórios pós-vacinação Covid-19 desde Janeiro passado. Mais precisamente, 4.000 em quatro meses e meio (de 283.000 pessoas que receberam uma ou duas doses de vacina em Limousin): um recorde para esta estrutura que recolhe declarações de efeitos adversos de medicamentos e relata as suas observações à Agência para a Segurança Nacional de Medicamentos, a ANSM.[…]

“Em tempos normais, recebemos cerca de 1.200 casos por ano, incluindo apenas dez notificações para vacinas convencionais”, diz a Professora Marie-Laure Laroche, directora do centro”.

Mais ao pormenor, o Populaire assinala que “25% dos relatórios “dizem respeito a efeitos graves: “uma proporção semelhante àquela do nível nacional”, explica o diário que no artigo lista os principais efeitos secundários incapacitantes: “taquicardia, herpes zóster, hipertensão, paralisia facial, urticária”.

Acabou? Nem por isso. Mais ao Sul, na região de Toulouse, o diário Le Journal Toulousain foi obrigado, a 25 de Maio, a fazer o mesmo tipo de observações:

Devido à utilização de vacinas anti-Covid , o Centro Regional de Farmacovigilância de Toulouse, que recolhe todos os relatórios de reacções adversas aos medicamentos, registou, desde Janeiro, cinco vezes mais declarações do que o normal. […] 4.000 relatórios para os primeiros quatro meses de 2021… Isto é inédito no Centro Regional de Farmacovigilância (CRPV) em Toulouse, que recolhe relatórios de reacções adversas a medicamentos, antes de enviar as suas observações à Agência Nacional para a Segurança dos Medicamentos (ANSM).

“O aumento é significativo, é cinco vezes mais do que no ano passado no mesmo período” afirma o Professor Jean-Louis Montastruc, director da CRPV e membro da Academia Nacional de Medicina. (…)

Normalmente, a estrutura anexa ao Hospital Universitário de Toulouse regista uma média de 2.100 declarações por ano. Dos quais um número muito reduzido está relacionado com as vacinas convencionais. É obviamente a campanha de vacinação contra a Covid que está na origem deste espectacular aumento.

Continua o diário:

O Centro Regional de Farmacovigilância não se limita a registar relatórios. Tem também a onerosa tarefa de autenticar cada relatório. Dado o afluxo desde o início do ano, é dada prioridade aos efeitos graves e inesperados que representam, segundo o director da CRPV, cerca de um terço das declarações neste momento. “O que é muito difícil neste período em que toda a população está a ser vacinada é distinguir entre eventos que teriam ocorrido sem a vacina e aqueles devidos à injecção de uma ou duas doses. Os AVCs, por exemplo, acontecem todos os dias”, diz ele.

Para tal, a CRPV conduz investigações reais chamadas imputabilidade, que por vezes demoram várias horas. “Com análises clínicas ou farmacológicas e estudando a cronologia dos acontecimentos, conseguimos sempre identificar se um relatório de uma reacção adversa está ou não ligado à vacina”, diz Jean-Louis Montastruc.

Entre os relatórios sérios, a CRPV teve de investigar casos de hemofilia, ataques cardíacos, hipertensão arterial e paralisia facial. “A grande novidade específica da campanha de vacinação são obviamente os casos de trombose venosa de que muito se tem falado”, acrescenta o especialista em farmacologia.

Para além destes casos específicos atribuídos à vacina AstraZeneca, as declarações processadas pelo Centro Regional de Farmacovigilância de Toulouse não indicam que uma vacina seja mais susceptível de gerar efeitos secundários do que outra. Sendo a mais prescrita, a vacina Pfizer está na origem de uma grande maioria dos relatórios registados, muito à frente da AstraZeneca, depois Moderna e finalmente Janssen, a última das vacinas autorizadas em França.

Cambada de conspiracionistas… são todos conspiracionistas. o sistema de saúde da Escócia, os diários franceses….malditos.

 

Ipse dixit.