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Em que acreditar e porquê? Numa visão alternativa. Porque sim.

É engraçado porque em princípio concordo com a grande maioria dos comentários dos Leitores após o artigo Em que acreditar e porquê? mas, ao mesmo tempo, tenho que discordar. Explico: a maioria cita a experiência. Justo, correcto, este é o meu metro de juízo também. Mas não podemos negar que a nossa experiência vivida numa sociedade doutrinada (ou até criada como “cenográfica”) pode não ser uma experiência real, mas induzida.

Isso é o que acontece com o princípio de coerência levado ao extremo: o completo imobilismo porque não podemos confiar em nada, logo não sabemos nada. Cogito ergo sum? Penso logo existo? Não: penso logo posso ter sido doutrinado, posso ter ideias que foram impingidas. Logo posso viver uma vida não minha mas planeada por outros. Logo não existo.

Este discurso é excepcionalmente profundo, muito mais daquilo que podem deixar entender estas linhas escritas à pressa (e peço desculpa por isso). A ciência de fronteira, aquela que tenta ir além do já estabelecido (mas sempre partindo de bases comprovadas), está a mover-se exactamente nesta direcção e as possíveis implicações dum eventual universo holográfico (que nada tem de “ficção científica”) são arrebatadoras. Interessa? Por enquanto não, portanto vamos em frente.

Dado que ninguém gosta do imobilismo, e dado que já que aqui estamos mais vale fazer algo, temos que utilizar aquele instrumento que quase todos os Leitores indicam como o deles: a experiência pessoal. Que pode não ser grande coisa (e, como vimos, não é) mas que no entanto é nossa, mesmo que construída sobre bases impingidas. Se utilizada de forma correcta, pode ajudar a desenvolver algumas teorias que, com um pouco de sorte, até poderiam estar certas.

Exemplo. Peguem num martelo e batam com força nos vossos dedos. Doeu? Sim, bastante até. Será que doeu porque assim fomos ensinados a pensar? Em teoria poderia ser, no entanto continua a doer e isso talvez signifique algo. Este simples teste apresenta duas vantagens: em primeiro lugar pode ser repetido (máximo duas vezes num curto espaço de tempo, depois será preciso esperar uns dois ou três meses para os ossos sararem), depois dá para efectuar um controlo cruzado, por exemplo com as radiografias do Serviço de Urgência, o que é sempre uma mais valia na procura da verdade. Convido os Leitores a experimentar, porque no final cada um deles terá conseguido viver uma experiência em primeira pessoa com a qual poderá até efectuar o tal controlo cruzado e ter um pouco mais de confiança nos seus próprios sentidos. Depois digam como correu, tá bom?

O que ensina este teste? No meu entender ensina que sim, podemos viver numa espécie de Matrix, uma “construção” na qual fomos programados para pensar em determinadas formas: mas no entanto aqui estamos e temos que lidar com esta “realidade”, verdadeira ou fictícia que seja. E dado que até agora não parece existir alguém capaz de “sair” desta construção, tudo o que podemos fazer é utilizar os instrumentos presentes na mesma “construção” para tentar melhora-la (admitindo que seja possível uma coisa assim).

Vou tentar tornar ainda mais claro o que entendo. Existem cientistas sérios, com experiências e instrumentos adequados, que tratam da já citada “ciência de fronteira”, algo que costumo seguir com particular interesse. Estes pesquisadores raramente têm espaço nos órgãos de informação porque as teorias deles não estão ainda aceites pela comunidade científica (e algumas nunca o serão: não é que toda a ciência de fronteira esteja certa) e porque, afinal das contas, os órgãos de informação são regidos por atrasados mentais que costumam deturpar em poucas linhas trabalhos duma vida. Uma das mais recentes teorias, partilhada por vários destes cientistas e para a qual existem sólidas bases matemáticas, afirma que o nosso universo parece comportar-se como um holograma. Repito: uma ideia não tão absurda como parece.

Seria simples encher páginas e páginas de Informação Incorrecta com este assunto, especular acerca da Matrix onde vivemos, imaginar qual obscuro poder fica atrás da construção, etc. etc. Mas não, de Matrix por aqui fala-se pouco ou nada. Por qual razão? Porque no final das contas seria um exercício sem nenhuma utilidade. É a experiência que ensina isso. Admitimos que estamos a viver todos numa Matrix: então? O que podemos fazer com esta informação? Nada.

Continuemos com outro exemplo (e peço desculpa ao Chaplin por utilizar mais uma vez as ideias dele). Admitimos que no topo da hierarquia dos malandros da nossa sociedade haja os conspiradores judaicos. Admitimos que sejam eles os responsáveis de tudo. Mais uma vez: e daí? Como é que esta informação melhora a nossa vida? Quais valiosos instrumentos fornece esta informação no meio duma guerra que, provavelmente, será longa e extenuante? A não ser que Chaplin acredite que a massa de ovelhas, perante esta “revelação”, fique de boca aberta durante alguns segundos para depois correr às armas e limpar o planeta dos malvados conspiradores. Mas sei que Chaplin não pensa uma coisa destas. Então voltemos à pergunta: qual a utilidade desta informação agora? Zero.

E atenção: o discurso feito com a teoria judaico-maçónica ou com a minha ciência de fronteira pode ser feito para um número extremamente elevado de teorias que circulam, em particular na internet. Substituamos os judeus-maçónicos pelos Reptilianos, pelos Annunaki, pela Terra Plana, pelo Comunismo, pelo anti-Comunismo… é só escolher a fé favorecida. O resultado não muda, será sempre o mesmo: zero vantagens práticas.

São todos assuntos interessantes? Não há dúvida, mas nesta precisa fase são inúteis. Pior: prejudiciais. Porque numa altura em que tudo parece sofrer uma forte aceleração numa determinada direcção (a Covid é o sintoma mais evidente disso), desviam a atenção do que conta aqui e agora.

– Estamos a lidar com aquela que já está a ser definida como a IV Revolução Industrial e nem sabemos do que se trata.

– a maior parte das pessoas acha que ouvir “esta vacina tem 90% de eficácia” significa que 9 em cada 10 vacinados não irão apanhar a Covid: mas não, não é isso que significa.

– muitos acreditam que um implante informático no cérebro seja uma questão relegada no âmbito da ficção científica: não fazem ideia de que uma tal coisa é possível já hoje com uma simples zaragatoa (no artigo anterior as informações. Não leram? Maus…).

– etc., etc., …

Dado que a minha fé no poder da informação alternativa há muito entrou no território dos números negativos, não espero que os seus potenciais recursos possam ser utilizados para inverter o rumo (não podemos esquecer que uma das funções principais de internet é aquela de criar confusão com um excesso de informação para dividir e paralisar). Mas algo podemos fazer. Aliás: temos o dever de fazer. Para nós? Não: para evitar que no futuro um qualquer rapazito cruzado na rua tenha todo o direito de cuspir na nossa cara (depois de ter retirado as respectivas máscaras).

Aqui e agora, um dos melhores sites de informação alternativa em Italia (Come Don Chisciotte) está a ser censurado (é já a quarta vez) simplesmente por ter hospedado nas suas páginas Youtube o vídeo dum daqueles poucos médicos-pesquisadores sérios que analisam os dados sem antes terem sido lobotomizados. O mesmo acontece no caso da publicação ByoBlu: não ofensas raciais (que doutro lado nem fazem parte da bagagem cultural daquelas páginas), não dúvidas sobre os movimentos LGBT ou ambientalistas (a virgem sueca!), mas simplesmente o ter dado espaço a vozes que não contam o que resto do coro está a cantar.

E podem encontrar mais exemplos de censura aplicada pelo mundo fora, aqui, agora e sempre com um determinado target em vista.

O que diz a experiência? Diz que a censura sempre existiu? Sim, com certeza. Mas a experiência ensina também que quando a censura concentra as suas atenções no mesmo ponto e num curto espaço de tempo, é porque algo está a passar-se. Convivemos diariamente e há anos com notícias que desafiam a versão dos media oficiais, mas a censura não intervém: a existência de Informação Incorrecta ao longo de 10 anos é a melhor prova disso. É a experiência que mostra como, aqui e agora, algo mudou em relação a um assunto específico: a Covid.

Então temos que ouvir o que a experiência diz: há algo diferente, aqui e agora. The Great Reset? Claro que é um documento verídico: é o programa do próximo futuro. Poderá não ser implementado dum dia para outro (e não será) mas o caminho é aquele.

O que diz mais a experiência? Diz uma coisa engraçada. Diz que quando um sistema é obrigado a recorrer à censura duma forma tão massiva e evidente é porque há riscos, nomeadamente o risco de algo correr mal. É um momento delicado. Repito: a minha fé no poder da informação alternativa caiu para níveis que nem o microscópio electrónico poderia encontrar, por isso não vou lançar cruzadas nem convido a participar nelas. Mas isso não significa aceitar o total imobilismo.

Então eis o meu convite. Esqueçam temporariamente tudo quanto é inútil, tudo quanto não pode fornecer utilidade. Deixem de lado tanto as conspirações milenárias quanto a ciência de fronteira assim como as ideologias políticas, porque daí nada vai sair. E espantem-se: deixem de lado até o rasto do dinheiro (um dos must de Informação Incorrecta) porque estamos muito além disso.

E passem a cultivar as dúvidas. Não as vossas, porque se estão aqui ou já têm as vossas dúvidas ou falam alemão e ainda não perceberam do que trata este site. Tentem cultivar as dúvidas nos outros.

– Com diplomacia, possivelmente sem chamar ninguém de “ovelha” como faço eu e sem o espírito da “cruzada”, porque os fanáticos assustam sempre.

– partilhem não os artigos que aparecem aqui (ou nos outros sites) mas os links neles contidos porque não poucas vezes são de indivíduos ou de instituições “com pergaminho” e dizer “O Max afirma que …” é diferente de “A Universidade Dos Melhores Médicos do Mundo afirma que …”).

– nunca esperem convencer o interlocutor porque ninguém tem tanta pouca autoestima ao ponto de responder “Olha, todas as minhas ideias estavam erradas, ainda bem que chegaste tu para mostrar-me o que pensar”: não é assim que as pessoas funcionam (e lembrem-se disso também enquanto comentam aqui em Informação Incorrecta!). A dúvida é como uma semente: tem que ser plantada e depois é só esperar. A dúvida é um pensamento e o pensamento é como o bicho da madeira: se houver comida (matéria cinzenta) cresce, se não houver morre (mas esta não será culpa vossa).

– tentem utilizar a ironia ou a piada fácil acerca do assunto para testar o interlocutor e ver qual direcção toma a conversa dele para ter noção dos seus níveis de resistência/convicção. Isso ajuda enormemente.

– tentem apoiar aquelas publicações online que julgam serem merecedoras. Não entendo um apoio económico: para quem estiver a escrever deste lado, muitas vezes uma palavra pode ter grande valor porque significa “Olha que não és o único que pensa desta forma, continua e vamos ver onde isso vai parar”. Mas um comentário negativo é igualmente importante: “Não concordo mas o discurso é interessante, vamos falar disso”.

– e, obviamente, continuem a cultivar as vossas dúvidas também, num sentido e no outro. Isso pode ser feito através da informação que em internet é coisa que não falta (por enquanto).

Tudo isso é pouco? Não acho.

Dúvida: resolve o problema de “em quê acreditar”? Longe disso. Mas, como já afirmado, tenta utilizar os poucos instrumentos disponibilizados nesta realidade, verdadeira ou falsa que seja, para criar uma visão alternativa. E isso é fundamental.

Uma visão alternativa está sempre certa? Obviamente não: poderia a Covid-19 ser uma pandemia verdadeira? Sim, poderia. Eu acho que não é, mas por honestidade intelectual não posso excluir o contrário de forma absoluta.

Então em que ficamos? Ficamos assim: temos que cultivar uma visão alternativa da realidade. É sempre precisa e deve sempre ser considerada. Sempre, não há excepções. Uma visão alternativa pode estar redondamente errada (nunca excluir isso, caso contrário torna-se fé!), mas é a única que oferece novas possibilidades, viabiliza comparações, obriga a pensar, dá vida ao diálogo e ao confronto. Sem uma visão alternativa há só o conformismo, que é o paraíso dos totalitarismos. Este é o meu único “metro de juízo”, o ponto de partida no qual me baseio.

E, no meio dum conformismo possivelmente nunca antes observado antes (com a “pandemia”, o “politicamente correcto”), cultivar uma visão alternativa é uma obrigação de todos. Uma visão alternativa que forneça instrumentos não apenas para desenvolver teorias abstractas de duvidosa ou nenhuma utilidade (“os Reptilianos mandam no nosso planeta”), mas uma visão alternativa que possa enfrentar a realidade aqui e agora com utilidade.

Porque, aqui e agora, as vacinas são seguras, 100% de certeza. Mas quando no futuro alguém eventualmente descobrir que a vacina da Pfizer provoca alguns efeitos secundários não desejados, os políticos não poderão ser responsabilizados (“mas nós somos políticos, não médicos: confiámos nas farmacéuticas”), as farmacêuticas nem por isso (“Estranho, os testes batiam todos certos. E, em qualquer caso, temos a imunidade legal, lembram-se?”) e serão os vacinados a ficar com a fava (como se diz em bom português), seja culpa dos Reptilianos, da conspiração judaica ou da ciência de fronteira com a sua Matrix.

Nota: utilizei as vacinas só como exemplo. Pessoalmente acho que a vacina da Pfizer irá “funcionar” (aspas necessárias: funcionar contra o quê?) sem criar grandes problemas. Se assim não fosse, seria o fracasso total de toda a construção Covid & C..

 

Ipse dixit.