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Covid: OMS e EMA, “basta doses de reforço”

Os reguladores dos medicamentos da União Europeia e os peritos da Organização Mundial de Saúde citaram as crescentes provas segundo as quais a chamada “terceira dose” das vacinas anti-Covid não estão a funcionar e a afirmam que a estratégia deve ser abandonada.

EMA

Segundo a EMA (Agência Europeia do Medicamentos) não apenas a repetição das doses “de reforço” de quatro em quatro meses é inútil como até pode enfraquecer a resposta imunitária.

Segundo Marco Cavaleri, chefe da EMA da estratégia contra as ameaças biológicas à saúde e vacinas, os booster “não são algo que podemos pensar repetir constantemente. Precisamos de pensar como passar do actual cenário pandémico para um cenário mais endémico”. Cavaleri disse também que antivirais orais e intravenosos, tais como Paxlovid e Remdesivir, mantêm a sua eficácia contra a variante omicron.

E as actuais vacinas?

Os resultados preliminares de estudos recentemente publicados estão a mostrar que a eficácia da vacina contra doenças sintomáticas é significativamente reduzida para a Omicron e tende a diminuir com o tempo.

Coisa curiosa, a mesma EMA tinha anteriormente afirmado que fazia todo o sentido administrar booster logo três meses após as duas doses iniciais, devido aos números “extremamente preocupantes” da infecção. Isso tinha sido há um mês:

Os dados actualmente disponíveis apoiam a administração segura e eficaz de um booster de três em três meses.

Porque o importante é ter ideias claras.

OMS

Mas não é apenas a EMA a desaconselhar a repetição das doses. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também adverte que os repetidos booster não são uma estratégia viável contra novas variantes

O grupo técnico consultivo da Organização sobre as vacinas anti-Covid (TAG-CO-VAC) a 11 de Janeiro advertiu que “uma estratégia de vacinação baseada em doses repetidas de reforço da composição original da vacina é improvável que seja apropriada ou sustentável”.

O grupo de peritos, criado pela OMS para avaliar o desempenho das vacinas, afirmou que fornecer novas doses de vacinas existentes quando surgem novas estirpes do vírus não é a melhor forma de combater uma pandemia. O TAG-CO-VAC disse que as vacinas capazes de prevenir a infecção e a transmissão, bem como de prevenir doenças graves e a morte, são necessárias e devem ser ainda desenvolvidas. Até tais vacinas estarem disponíveis e à medida que a SARS-CoV-2 evolui, a composição das actuais vacinas precisa de ser actualizada: essencialmente, as novas versões das vacinas terão que ser “geneticamente e antigenicamente próximas das variantes circulantes do SARS-CoV-2, ser mais eficazes na protecção contra infecções e devem suscitar uma resposta imunitária ampla, forte e duradoura, a fim de reduzir a necessidade de doses de reforço” concluiu o TAG-CO-VAC.

Portanto: não é preciso muito para entender que as actuais vacinas são pouco ou totalmente ineficazes contra a variante Omicron e implicam efeitos secundários potencialmente graves. Os governos estão a impingir a terceira (ou até quarta) dose não com base na “ciência” ou na saúde dos cidadãos mas tendo em conta interesses de outro tipo.

 

Ipse dixit.