Era suposto ser uma “eliminação selectiva”, como aquela do General iraniano Soleimani levada a cabo no ano passado em Bagdade. A operação destinava-se a decapitar o governo da Bielorrússia, permitir um golpe e uma mudança de regime em Minsk, um País considerado demasiado ligado a Moscovo.
Correu mal: segundo as páginas de Ria.ru e Rusvesna.ru o serviço de segurança russo interceptou as comunicações e neutralizou os perpetradores do plano. A revelação veio do próprio alvo, Lukhashenko: o Presidente da Bielorrússia acusa a liderança americana de tentar matar e os seus filhos também. Lukashenko anunciou a prisão do grupo que planeava o atentado: segundo ele, o grupo está directamente ligado aos serviços de inteligência dos EUA.
Foram presos o cientista político Alexander Feduta, o líder do partido Kostusev e o advogado Yuri Zenkovich, detidos em Moscovo depois de Lukashenko ter pedido a assistência do director da FSB (o antigo KGB). Lukashenko acredita que a tarefa de o eliminar, definida pelos serviços especiais dos EUA, foi aprovada pela mais alta liderança política americana. Lukashenko disse também que, numa recente conversa com Biden, Putin levantou a questão da preparação de uma tentativa de assassinato pelos serviços especiais dos EUA contra o Presidente da Bielorrússia e os seus filhos, mas não recebeu qualquer resposta.
Segundo informações recebidas pelos parceiros bielorrussos, em conversas privadas de um dos mensageiros, Yuri Zenkovich e Alexander Feduta organizaram uma discussão presencial sobre um plano para uma rebelião armada na Bielorrússia, decidindo encontrarem-se em Moscovo com os Generais da oposição.
Sempre segundo o Presidente da Bielorrússia, depois da chegada de Zenkovich e após consultas nos Estados Unidos e na Polónia, o encontro teve lugar num dos restaurantes da capital. Durante a reunião, os conspiradores disseram aos Generais bielorrussos que para a implementação bem sucedida do plano era necessário eliminar fisicamente quase toda a liderança da república. Os conspiradores tinham um detalhado plano para o golpe, incluindo a apreensão de centros de rádio e televisão para transmitir um apelo à população, bloqueando as tropas internas e as unidades da polícia leais ao actual governo. Também estava a ser preparado um encerramento completo do sistema eléctrico da Bielorrússia para dificultar as acções das autoridades e a aplicação da lei.
O objectivo final era alterar a ordem constitucional da Bielorrússia com a abolição da presidência e a imposição na liderança do País do “Comité de Reconciliação Nacional”.
Obviamente ficamos à espera dos desenvolvimentos: esta é uma notícia que precisa de ser verificada e sobretudo confirmada por parte da Rússia. Lukashenko joga há muitos anos em várias mesas ao mesmo tempo e, depois de não ter encerrado a Bielorrússia por ordem dos sionistas e relativos aliados do FMI, acabou no topo da lista dos inimigos de Sião. Mas um golpe com a eliminação física de Lukashenko seria a luz verde para Moscovo apoderar-se a Bielorrússia que, lembramos, fica exactamente por cima da Ucrânia: 90 km de capital Kiev.
Possível que nos EUA sejam tão estúpidos? Olhando para ZomBiden a resposta poderia ser “sim”, mas sabemos que a Casa Branca conta até um certo ponto. No entanto, aconselho espreitar o que se passa na Jordânia com o artigo de Thierry Meyssan (em português): com as ovelhas distraídas pela “pandemia”, todas estas são notícias que quase desaparecem…
Ipse dixit.