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Vacina, as reacções adversas (até 20 de Março de 2021)

Continuemos com a espreitar as reacções adversas provocadas pelas vacinas através dos dados da Eudra Vigilance, o departamento da Agência Europeias dos Medicamentos que, lembramos, limita a recolha de dados aos Velho Continente (mais precisamente: Espaço Económico Europeu, o que não é a Europa toda) mais Reino Unido.

Para aceder aos dados, lembro o link: Database.

Novidade a respeito da anterior actualização: há os primeiros dados da vacina Astra Zeneca também o este aspecto é interessante dado que nestes dias o produto está a ser bloqueado por vários Países coma acusações de ser perigoso.

Infelizmente, continua a faltar um dado absolutamente central: o número das vacinas subministradas. Isso significa que é impossível extrair o rácio entre número de subministrações e número de reacções adversas.

Lembro que os dados de carácter geral que é possível obter do conjunto apresentado pela Eudra Vigilance são os números relativos ao casos por cada reacção. Na prática, a agência relata o desfecho final da reacção adversa, dividido entre:

Aqui vamos observar os casos mais graves, aqueles “fatais”, “não resolvidos” e “resolvidos com sequelas”, ignorando os “não especificados” e os “desconhecidos” (atenção: os casos com desfecho definido como “desconhecido” representam uma percentagem muito significativa do total das reacções adversas).

É também importante realçar como os “casos não resolvidos” e os “casos resolvidos com sequelas” indicam na verdade um amplo conjunto de consequências, de gravidade variável: não seria correcto assumir todos estes como casos “graves” porque assim não é. Todavia, dado que estamos a falar de produtos oficialmente “inócuos”, não deixa de ser interessante realçar tal aspecto.

Os dados estão actualizados ao dia 20 de Março de 2021.

Vacina Pfizer/Biontech

A vacina conhecida como Pfizer até agora provocou 121.514 reacções adversas. Lembramos: fala-se aqui de qualquer tipo de reacção, tanto graves quanto leves.

O País com o maior número de acontecimentos adversos continua a ser a Itália, sempre seguida por França, Holanda e Espanha. Portugal ocupa a 6ª posição (com 2.847 casos: eram 2.652), como há 15 dias.

Entre os eventos mais frequentemente notificados encontram-se perturbações gerais e/ou relacionadas com o local de administração, perturbações do sistema nervoso, perturbações músculo-esqueléticas e do tecido conjuntivo e perturbações gastrointestinais. Neste caso a tendência confirma quanto observado anteriormente.

Os dados acerca das faixas etárias e do sexo continuam a não ser particularmente significativos do ponto de vista estatístico uma vez que o processo de vacinação, após ter envolvidos numa primeira fase os profissionais de saúde e o pessoal paramédico, agora interessa profissões ou idades escolhidos tendo como base critérios que variam de País em País mas que, no geral, continua a pôr a tónica em determinadas profissões ou idades.

Até a data a vacina Pfizer provocou (entre parênteses a situação da quinzena anterior):

Vacina Moderna

Aumentam os dados da vacina Moderna. Para já podemos observar 9.625 (eram 7.030) casos de reacção adversa, de gravidade variável.

A distribuição geográfica vê como o País mais atingido a Holanda seguida por Espanha, Italia e França. Portugal continua a ocupar a 8ª posição (+ 1), agora com 139 casos (84 na quinzena anterior).

A tipologia das reacções adversas reflectem aquela da vacina Pfizer: perturbações gerais e/ou relacionadas com o local de administração em primeiro lugar são as reacções mais comuns, perturbações do sistema nervoso em segundo, depois perturbações músculo-esqueléticas e do tecido conjuntivo e perturbações gastrointestinais em último lugar.

Quanto aos dados acerca da faixa etária e do sexo, vale quanto afirmado anteriormente no caso da vacina Pfizer, sendo que no caso da Moderna a limitada utilização torna os dados ainda menos significativos.

No caso das reacções adversas divididas por categoria, até agora, a vacina Moderna provocou (entre parênteses a situação do mês anterior) :

Vacina AstraZeneca

E falamos da tão discutida vacina da AstraZeneca. Para já podemos observar 107.733 casos de reacção adversa, de gravidade variável. A taxa de subida mostrada no gráfico é assinalável, mas temos qeu ter em conta que o mês de Fevereiro foi o primeiro durante o qual foi iniciada a distribuição deste produto.

A distribuição geográfica das reacções adversas vê em primeiro lugar a Holanda (antes era a França), depois Italia, França, Noruega e Áustria. Portugal ocupa ainda a 11ª posição, agora com 411 casos (antes eram 202).

A tipologia das reacções adversas reflecte aquelas das vacinas Pfizer e Moderna: perturbações gerais e/ou relacionadas com o local de administração em primeiro lugar são as reacções mais comuns, perturbações do sistema nervoso em segundo, depois perturbações músculo-esqueléticas e do tecido conjuntivo e perturbações gastrointestinais em último lugar.

Acerca das reacções adversas dividas por categoria, os valores no caso da vacina AstraZeneca são os seguintes:

Johnson & Johnson

Acabamos com a nova entrada: a vacina da Jansen/Johnson & Johnson. Muito escassos os dados: por enquanto temos um total de 77 reacções adversas. Até a data (28 de Março) não estão disponíveis outros dados.

E até a data nem há tabela acerca da distribuição geográfica. No entanto há aquela relativa à tipologia das reacções adversas:

Mas é claro que os números extremamente reduzidos não permitem tirar conclusões. Para já, a situação da vacina Johnson & Johnson pode ser resumida desta forma:

Resumo dados Pfizer/Biontech, Moderna e AstraZeneca

Portanto, segundo os dados fornecidos pela Agência Europeias dos Medicamentos relativos ao processo de vacinação em curso na Europa, as vacinas provocaram até agora (entre parêntesis a situação do mês anterior):

Lembro mais uma vez: estes são exclusivamente dados oficiais fornecidos pela Agência Europeia de Medicamentos.

Sistema VAERS (EUA)

Para completar, vamos espreitar os dados do sistema norte-americano VAERS que, lembramos, são actualizados a cada Sexta-feira.

Total eventos adversos: 44.856 (Pfizer: 24.155, Moderna: 19.562, Johnson & Johnson: 1.109, Outros: 30)

Mortes: 1.985 (Pfizer: 946, Moderna: 1.016, Johnson & Johnson: 16, Outros: 7)

Sequelas permanente: 862 (Pfizer: 458, Moderna: 400, Johnson & Johnson: 4, Outros: 0)

Como curiosidade: segundo os dados oficias, as vacinas subministradas na Europa e nos EUA provocaram 7.355 mortes e 8.137 casos resolvidos com sequelas permanentes. Mais de 7 mil mortos provocados por vacinas seguras não é nada mal…

 

Ipse dixit.

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