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Coronavirus: é guerra

Antes de ir para a cama, vou espreitar o correio e encontro um e-mail que obriga-me a reflectir. Vou para a cama e, em vez de contar as ovelhas, continuo a pensar até adormecer. O e-mail é de Olinda (que agradeço!) e num determinado ponto assim reza: “…aquilo que o Max não está a querer dizer”.

Olinda tem razão. De facto, tenho uma ideia acerca do psicodrama que estamos a viver, mas até agora não dediquei nenhum artigo à causa disso tudo. A razão? Falta de dados, de provas. Gosto de apresentar fontes, algo que os Leitores possam verificar. Mas agora tenho que abandonar este hábito e propor uma teoria baseada no nada. Não há fontes, não há links, lamento. Única sorte no meio disso tudo: um artigo de Paul Craig Roberts, com o qual partilho muitos dos pontos de vista.

Nem vou enfrentar o dilema “natural ou artificial?”. Isso já não conta, já estamos além disso: estamos no meio duma guerra.

Cenários

Começamos pelo fim: onde estão as ONGs que salvam os imigrantes ilegais no meio do mar? Onde estão o orgulho gay, o casamento gay, os filhos multi-gender, a gnoma sueca, o dióxido de carbono que mata, o “temos apenas dois anos para salvar o planeta”? Onde foram parar estes tópicos que estavam no centro das atenções?

Desapareceram porque já não prestam. Eram cenários criados e utilizados antes, úteis para construir um clima temporário. Agora que esgotaram a sua função, foram atirados para o caixote do lixo: agora é preciso deixar todo o espaço para a “pandemia”.

Uma “pandemia” que não é novidade nenhuma. Bill Gates e o seu Event 201? Não, antes.

O grupo de Obama

Janeiro de 2017, poucos dias após a eleição de Donald Trump, Anthony S. Fauci, então Director do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID), escreveu na revista Healio: “Não há dúvida de que o novo Presidente enfrentará uma doença infecciosa surpresa. Vamos certamente ficar surpreendidos nos próximos anos […] os riscos nunca foram tão elevados”.

Ronald Klain, que coordenou a resposta dos EUA contra o Ébola para a Administração Obama, disse que o silêncio virtual de Trump sobre o surto de Zika e os comentários duros sobre os voluntários americanos infectados durante o surto de Ébola na África Ocidental não são “o tipo de liderança de que precisamos no nosso próximo Presidente”.

Amy Pope, JD, conselheira adjunta de Segurança Nacional de Obama, ainda em funções há vários meses, juntou-se às críticas e – estranhamente – convidou a “comunidade da saúde” a trabalhar com a “comunidade de segurança” (Pentágono? CIA? FBI?), em relação à qual os médicos injustamente não tinham confiança: “Juntar-se a estas comunidades leva a mais recursos e mais atenção”.

Bill Steiger, PhD, Chefe de Programa da Pink Ribbon Red Ribbon e ex Director do HHS Office of Global Health Affairs (na prática o Ministério da Saúde), disse que “o seu primeiro aconselhamento para a nova Administração foi de não cortar os gastos do HHS porque é inevitável: alguma crise internacional de saúde global vai acontecer. Já aconteceu várias vezes”.

Anthony S. Fauci, Ronald Klain, Amy Pope, Bill Steiger: todos especialistas que são pessoas de Obama, da sua corte. E Anthony Fauci (já na órbita de Bill Clinton), o médico que aparece ao lado de Donald nas conferências de imprensa sobre o Coronavírus (e que foi encarregado de combater a epidemia) também é um grande fã de Hillary Clinton: há e-mails de 2013 para a secretária pessoal da Clinton que assim acabam “Por favor, diga-lhe que a amamos e que estamos muito orgulhosos de a conhecer. Assinado: o seu médico admirador”.

Pode ser surpreendente ver um tal admirador de Hillary como conselheiro de Trump. E ainda mais que permaneça no seu lugar como conselheiro, apesar de ser um convidado regular da CNN para contradizer as declarações do Presidente, a defender “entre 100 e 200.000 mortos”. A verdade foi dita pelo próprio Trump em 20 de Março, quando perguntou aos jornalistas: “Mais alguma pergunta? Porque o Dr. Fauci tem que ir directamente para o Departamento de Estado, ou melhor, para o Deep State“. A cara de Fauci, nas costas de Trump, foi bem esclarecedora.

O episódio diz que o Deep State realmente atrás de Trump, e que o Presidente deve aceitar a sua presença e muitas vezes o seu poder. É normal que assim seja: nenhum inquilino da Casa Branca tem o poder absoluto, os compromissos são o hábito. Mas agora algo mudou: as eleições presidenciais aproximam-se, os Democratas estão divididos e têm noção de não ter um candidato à altura. Aceitar uma reeleição de Trump significaria não apenas outros quatro anos na oposição: significaria deixar que Trump desmonte por completo o projecto de globalização. Isso não pode acontecer. Então é a guerra.

Trump segundo Paul Craig Roberts

Vou fazer um resumo do artigo de Paul Craig Roberts: se os Leitores assim quiserem, posso traduzi-lo por completo. Para já, Roberts lembra que foi Trump que popularizou a expressão fake news para convencer os cidadãos americanos, e até a população mundial, de que os media mentem, sempre. Craig Roberts realça “o primeiro e único Presidente americano a abordar a pior falha colectiva da humanidade: a total ignorância da realidade”, sendo que a maioria de nós acredita que a “realidade” sejam os cenários que a comunicação social apresenta.

Imigrantes ilegais perdidos no mar, casamento gay, filhos multi-gender, Greta Thunberg, dióxido de carbono: cenários. Não frutos de reais exigências da sociedade, mas apenas cenários.

O artigo de Roberts peca por certos excessos de entusiasmo pró-Trump, descrevendo uma espécie de mistura entre Andrew Jackson e Abraham Lincoln. Trump não é nem um nem o outro, Trump nem é o cérebro da facção contra o Deep State e a globalização. Mas é o símbolo de quem luta contra um governo sombra que está a dar ordens directas à CIA e à NATO em nome de bancos e multinacionais.

Craig Roberts argumenta: o plano de Trump é “devolver o poder ao povo”, arrancando-o “das mãos de alguns banqueiros globalistas, industriais militares e multinacionais que o detêm há mais de um século”. Trump esforça-se por “acabar com as guerras no estrangeiro, trazer os soldados para casa, desmantelar a NATO e a CIA, ganhar o controlo da Federal Reserve, abolir o sistema financeiro Swift, demolir o poder de propaganda dos meios de comunicação, drenar o Deep State que dirige as agências de espionagem e desactivar o governo-sombra que se esconde no Conselho de Relações Externas e na Comissão Trilateral. Nisso Trump tem um aliado: Vladimir Putin.

Craig Roberts exagera? Provavelmente há dois erros principais nesta análise: o primeiro, como já afirmado, é considerar Trump como o único nesta cruzada contra o Deep State. Não é: é apenas a cara visível do movimento. O segundo erro é esquecer que o grupo à sombra de Trump é sempre um grupo conduzido por norte-americanos, não por uma associação humanitária. Para sermos ainda mais claros: trata-se da frente mais conservadora da política dos EUA. Mas isso não retira algumas verdades à análise.

Há vozes em Washington, vozes que falam da epidemia do Coronavírus como do “plano B se o impeachment de Trump falhar”. E como podemos esquecer Bill Gates e as suas “profecias”?

O lapso

E ainda: temos de lembrar que no dia 20 de Março, Mike Pompeo numa conferência de imprensa afirmou, num lapso, que a epidemia do Coronavírus é “um exercício ao vivo”, usando a expressão (live exercise) que normalmente é aplicada aos exercícios militares com balas reais.

Trump respondeu: “Deverias ter avisado” e agora a dúvida que circula até nos sites anti-globalização é se o Presidente sabia, se tem um papel nisso, se é uma operação totalmente conduzida pelo Deep State ou se há algo ainda diferente.

Não há material suficiente para uma resposta definitiva. A única coisa que sabemos ao certo é que a batalha está em curso. E no meio desta guerra não declarada, o que podemos fazer é recolher indícios, os tais pontinhos que depois, com paciência, podemos tentar conectar.

Os senadores vendem

Então falamos dos senadores americanos que venderam as acções em Fevereiro, pouco antes do colapso de Wall Street, após terem sido informados acerca do Coronavírus num encontro do Senado em 24 de Janeiro. São Kelly Loeffler (republicano), James Inhofe (republicano), Dianne Feinstein (democrata) e Richard Burr (democrata): claro que seria um crime, se confirmado, porque é proibido aos parlamentares fazer transacções financeiras com base em informações não públicas recebidas durante as suas funções.

E claro que todos se defendem afirmando que não foram eles a decidir a venda, mas os seus conselheiros aos quais tinha entregue a gestão das acções.

Bill Gates pede dinheiro

Então falamos no artigo publicado ontem no Washington Post por Bill Gates, o “profeta” que em Outubro de 2019 tinha curado um documentário para a The Next Pandemic, (“A Próxima Pandemia”) no qual previu que o vírus assassino viria de um dos mercados de animais vivos da China.

As pessoas podem viajar livremente através das fronteiras estatais; o vírus também pode; é uma receita para o desastre. Os líderes devem ser claros: fechar em toda a parte significa fechar em toda parte, até que os números de casos comecem a cair em toda a América, o que pode levar 10 semanas ou mais, ninguém pode continuar os negócios como de costume.

Dez semanas diz Bill Gates. Dez semanas de economia paralisada. E a vacina? Uma potencial vacina contra o Coronavírus poderia chegar dentro de 18 meses mas “a criação de uma vacina é apenas metade da batalha” e a produção de vacinas deveria ser dramaticamente intensificada para atender à procura das pessoas afectadas em todo o mundo:

Agora podemos começar a construir as instalações onde estas vacinas serão produzidas. Dado que muitos dos melhores candidatos são feitos usando equipamentos únicos, teremos que construir instalações para cada um, sabendo que alguns não serão usados. As empresas privadas não podem correr esse tipo de risco, mas o governo federal pode. É um grande sinal o facto da Administração ter feito acordos esta semana com pelo menos duas empresas para preparar a produção de vacinas. Espero que se sigam mais acordos.

Adivinhem quem assinou os acordos? Exacto: Anthony Fauci.

Bill Gates pede dinheiro, rios de dinheiro público, mesmo para instalações que não serão utilizadas. Lembram-se dos Too Big To Fail, os grandes bancos que “tinham” que ser salvos com o dinheiro público? Aqui o esquema tentado é o mesmo mas num tamanho superior.

E no resto do mundo?

Já sabiam

As últimas notícias dão conta duma “estranha” atitude do governo italiano, algo que obriga a reflectir: um documento de 5 de Janeiro enviado pelo italiano Instituo Superior da Saúde a várias entidades, explicava o que iria acontecer nas semanas e meses seguintes. O objecto do documento era eloquente: “Pneumonia de etiologia desconhecida”. Os sinais e sintomas eram claros: “Febre e dificuldades respiratórias, com possíveis lesões invasivas que afectam ambos os pulmões”.

Tudo confirmado por Antonio Pesenti, Director de Reanimação do Policlínico de Milano:

Foram feitas simulações sobre o risco de contágio e, desde o início era evidente que as terapias intensivas teriam sofrido.

No dia 31 de Janeiro, o governo declara o estado de emergência com duração de seis meses: todavia nenhuma acção é tomada. O primeiro caso em Itália apareceu no dia 21 de Fevereiro e só a partir daí começa a obra de contenção. Mais de um mês e meio depois das autoridades terem sabido do contagio.

Mas durante aquele mês e meio, as pessoas tinham sido internadas nos hospitais (em particular nas províncias de Bergamo e Brescia) com a diagnose genérica de “gripe”: o que tornou os mesmos hospitais em centros de contagio.

Por qual razão o governo, mesmo sabendo o que estava  acontecer, não interveio?

Um caso só italiano? Não.

Quando deixei o ministério, chorei porque sabia que o tsunami estava à nossa frente. Saí sabendo que as eleições não iriam ter lugar.

Quem fala é Agnès Buzyn, ex Ministra da Saúde francesa, que em 16 de Fevereiro deixou o seu cargo. O conteúdo da entrevista dada ao diário Le Monde é muito embaraçoso para o Presidente Macron, porque o seu ex Ministro admite explicitamente que o governo não respeitou a emergência.

Avisei o Director Geral do Ministério da Saúde. Em 11 de Janeiro, enviei uma mensagem ao Presidente Macron para explicar a situação. Em 30 de Janeiro, avisei o Primeiro Ministro Edouard Philippe.

Mas Macron não falou aos franceses até o dia 16 de Março. Por qual razão?

Queremos falar de Espanha?

Até agora, tudo era apenas suspeito ou indicativo acerca do invulgar atraso do Governo na reacção à epidemia do coronavírus, antecipada desde Dezembro na China e confirmada pela terrível situação em Itália com três semanas de antecedência, que, em Espanha, não serviu para antecipar com medidas de prevenção enérgicas.

Mas agora, além disso, há provas de tudo isto, e da maior validade porque vem de alguém que sabe muito: esteve na reunião do Ministério da Saúde onde o governo tomou a decisão de pôr de lado a gravidade do vírus, apesar dos avisos que feitos sobre a sua letalidade e contagiosidade sem precedentes.

Chama-se Juan Martínez Hernández, é perito em saúde pública da OMC [Organización Médica Colegial de España, ndt] e ele próprio revelou, num artigo angustiante no El Mundo que passou surpreendentemente despercebido, como e quando foi tomada uma decisão política e sanitária que foi decisiva para a propagação maciça da doença.

No dia de 31 de Janeiro o governo espanhol tinha os dados suficientes para prever o contagio, tinha especialistas que avisavam. Mas decidiu não actuar. Por qual razão?

É guerra

Economias bloqueadas, pessoas isoladas, ordens contraditórias, governos que ignoram os alarmes e atrasam a resposta favorecendo o contagio, bilionários que querem montantes assustadores de dinheiro público fornecidos com a armadilha da Dívida mais juros, dados falseados: tudo por causa dum vírus que provoca gripe. E acerca deste último ponto: se alguém tiver a capacidade de demonstrar o contrário, com dados e não com “palpites” ou “ouvi dizer que…”, faça o favor de avançar, de certeza que Informação Incorrecta não irá negar-lhe espaço.

Não, não é a Terceira Guerra Mundial. É algo mais perverso: é uma guerra onde os protagonistas não declaram as suas intenções, onde o alegado inimigo (o vírus!) é na verdade um pretexto, onde nem são claras as facções em campo. Mas é uma guerra, construída e procurada com determinação, com falta de acção, com uma campanha mediática sem antecedentes.

Entretanto, Putin envia para os EUA um avião carregado com suprimentos médicos e equipamentos de protecção pessoal. A Rússia que envia para os Estados Unidos um avião repleto de máscaras? O que conta: Putin e Trump falaram ao telefone. Outra vez.

Se tivesse que apostar numa hipótese, diria que estamos no confronto final entre o projecto globalizador (o Deep State progressista, aquele de Bill Gates, George Soros, etc.) e a resistência conservadora. Quem é o Bom aqui? Ninguém. Mas se tenho que escolher, escolho Trump. E isso dá a ideia do desespero.

 

Ipse dixit.