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Vacina, as reacções adversas (até 12 de Abril de 2021)

Continuemos com os dados acerca das reacções adversas provocadas pelas vacinas através dos dados da Eudra Vigilance, o departamento da Agência Europeias dos Medicamentos que, lembramos, limita a recolha de dados aos Velho Continente (mais precisamente: Espaço Económico Europeu, o que não é a Europa toda) mais Reino Unido.

Para aceder aos dados, lembro o link: Database.

Novidade a respeito da anterior actualização: há os primeiros dados da vacina Astra Zeneca também o este aspecto é interessante dado que nestes dias o produto está a ser bloqueado por vários Países coma acusações de ser perigoso.

Infelizmente, continua a faltar um dado absolutamente central: o número das vacinas subministradas. Isso significa que é impossível extrair o rácio entre número de subministrações e número de reacções adversas.

Lembro que os dados de carácter geral que é possível obter do conjunto apresentado pela Eudra Vigilance são os números relativos ao casos por cada reacção. Na prática, a agência relata o desfecho final da reacção adversa, dividido entre:

Aqui vamos observar os casos mais graves, aqueles “fatais”, “não resolvidos” e “resolvidos com sequelas”, ignorando os “não especificados” e os “desconhecidos” (atenção: os casos com desfecho definido como “desconhecido” representam uma percentagem muito significativa do total das reacções adversas).

É também importante realçar como os “casos não resolvidos” e os “casos resolvidos com sequelas” indicam na verdade um amplo conjunto de consequências, de gravidade variável: não seria correcto assumir todos estes como casos “graves” porque assim não é. Todavia, dado que estamos a falar de produtos oficialmente “inócuos”, não deixa de ser interessante realçar tal aspecto.

Os dados estão actualizados ao dia 12 de Abril de 2021.

Vacina Pfizer/Biontech

A vacina conhecida como Pfizer até agora provocou 138.321 reacções adversas. Lembramos: fala-se aqui de qualquer tipo de reacção, tanto graves quanto leves.

O País com o maior número de acontecimentos adversos continua a ser a Itália, sempre seguida por França, Holanda e Espanha. Portugal ocupa a 6ª posição (com 3.320 casos, eram 2.847), como há 15 dias.

A partir desta actualização não vai ser publicada a tabela dos eventos mais frequentemente notificados, por duas razões: o padrão continua idêntico no caso de todas as vacinas (perturbações gerais e/ou relacionadas com o local de administração em primeiro lugar, perturbações do sistema nervoso a seguir, depois perturbações músculo-esqueléticas e do tecido conjuntivo e, finalmente, perturbações gastrointestinais) e a tabela em si não é de simples leituras por causa das dimensões.

Vice-versa, será publicado o link para a tabela original e, obviamente, serão referidas eventuais alterações na ordem dos eventos notificados.

Continuam a não ser particularmente significativos do ponto de vista estatístico os dados acerca das faixas etárias e do sexo  uma vez que o processo de vacinação, após ter envolvidos numa primeira fase os profissionais de saúde e o pessoal paramédico, agora interessa profissões ou idades escolhidos tendo como base critérios que variam de País em País mas que, no geral, continua a pôr a tónica em determinadas profissões ou idades.

Até a data a vacina Pfizer provocou (entre parênteses a situação da quinzena anterior):

Vacina Moderna

Aumentam os dados da vacina Moderna. Para já podemos observar 14.235 (eram 9.625) casos de reacção adversa, de gravidade variável.

A distribuição geográfica vê como o País mais atingido a Holanda seguida por Espanha, Italia e França. Portugal ocupar agora a 6ª posição (+ 2) com 241 casos (139 na quinzena anterior).

Aqui o link da tipologia das reacções adversas.

Quanto aos dados acerca da faixa etária e do sexo, vale quanto afirmado anteriormente no caso da vacina Pfizer, sendo que no caso da Moderna a limitada utilização torna os dados ainda menos significativos.

No caso das reacções adversas divididas por categoria, até agora, a vacina Moderna provocou (entre parênteses a situação do mês anterior) :

Vacina AstraZeneca

Voltamos a falar da tão discutida vacina da AstraZeneca. Para já podemos observar 163.852 casos de reacção adversa, de gravidade variável. A taxa de subida mostrada no gráfico continua ser assinalável, mas temos que ter em conta que a vacinação com este produto só começou no mês de Fevereiro. Será interessante observar os primeiros dados de Abril.

A distribuição geográfica das reacções adversas vê em primeiro lugar a Holanda, depois França, Italia, França, Áustria e Noruega. Portugal ocupa ainda a 11ª posição, agora com 730 casos (antes eram 411).

Aqui o link da tipologia das reacções adversas.

No caso da AstraZeneca seria muito interessante poder observar a distribuição das reacções adversas relativa às faixas etárias: é afirmado que este produto provoca mais problemas nas camadas mais jovens da população. Infelizmente, os dados da EMA são apresentados com esta subdivisão:

E, como é óbvio, todas as vacinas provocam o maior número de problemas na faixa etária entre 18 e 65 anos. Entende-se a preocupação relativa a crianças e adolescentes, mas seria importante poder discriminar também a faixa dos 18-65 anos, sobretudo no caso deste produto.

Acerca das reacções adversas dividas por categoria, os valores no caso da vacina AstraZeneca são os seguintes:

Johnson & Johnson

Acabamos com a última chegada (e já muito discutida): a vacina da Jansen/Johnson & Johnson. Ainda poucos os dados: por enquanto temos um total de 202 reacções adversas (eram 77).

E até a data continua a não estar disponível uma tabela acerca da distribuição geográfica. No entanto há aquela relativa à tipologia das reacções adversas (aqui o link da tipologia das reacções adversas): como curiosidade, as perturbações gastrointestinais ultrapassam (de pouco) aquelas músculo-esqueléticas e do tecido conjuntivo. Mas os dados são tão escassos que, como afirmado, por enquanto não passa duma mera curiosidade.

Para já, a situação da vacina Johnson & Johnson pode ser resumida desta forma:

 

Resumo dados Pfizer/Biontech, Moderna e AstraZeneca

Portanto, segundo os dados fornecidos pela Agência Europeias dos Medicamentos relativos ao processo de vacinação em curso na Europa, as vacinas provocaram até agora (entre parêntesis a situação do mês anterior):

Lembro mais uma vez: estes são exclusivamente dados oficiais fornecidos pela Agência Europeia de Medicamentos.

 

Sistema VAERS (EUA)

Pela última vez vamos actualizar os dados do sistema VAERS. Como os Leitores sabem, a partir da próxima actualização iremos utilizar uma nova fonte para falar da situação dos Estados Unidos, fonte gentilmente oferecida pelo Leitor Sérgio (que desde já agradeço).

Total eventos adversos 57.246 (eram 44.856) assim distribuídos:

Mortes 2.286 (eram 1.985):

Sequelas permanente: 862 (Pfizer: 458, Moderna: 400, Johnson & Johnson: 4, Outros: 0)

Como curiosidade: segundo os dados oficias (EMA+VAERS), as vacinas subministradas na Europa e nos EUA provocaram até agora 9.998 mortes. Porque são seguras.

 

Ipse dixit.