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Vacina Johnson & Johnson: a FDA pede suspensão

Como medida precaucional os EUA pedem a suspensão da vacina da Johnson & Johnson.

Na Terça-feira, como anunciado pelo New York Times, a Food and Drug Administration (FDA) pediu para parar a administração da vacina Johnson & Johnson com efeito imediato. A decisão deve-se às reacções de seis mulheres entre os 18 e 48 anos de idade nas duas semanas que se seguiram a vacinação: as mulheres desenvolveram uma rara doença relacionada com coágulos de sangue. Uma das seis mulheres morreu, outra está em estado crítico. Nos Estados Unidos, 6.8 milhões de pessoas receberam a dose única da vacina Johnson & Johnson e outras 9 milhões de doses já foram enviadas para os vários Estados.

A nota dos Centros de Controlo de Doenças (CDC) e da FDA explica que as duas autoridades estão a estudar os seis casos, “extremamente raros”: ainda não é certo, de momento, um nexo causal entre a administração da vacina e o desenvolvimento da doença rara.

A fim de os avaliar, os Centros de Controlo de Doenças convocaram uma reunião do Comité Consultivo sobre Práticas de Imunização para Quarta-feira. A suspensão, explica a FDA, permanecerá em vigor até que a análise de FDA e CDC esteja concluída. A análise poderia levar a uma limitação na utilização da vacina, por exemplo para certos grupos etários. A Johnson & Johnson ainda não comentou a suspensão

A suspensão nos Estados Unidos da Johnson & Johnson, embora actualmente sem consequências na utilização desta vacina na Europa, surge num momento crítico da campanha de vacinação no Velho Continente: no dia 7 de Abril, o comité de segurança da Agência Europeia de Medicamentos (a EMA) tinha concluído que “invulgares coágulos de sangue com plaquetas baixas” (a mesma rara doença encontrada pela FDA e CSC e que poderia estar ligada à vacina da J&J) deveriam ser listados como efeitos secundários muito raros da Vaxzevria (a vacina da AstraZeneca), falando também de uma “ligação” com o medicamento, mesmo que os benefícios da vacinação superem os riscos a ela associados.

Na Terça-feira, o governo australiano decidiu não comprar a vacina Johnson & Johnson. O Ministro da Saúde, Greg Hunt, excluiu um contrato com a J&J porque a sua vacina era semelhante ao produto AstraZeneca, para o qual a Austrália já tem um contrato de 53.8 milhões de doses. Nos últimos dias a Austrália, que contava com a vacina AstraZeneca para acelerar o ritmo da sua campanha de vacinação, disse que a vacina da Pfizer era a melhor opção para os menores de 50 anos, com base na descoberta de um caso de trombose rara. Um segundo caso foi registado na Terça-feira. Um total de dois casos de trombose rara foram assim registados na Austrália após 700.000 doses de AstraZeneca injectadas. O governo não esclareceu se a decisão de não comprar a vacina da Johnson & Johnson está ou não relacionada com potenciais problemas com a tecnologia utilizada pelas duas vacinas.

Lembramos quanto contido no artigo anterior, aquele relacionado às vacinas chinesas, e fazemos um resumo: a Sputnik V ainda não está disponível no Ocidente mas as duas vacinas baseadas na mesma técnica (AstraZeneca e Johnson & Johnson) ficam debaixo do fogo, com suspensões temporárias e ligações a uma “rara doença”; as vacinas chinesas têm eficácia reduzida e falamos aqui principalmente de CoronaVac, BBIBP-CorV e WIBP-CorV (baseadas na técnica clássica) mais a Ad5-nCoV, com adenovirus vector (técnica Sputink V).

Pelo que, entre as vacinas actualmente autorizadas pelo mundo fora, apenas duas são seguras, Pfizer e Moderna: exactamente aquelas baseadas na tecnologia nunca antes experimentada em seres humanos (mRNA) e atrás das quais encontramos as mais fortes ligações com o grupo “vacinatório” de Wall Street (Bill and Melinda Gates Foundation, McKinsey & Company, etc.).

 

Ipse dixit.