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A vacina anti-Covid é toda saúde (eis os ingredientes)

Dado que nos últimos tempos falar mal das vacinas aumenta as probabilidades de ser expulso da internet, desejo que fique claro desde já: do meu ponto de vista a vacina anti-Covid é segura, faz bem, é toda saúde. Estou intimamente convencido de que não apenas o medicamento injectado mate o terrível vírus, como também tem outras benéficas propriedades não ancora identificadas, quais o crescimento do cabelo nos carecas, a recuperação da visão nos cegos e mais ainda. A História encarregar-se-ia de demonstrar quanto afirmo.

Digam “Não!” à desinformação

Portanto, é com uma mistura de raiva e pena (mas não surpresa) que leio certas notícias. Bloomberg, por exemplo, conhecido site conspiracionista de extrema esquerda:

Vinte e três noruegueses idosos morreram depois de receberem as vacinas Pfizer. Pelo menos 13 estão estreitamente relacionados com a vacinação, de acordo com a Agência Norueguesa de Medicamentos.

Típica fake news de matriz comunista, redigida só para desacreditar o regime monárquico escandinavo. Vinte e três mortes em 25.000 pessoas vacinadas com o produto Pfizer significariam uma percentagem de incidência de cerca de 1.16 por mil. Isso é: 11 mortes por 10 mil vacinados, algo absurdo e que, mesmo que fosse verdadeiro, representaria um preço perfeitamente aceitável.

Mas não aos olhos dos medrosos Instituto Nacional de Saúde Pública e Agência Norueguesa de Medicamentos, que alteraram as directrizes para os idosos: “Se fores muito frágil, provavelmente não deverias ser vacinado” disse Quinta-feira o Director da Agência Steinar Madsen. A mesma Agência também relata “4 casos de reacções alérgicas graves” sem especificar os sintomas experimentados: estes são provavelmente a conhecida paralisia facial, que não mata ninguém e até muda simpaticamente o nosso look.

Mas a desinformação está escondida em qualquer lugar. Conta o website anárquico 112, que retoma um artigo do socialista-evolucionário NOS:

Mais de 100 reacções adversas à vacina Covid Pfizer relatadas em poucos dias por médicos holandeses […]. Dois casos envolveram reacções alérgicas graves.

Na Holanda, claro, cambada de drogados… Mas depois são obrigados a admitir:

Pensámos que seriam cerca de 20 a 25 relatórios por cada 10.000 vacinações, pelo que isto está de acordo com o que estimamos. Mas nem todos os efeitos secundários são relatados também.

Pelo que: tudo regular. Isso enquanto na Alemanha contam-se de pelo menos dez mortes dentro de uma curta distância da administração da vacina. O que não admira: passam o tempo a comer salsichas e a beber cerveja, lógico que ao entrarem em contacto com um produto saudável entrem em choque.

E os franceses? Uhi! Vale a pena falar neles? A Agência de Medicamentos (ANSM) relatou seis casos de alergia grave que ocorreram após a administração da vacina anti-Covid. E um dos conspiradores é nada menos que o Professor Eric Caumes, infectivologista e chefe do Departamento de Doenças Infecciosas do mais importante hospital de Paris, o Pitié Salpêtrière:

Nunca vi uma frequência tão elevada de efeitos secundários com uma vacina

Não viste porque estavas distraído, seu palhaço. Pergunta do jornalista: “Não tem medo de ser um teórico da conspiração?”

Sim, tenho muito medo, assim que se deixa o pensamento único dominante, imediatamente somos considerados um conspirador ou um burro, como o Ministro da Sáude Olivier Véran me descreveu, enquanto eu sou um dos que mais defendem a vacina.

Um burro, pois… e conclui o infame:

Hoje o mundo está apressado, estamos numa deriva comercial. […] Se cometermos um erro, toda a história da vacinações será desacreditada.

O que não vai acontecer, fica descansado. E entre pessimistas e desinformadores não podiam faltar os antissemitas:

Uma mulher israelita de 75 anos de idade morreu na cidade de Lidda na Quarta-feira, poucas horas depois de ter recebido a vacinação Covid. O Ministério da Saúde diz que vai abrir uma investigação sobre o incidente. Este é o terceiro caso de morte no espaço de três semanas após a vacina Covid em israel. Os outros dois casos dizem respeito à morte de um homem de setenta e cinco anos da cidade de Beit She’an e de um homem de oitenta e oito anos.

Três casos? O que são três mortes perante os seis milhões da Shoah? São nada, zero. Notícias como estas nem deveriam ser relatadas. E aprendam a História.

Nem o farol mundial da democracia, os Estados Unidos, estão livres da desinformação, bem pelo contrário. Vamos esquecer as 55 mortes anunciadas pelo duvidoso Epoch Times, falamos de Erick McDonald, o Director da Super Estação de Vacinação montada em San Diego, que fala das “numerosas reacções alérgicas” como “para além das expectativas” após a subministração da vacina anti-Covid.

E isso para não falar das “opiniões”, como faz o comunista e fascista Zero Hedge, segundo o qual o jornalista independente Alex Berenson, após ter consultado os dados oficiais do CDC VAERS (o sistema de monitorização das vacinas do Centros de Controle e Prevenção de Doenças, a agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA), afirma:

Até 22 de Dezembro, com menos de 1 milhão de doses da vacina #Covid administrada, o sistema de notificação de lesões com a vacina @cdcgov recebeu 307 relatórios de visitas às Urgências e 17 eventos “ameaçadores de vida”. Por dose, isso é cerca de 50 vezes a taxa de eventos adversos da vacina da gripe.

Em 2019-2020, foram administradas cerca de 175 milhões de doses de vacinas contra a gripe. Foram comunicadas 1220 visitas de emergência e 73 eventos “ameaçadores de vida”. Os dados encontram-se no site do CDC VAERS.

E os dados são teoricamente actualizados até sexta-feira 1 de Janeiro, o que seria um denominador muito mais elevado. Contudo, creio ser correcto utilizar o dia 22 de Dezembro como a última data para eventos adversos da Covid, porque não consigo encontrar quaisquer relatórios posteriores no sistema.

Um testemunho no mínimo hilariante: Berensos é um jornalista e não um médico, pelo que, mesmo que observe as estatísticas, não pode conseguir entende-las. E, opinião pessoal, provavelmente votou no Trump, o que diz tudo.

Opiniões que assustam, que espalham desconfiança e medo. Portanto não admira que muitos entre os operadores sanitários dos EUA receiem a vacina, como explica The Guardian:

As taxas de recusa – até 40% dos trabalhadores da linha da frente no condado de Los Angeles, 60% dos trabalhadores dos lares no Ohio – suscitaram preocupação e, em alguns casos, vergonha. […] E não é exclusivo dos EUA – até 40% dos profissionais de saúde no Reino Unido podem recusar a vacina, disse a National Care Association em meados de Dezembro.

Vergonha, este é o termo. Mais nada.

Os ingredientes

Como pode um operador sanitário ter medo dum medicamento? Ainda por cima dum medicamento acerca do qual sabemos tudo. Por exemplo, os ingredientes da vacina da Pfizer são:

Lípidos

Sais

Outros

Depois, claro, há o princípio activo, o RNA mensageiro ou mRNA com nucleósidos modificados e a codificação da glicoproteína (S) do vírus SARS-CoV-2. Nada mais.

Bom, “quase” nada mais. Porque uma análise da revista do Massachusetts Institute of Technology (MIT) explica que a Pfizer provavelmente não publicou 100% dos ingredientes: a sequência genética do mRNA do vírus e os nucleósidos exactos que foram modificados não são conhecidos. Então, qual o problema? Qualquer grande chefe tem os seus segredos para tornar o prato espectacular, a Pfizer não é uma excepção. Mas tudo isso não passa de pormenores: os ingredientes são um pouco de gordura, uma pitada de sal e o sacarose, o mesmo que o Leitor utiliza para substituir o açúcar para não engordar.

Meus senhores, as notícias acerca de alegados “eventos adversos” são falsas e demonstra-lo é deveras simples: se fossem verdadeiras, o telejornal teria falado disso. Os grandes meios de comunicação estão muito atentos ao que se passa e, se a vacina provocasse problemas, seriam os primeiros a falar disso, sem esconder nada aos cidadãos. Muito simples, não é preciso ser particularmente inteligente para percebe-lo. Façam a vacina, abracem a saúde e vivam felizes ainda durante… bom, o que importa o “quanto”? É o “como” que interessa!

 

Ipse dixit.