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OMS admite: falsos positivos com os testes

A Organização Mundial de Saúde emitiu uma nota no dia 14 de Dezembro, avisando que o elevado número de ciclos nos testes PCR conduzi inevitavelmente à produção de falsos positivos.

Esta é uma informação exacta e que está disponível há meses, tendo sido também relatada nestas páginas. Pelo que temos de perguntar: porque é que a estão está a ser relatada só agora? A resposta é simples e voltaremos ao assunto mais à frente.

Os testes Sars-Cov-2 estão baseados na reacção em cadeia da polimerase (PCR). A PCR funciona tomando nucleótidos (pequenos fragmentos de ADN ou RNA) e replicando-os até estes se tornarem algo suficientemente grande para ser identificado. A replicação é feita em ciclos, com cada ciclo a duplicar a quantidade de material genético. O número de ciclos necessários para produzir algo identificável é conhecido como o “limiar do ciclo” ou “valor CT”. Quanto mais alto for o valor da CT, menor é a probabilidade de detectar algo significativo (e menor será a “carga viral”).

Este novo memorando da OMS afirma que a utilização de um elevado valor de CT para testar o Sars-Cov-2 resulta em falsos positivos. Óbvio: pega-se em algo que à partida não é significativo e multiplica-se várias vezes até torna-lo algo que consegue dar nas vistas.

Para citar as palavras da OMS:

Os utilizadores do teste PCR devem ler cuidadosamente as instruções de utilização para determinar se é necessário um ajuste manual do limiar de positividade do teste para contabilizar qualquer “interferência” que possa resultar numa amostra com um limiar de ciclo elevado interpretado como positivo.

E continua:

O princípio sobre o qual o teste PCR é concebido significa que em pacientes com altos níveis de vírus em circulação (carga viral) serão necessários relativamente poucos ciclos para detectar o vírus e, portanto, o valor CT será baixo. Pelo contrário, quando as amostras devolvem um valor CT elevado, significa que foram necessários muitos ciclos para detectar o vírus. Em algumas circunstâncias, a distinção entre a interferência e a presença real do vírus é difícil de determinar.

Olha, olha, que interessante… então como fazemos com todos os testes que foram realizados entretanto? Até hoje, no mundo, foram contabilizados 77.083.243 positivos: quantos destes são falsos? Obviamente não temos e nunca teremos uma resposta.

Quantos ciclos são aconselhados geralmente? Na verdade não há um número de ciclos aconselhados. Explicava o diário francês Libération no começo de Novembro:

[…] Em França, não existe nenhuma directiva relativa a um valor CT definido. De acordo com a Sociedade Francesa de Microbiologia (SFM), o valor “situa-se geralmente entre 10 e 45”, o que é, portanto, uma gama muito ampla. O limiar é estabelecido pelo biólogo que realiza o teste, em conformidade com as recomendações dos fornecedores. Assim, para cada teste, dependendo dos reagentes e do laboratório, o CT pode ser diferente.

Entre 10 e 45? Estranho porque como explicava o Dr. Kary Mullis, que ganhou o Prémio Nobel por inventar o processo de PCR:

Se tiver de executar mais de 40 ciclos para amplificar um gene de cópia única, há algo de muito errado com o seu teste PCR.

Pois. O mesmo se passa em Italia: nenhuma recomendação quanto aos número de ciclos, o mesmo no Reino Unido, cujo Sistema de Saúde acrescenta.

Os valores CT não podem ser directamente comparados entre testes de diferentes tipos devido a variações na sensibilidade (limite de detecção), química dos reagentes, alvos genéticos, parâmetros de ciclo, métodos interpretativos analíticos, preparação de amostras e técnicas de extracção. Além disso, os valores CT não são fornecidos para todos os métodos de detecção molecular da SARS-CoV-2. Algumas técnicas comerciais de RT-PCR são sistemas fechados de “caixa negra” em que o operador não pode observar a reacção em tempo real e o resultado é interpretado por software num resultado qualitativo não questionável, positivo ou negativo.

O sitio internet do Governo da Austrália admite que os testes Covid são totalmente duvidosos. E, aqui no burgo, temos o Acordão do Tribunal da Relação de Lisboa que em data 11 de Novembro de 2020 afirma quanto segue:

Face à actual evidência científica, esse teste mostra-se, só por si, incapaz de determinar, sem margem de dúvida razoável, que tal positividade corresponde, de facto, à infecção de uma pessoa pelo vírus SARS-CoV-2, por várias razões, das quais destacamos duas (a que acresce a questão do gold standard que, pela sua especificidade, nem sequer abordaremos):
Por essa fiabilidade depender do número de ciclos que compõem o teste;
Por essa fiabilidade depender da quantidade de carga viral presente.

Há meses que é sabido que qualquer teste que utilize um valor CT acima de 35 é potencialmente desprovido de significado. No entanto, a OMS decidiu falar do assunto só agora. Por qual razão?

A resposta a esta pergunta é surpreendentemente simples e cínica: agora temos uma vacina, já não precisamos de falsos positivos. O sistema produziu uma cura “milagrosa”: depois de ter vacinado boa parte da população, todos os testes PCR serão feitos de acordo com as novas directrizes da OMS e, com um valor de CT de apenas 25 ou 30, o número de “positivos” irá cair, tendo assim a confirmação de que a nossa vacina funciona. Nada disso é novidade pois é o que está a fazer a Alemanha desde o início da “pandemia”: utiliza um CT menor para obter um número de infectados menor e o resultado é que, entre os maiores Países da Europa, é aquele que apresenta o número de casos por milhão de habitantes mais baixo:

Após meses a inundar o público com dados de “novos positivos”, com mortes que já nem são diferenciadas entre “por Covid” ou “com Covid”, a máquina utilizada para criar a pandemia pode começar a ser desligada. Temporariamente.

 

Ipse dixit.