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CNN: Tomas a vacina e morres? Tranquilo: é a vida.

Num espectacular artigo sobre o lançamento da vacina anti-Covid, a CNN afirma que os americanos não devem ficar alarmados se as pessoas começarem a morrer depois de terem tomado a vacina porque “podem ocorrer mortes que nada têm necessariamente a ver com a vacina”.

O aviso apareceu num artigo em que a Dra. Kelly Moore, directora associada da Immunization Action Coalition, adverte que as vacinas não funcionam tão bem em pessoas frágeis e idosas como funcionam em pessoas saudáveis.

Uma vez que [as vacinas, ndt] não foram estudadas em pessoas destes grupos [os residentes nos lares, ndt], não sabemos até que ponto a vacina funcionará para eles. Sabemos que a maioria das vacinas não funcionam tão bem numa pessoa idosa frágil como funcionariam numa pessoa em forma, mesmo que por acaso tenham a mesma idade.

Pelo que as vacinas não foram estudadas no caso das pessoas mais em risco. Interessante.

Há perguntas sobre o benefício directo da vacina se dada a pessoas que vivem nessas instalações, porque ainda não estudámos como funciona bem nesse grupo.

Os lares focos de infecção, milhares de óbitos, centenas de milhares de idosos mortos naquelas instalações: “estas são as pessoas mais atingidas pela pandemia. Representam 40% de todas as mortes até agora” pode ler-se numa outra parte do artigo. A vacina? Não é para “as pessoas mais atingidas pela pandemia”, nem tratámos do assunto, sei lá se funcionam com os idosos. Muito interessante mesmo.

Neste momento, apenas não temos os dados para saber como é que as vacinas funcionarão nestas pessoas, e por isso vamos precisar de ser cautelosos no início, porque sabemos que são de longe os mais vulneráveis às doenças graves e à morte por Covid. Vamos actuar com muito cuidado até termos a certeza de que estas vacinas serão realmente eficazes na protecção.

Lembro-me de algo, mas era o quê…? Era algo como “temos que ser responsáveis, não para nós mas para as pessoas em risco, os mais fracos, os vulneráveis, os idosos”. Era algo assim ou parecido. Agora a versão mudou dum nadinha: as vacinas? 100% seguras mas no caso dos idosos não temos a certeza, teremos que ver, analisar… Uma mudança subtil, nada de preocupante, absolutamente insignificante: está tudo bem.

Continua a CNN :

À medida que as vacinas começam, os americanos precisam de compreender que podem ocorrer mortes que não terão necessariamente nada a ver com a vacina.

Não ficaríamos nada surpreendidos de ver, por coincidência, a vacinação e depois alguém morrer pouco depois de receber a vacina, não porque isso tenha alguma coisa a ver com a vacinação, mas apenas porque é o fim natural de todos os seres humanos.

É verdade, as pessoas morrem. Um idoso é vacinado e falece? Mas tinha que morrer na mesma, é assim que a vida funciona. O que diz a Bíblia? “Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar” (Gn 3,19). A vacina não tem nada a ver.

Uma das coisas que queremos que as pessoas compreendam é que não devem ficar desnecessariamente alarmadas se houver relatos, uma vez iniciada a vacinação, de uma ou mais pessoas morrerem alguns dias após a vacinação. Isto é algo de esperar, porque as pessoas morrem frequentemente em lares de idosos.

E mais: nos lares as pessoas frequentemente morrem porque nos lares moram os idosos. Agora, o que faz um idoso sério? Morre. Portanto, juntar a vacina à morte dum idoso é um exercício bom só para as mentes doentias dos conspiradores. As mortes em lares de idosos de pessoas que tomam a vacina é normal, nada têm a ver com a vacina.

Poderia ser feito exactamente o mesmo discurso no caso de idosos com comorbidades múltiplas e Covid? Morreram por causa da Covid ou porque “as pessoas morrem frequentemente em lares de idosos”? É uma pergunta estúpida: é óbvio que neste caso todos os idosos morreram de Covid, como podem existir dúvidas? Sim, tinham outras doenças, é verdade, mas estas nunca eram tão graves. Pode parecer absurdo, mas a verdade é que sem Covid aquelas mesmas pessoas teriam tranquilamente ultrapassado os 120 anos de idade. Não é opinião, é Ciência.

 

Ipse dixit.