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Coronavirus: ainda dúvidas?

Óptimo trabalho de Koen Swinkels nas páginas de Medium.

Koen pegou nos números das mortes “de” COVID-19 e comparou tudo com os dados do Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). Resultado: o aumento do número de mortes por COVID-19 coincide com reduções aproximadamente proporcionais do número de mortes não-pulmonares e não-influenzais.

O número total de mortes semanais é aproximadamente o mesmo tanto em 2020 quanto nos 4 anos anteriores.

A razão? Podem existir múltiplas razões, mas uma em particular surpreende: se alguém morre e no momento do óbito for positivo para COVID-19, este é automaticamente contado como morte por COVID-19 (ver este vídeo no Twitter, em inglês). Em outras palavras, as mortes são listadas como mortes COVID-19, mesmo quando a causa real foi claramente outra coisa.

Como explica o artigo:

Se a taxa de infecção numa população for de 10%, por exemplo, a taxa de infecção passa 10% da categoria “Outras mortes” para a categoria “Mortes por COVID-19”. Dependendo da probabilidade das pessoas que morrem terem mais ou menos probabilidades de apresentar resultados positivos no teste COVID-19 do que a população em geral, esses 10% podem ser superiores ou inferiores.

Eis os dados de oito semanas comparados (nota: os dados da semana nº 16 de 2020 são ainda provisórios):

Mais no específico, eis o gráfico das semanas 15 e 16:

Numa interessante actualização do artigo de Medium é encarada a principal crítica contra os dados apresentados: que o número de mortes semanais utilizado não seja fiável, pois é uma estimativa baseada em grupos limitados e dados históricos, algo que continuará a ser significativamente actualizado até 2 anos após o facto. Portanto, os dados acerca do COVID-19 apresentados pelo CDC seriam provisórios.

A verdade é que até a altura é impossível encontrar provas de que o total semanal de mortes seja apenas estimado com base em dados históricos e continue a ser revisto significativamente nos próximos tempos. O alerta relativo ao COVID-19 é tal que, eventualmente, poderia ser lícito esperar o contrário, isso é: que em caso de autopsias pudessem ser encontradas patologias desconhecidas que justificariam o óbito além do COVID-19 e relativas complicações. Não é uma hipótese descabida, aliás, é  a normalidade nos casos das mortes de indivíduos “jovens e sãos”.

Pelo que: sobem as mortes “de” COVID-19, baixam as outras. Uma autêntica transferência: isso deveria sugerir algo, mesmo aos mais cépticos.

 

Ipse dixit.