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Macron: a elite “descarrega” o banqueiro dos Rothschild

O simpático Emmanuel Macron, banqueiro dos Rothschild com o hobby da Presidência francesa, encontra-se em queda. Está a sair tudo: Alexandre Benalla, o guarda-costas pessoal de Macron, tinha as chaves de Villa Toquet, propriedade muito particular de Brigitte e Emmanuel Macron. Benalla viveu “na intimidade com o casal presidencial”: tinha recebido da DGSI (espionagem domestica) a habilitação Sécret Défense como se fosse um importante membro do governo. Tinha recebido um distintivo que lhe dava acesso privilegiado à Assembleia Nacional, como um parlamentar. Era membro do Grande Oriente da França, conectado com o Loja Emir Abdel Kader.

Benalla é a ligação entre o ataque “islâmico” de 13 de Novembro de 2016 (discoteca Bataclan, Stade de France, com uma centena de mortes) e o ambiente político. Tinha sido Benalla a fazer recrutar Makao, o outro guarda-costas de Macron: e Makao é amigo de Bendaud Awad, um criminoso comum que admitiu ter recebido no seu apartamento em Saint Denis  “sem saber quem eles eram” os dois atacantes que fugiram após o massacre do Bataclan.

Está a sair tudo. Macron, este jovem banqueiro ambicioso sem experiência eleitoral, nenhum partido, militantes ou raízes locais, mas com o apoio da Finança e de praticamente todos os meios de comunicação. Macron o desconhecido, que Jacques Attali (ex-banqueiro do Banco Europeu de Desenvolvimento, eminência parda do Tratado de Maastricht) já tinha “previsto” numa entrevista em 21 de Abril de 2016 quando ninguém sabia do futuro jovem Presidente:

Sempre pensei que o próximo Presidente da república seria um desconhecido. Os franceses querem duas coisas: um programa e uma ação clara e um homem novo. Tenho o prazer de ver que Emmanuel Macron [..] propôs acolher os migrantes a sério e acreditar que é uma sorte para a França.

Profecia surpreendente mas lógica: na pessoa de Macron, Attali tinha encontrado o candidato que fala a linguagem das elites, da globalização, da Finança, da União Europeia, livre dos partidos e que responde apenas ao círculo dos iniciados de Attali.

Agora há o caso Benalla, o guarda-costa “mau” que nas manifestações do 1º de Maio bate nos estudantes. Está tudo gravado num vídeo, agora difundido pelo Le Monde, o diário “institucional” francês, ponto de referência e porta-voz dos verdadeiros poderes. Um vídeo gravado em Maio e publicado em Julho? Pois: ficou na gaveta até receber luz verde. O Le Monde recebeu a autorização para publica-lo e começar a queda de Macron.

Um artigo não assinado de Egalité et Réconciliation, interessante site anti-globalista de Alain Soral, pergunta quem pode ter concedido a autorização e qual o motivo. Afinal, porque a elite decidiu livrar-se da sua criatura?

O bilionário François Pinault (Artemis S.A., malas Samsonite, vinho Château Latour, Vail Ski Resort no Colorado, casa de leilões Christie’s) duas semanas antes da publicação do vídeo, tinha anunciado: “Macron não compreende as pessoas humildes”. O que significa: a política de Macron não encontra o desejo das massas. O projecto duma grande reforma da União Europeia, de acordo com os desejos da oligarquia, que Macron tentou impor em Bruxelas (“Mais Europa”), fracassou. De modo mais geral, o “círculo” de Jaques Attali observou e assumiu as inúmeras derrotas que o simpático Macron colecionou nos últimos tempos, em particular sobre a questão dos imigrantes.

O novo clima político internacional é desfavorável ao Presidente-banqueiro. Nascida para salvar as ambições transatlânticas e financeiras da União Europeia, a criatura de Attali ficou presa entre as forças nacionalistas que promovem o Capitalismo industrial (a aliança Trump-Salvini-Putin que deseja desmantelar a UE) e a pressão belicista e nervosa da rede atlântico-sionista que tão enorme poder tem na França. Macron, “intoxicado” por Copa do Mundo de Futebol, orgulho Gay e Festival de Música, não foi capaz de adaptar a estratégia perante a nova situação.

A elite precisa duma nova tática, precisa adaptar-se ao novo equilíbrio de poder para contrastar o surgimento do “populismo social”. E durante os “Encontros Económicos de Aix en Provence” (uma espécie de Davos em pequeno), Jacques Attali delineou a nova tática: não opor-se ao “nacionalismo”, mas adotá-lo de alguma forma. Na conferência, Attali anunciou a era do “nacional-globalismo, o estilo de vida nacional-nômade”, da “nacional-governance”. Evidentemente, a teoria precisa de alguma afinação, mas o que importa é a ideia: não deixar a nação nas mãos dos nacionalistas. Por mera “coincidência”, ideia retomada pelo professor da Esquerda italiana Ernesto Galli della Loggia num editorial do Corriere della Sera, poucos dias depois (20 de Julho). E, na mesma altura, eis o Espresso (sempre de Esquerda), que titula “Agora a Esquerda gosta da identidade”, onde é explicado que é preciso “recuperar a ideia de nação”.

Portanto, os Leitores europeus preparem-se: a palavra de ordem está a espalhar-se e em breve teremos uma Esquerda que ama a “nação”, uma Esquerda “patriótica”. Em boa verdade, o Partido Comunista Português já tinha antecipado a ideia numa campanha eleitoral de poucos anos atrás, sem nem dar-se conta da incompatibilidade entre os ideais de Pátria e Comunismo. Agora esta mistura nacional-comunista reaparece numa escala maior, apesar da confusão: como poderá ser uma Pátria sem soberania, solidária com os pobres e inofensiva para a grande Finança globalizadora, orgulhosamente “Nação” mas pró-europeia? Vai ser engraçado, vai.

Acabamos com a França outra vez. Em 14 de Julho, aniversário da Tomada da Bastilha e festa nacional francesa, houve dois curiosos “acidentes”. O primeiro foi este:

Aparentemente um erro, pois para formar a bandeira francesa o primeiro avião à esquerda deveria espalhar fumo azul. Mas foi adicionada uma linha vermelha.

Pouco depois, na frente da tribuna presidencial aconteceu isso:

Erros? Não: avisos. A fractura entre forças armadas e Presidência é algo forte e evidente.

A linha vermelha dos aviões é um aviso em linguagem militar, the red line: a medida está cheia, a roptura fica próxima.

A queda dos motard é uma homenagem a Marc Granier, antigo motociclista da guarda presidencial com 30 anos de serviço, internado num hospital psiquiátrico porque decidiu falar. No passado 4 de Maio, Granier publicou um vídeo de 18 minutos no qual denunciou “os assassinatos e outros crimes cometidos pela oligarquia que tomou posse do País” e falou claramente de “um golpe”.

Livrar-se de Macron não será simples, a lei torna o Presidente quase inamovível. Portanto, ou os próximos quatro anos de Presidência serão um inferno ou Attali irá inventa algo…

 

Ipse dixit.

Fontes: LCI, Égalité e Réconciliation, Blondet & Frineds