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Pentágono: em breve outros documentos acerca dos UFOs

Há alguns anos disse que todo somado estava satisfeito de viver nesta época porque altura de transformações. Há pessoas que viram e Segunda Guerra Mundial, o surgimento dum novo equilíbrio e a implementação da Guerra Fria. Nós vimos a queda do Muro de Berlim e a seguir um período conturbado, com as pretensões da única super-potência e o contemporâneo aparecimento de novas realidade regionais. Também esta fase está prestes à acabar assim como acabou a altura de “transformação”: abriu-se uma nova época, aquela dominada pela implementação do novo modelo global. Tinha que ser.

Parte integrante do novo modelo é algo que ocupou as páginas do jornais há poucos meses e que até o final de 2021 promete desenvolvimentos ainda mais interessantes. Como é repetido nestas semanas, o Pentágono prepara-se para divulgar uma vaga de dados ainda não publicados sobre vários encontros com “fenómenos aéreos não identificados” por parte de pilotos da Marinha dos EUA, factos que remontam pelo menos ao ano de 2004. As divulgações acontecerão, segundo os vários autores, até ao final do ano, talvez algo já em Junho.

O Congresso dos EUA criou um grupo de trabalho (Unidentified Aerial Phenomenon Task Force) para investigar se os incidentes constituem uma ameaça real. Em poucas palavras, Washington parece disposta a admitir que os UFOs são uma questão séria. E com essa mudança, os especialistas começam a tentar lidar com algumas questões bastante “grandes”.

Na verdade para os EUA a questão UFO sempre foi séria: o Project Sign foi apenas o primeiro dos vários estudos que ao longo das décadas absorveram recursos para tentar fornecer uma explicação ao fenómeno. Era o 1948. Depois houve o Project Grunge (1949), o Project Magnet (1950–1962), o Robertson Panel (1953), o Project Blue Book (1952–1970), o National Investigations Committee On Aerial Phenomena (1956-1980), o Condon Report (1966–1968), o Advanced Aerospace Threat Identification Program (2007–2012)… nada mal para algo que oficialmente nem existe.

Num artigo de opinião de Bloomberg intitulado Se o Pentágono leva os UFOs a sério, o mesmo deveriam fazer os mercados, o economista Tyler Cowen examinou os possíveis efeitos que a descoberta de alienígenas entre nós poderia ter nos mercados globais. Segundo a previsão de Cowen, “a maioria dos preços no mercado não se moverá muito”. Os mercados podem tornar-se um pouco mais voláteis, mas sem uma ameaça real à nossa riqueza pessoal e aos nossos investimentos, os números não mudariam de forma significativa.

Mesmo perante a visão extrema de que um milhão deles que vive debaixo do oceano, isso afectaria as expectativas de Wall Street quanto ao número de iPhones vendidos no próximo ano?

Obviamente não. Esta operação de “abertura” está a ser conduzida com calma, sem pressa, segundo um programa bem definido. Nada de pânico, nada de histeria colectiva: tudo tem que prosseguir como antes, os mercados acima de tudo.

Povos extraterrestres mal humorados, como sugerido pelo director do SETI (a agência que procura com antenas por sinais de vida extraterrestre) e também pelo grande físico Michio Kaku? Pode ser, mas não parece tão provável. Para já bem piores e preocupantes são o regime nazi de Tel Avive, as guerra na Síria, na Somália, no Yemen, as tensões na Colômbia… Difícil que os extraterrestres consigam ser mais enervados do que nós.

Graças ao encorajamento do governo dos EUA e, por extensão, de vários outros Países da NATO que estão a inundar os jornais com fotografias e meias revelações sobre discos voadores, o discurso público sobre os extraterrestres está a tornar-se muito presente neste momento. Será esta apenas mais uma arma de distracção de massa num mundo tão confuso? Sim e não.

Não, porque o fenómeno UFO não é novo, é bem antigo e sólido: quem despreza a realidade ufológica no geral não tem conhecimento do assunto, a não ser através dos media ou das páginas “bombásticas” da informação alternativa.

Sim, porque a altura não deixa de ser suspeita: num período em que os direitos dos cidadãos são alegremente atirados para o lixo, no qual a sociedade está sob a hipnose colectiva da “pandemia” Covid, talvez as energias deveriam ser utilizadas para outros objectivos, bem mais urgentes. Apesar de terem sido gravados em 2004, 2014 e 2015 os vídeos foram oficialmente publicados pelo Pentágono só em 2020, em plena “pandemia”.

Afinal as revelações encaixam-se na fase de “implementação” do novo modelo: é preciso mudar a ideia que o Homem tem de ele mesmo, é preciso erradicar aqueles valores ancorados num passado que está rapidamente a desaparecer. Os objectos voadores com tanto de carimbo do Pentágono bem podem ser úteis neste sentido. Vamos ver ao longo dos próximos meses o que será servido.

 

 

Ipse dixit.