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A luta nos bastidores

Desde que ZomBiden “tomou posse” na Casa Branca, muito aconteceu: o novo Presidente tem-se esforçado por assinar leis e decretos, mas com quais resultados?

O Pentágono continua a bloquear o acesso dos membros da nova Administração a informações críticas sobre as operações em curso, incluindo a retirada das tropas no Afeganistão, as próximas missões de operações especiais em África e o programa de distribuição da vacinas Covid-19. O esforço para obstruir a equipa de Biden, liderado por altos funcionários nomeados pela Casa Branca no Pentágono, é sem precedentes nas transições presidenciais modernas e irá dificultar a nova Administração em questões-chave de segurança nacional.

O Pentágono recusou-se a implementar o plano de vacina de ZomBiden para os detidos de Guantánamo. Muito diplomaticamente, afirmo que “Estamos a fazer uma pausa no plano para avançar enquanto revemos os protocolos de protecção das forças”, como escreveu o Secretário Adjunto da Defesa para os Assuntos Públicos, John Kirby num tweet. “Continuamos comprometidos com as nossas obrigações de manter as nossas tropas seguras”.

Também apesar de ZomBiden passar os seus dias a revogar todas as ordens executivas do seu antecessor, muitos Estados não lhe dão ouvidos e continuam a governar com as leis de Trump. Um exemplo é o Texas, que bloqueou a suspensão das deportações dos imigrantes. Outro é a paragem no oleoduto Keystone, que para além de ter eliminado 60.000 empregos, também irrita as comunidades locais de índios.

Entretanto, uma coligação de Procuradores-Gerais estaduais enviou uma carta ao Presidente recordando-lhe que qualquer acção executiva potencialmente inconstitucional ou de alcance federal excessivo não ficará sem contestação. .

A candidata democrata e fanática globalista Pam Keith apelou abertamente para que Trump fosse preso porque na sua residência haveria um governo sombra que poderia realmente controlar os Estados Unidos. Não é bem assim, mas algo está a acontecer.

Já em Novembro, ZomBiden e a futura Presidente afro-americana-indo-jamaicana Kamala Harris queixaram-se porque os fundos de transição ainda não tinham sido libertados. São os fundos dos quais ZomBiden necessita para o processo de transição: deveriam ser libertados pela Administração dos Serviços Gerais (GSA), mas como Trump não reconheceu a vitória de ZomBiden, esse dinheiro permaneceu no limbo. Fontes próximas da chefe da GSA, Emily Murphy, disseram à CNN que se sente numa “situação sem saída” quando se trata de certificar os resultados eleitorais e libertar os fundos. Embora os meios de comunicação gostassem de transmitir a ideia dum “capricho” de Trump em não aceitar a derrota, na realidade há uma lei que deve ser cumprida. E aquela lei agora trava o dinheiro para a nova Administração.

Mas há mais. De acordo com o Presidencial Transition Enchancement Act de 2019, uma lei do Congresso dos EUA, os candidatos à presidência devem emitir um “certificado de ética” o mais tardar até 30 de Setembro, portanto um mês antes das eleições. Este é um plano de ética formal, onde se subscreve o facto de não pertencer a lobbies, não ter conflitos de interesse em negócios que envolvem o Estado, não estar em certas listas de lobistas ou antigos lobistas (incluindo lobistas estrangeiros), tudo de acordo com o Lobbying Disclosure Act de 1995 e o Foreign Agents Registration Act de 1938, e isto tanto para o candidato presidencial como para cada membro do seu pessoal. Na ausência desta “certificação ética” a transição não tem lugar e o antigo Presidente permanece em funções.

Zombiden e os membros da sua Administração terão assinado o “certificado ético”? Não sabemos. A sua presidência foi ratificada? Não sabemos. O que sabemos é que, entretanto e apesar dos meios de comunicação não falarem disso, Trump está a ganhar os recursos eleitorais: há 25 casos ainda pendentes e dos 21 terminados Trump ganhou 14.

O regresso de Trump à Casa Branca pertence ao mundo da ficção científica. O esforço que foi feito para afasta-lo foi enorme. Mas algo está a acontecer nos Estados Unidos. E não apenas nos Estados Unidos.

Entretanto, na Europa…

Um salto até o Velho Continente. O Primeiro Ministro italiano Giuseppe Conte (que ninguém alguma vez tinha eleito) perdeu o poder. Novo Primeiro Ministro é Mario Draghi, figura bem conhecida no nível internacional tendo sido o Presidente do Banco Central Europeu entre 2011 e 2019. Draghi é a prova vivente que Deus não existe: se Deus existisse, Draghi ficaria imediatamente incinerado.

Todavia: atenção. Mario Draghi pertence à elite, mas não a mesma elite do Great Reset, da qual fazia parte o mordomo Giuseppe Conte. Memorável o “testamento” de Draghi publicado há um ano atrás no Financial Times: a crise pandémica só pode ser ultrapassada recorrendo à ajuda financeira de dimensões enormes, mas uma ajuda que não deve ser reembolsada, cortando assim de forma drástica as dívidas. É a linha seguida pela União Europeia: não é a mesma linha do Great Reset. Porquê? Porque se a dívida não deve ser reembolsada, então os bancos de investimentos não podem lucrar. E isso é muito triste. Para os bancos.

Há alguns dias, JF perguntou-me quando teria caído Conte e eu respondi “Cedo”. Não é que eu tenha dotes proféticas: é que já há algum tempo era claro que seria sido Matteo Renzi (ex Primeiro Ministro italiano, agora no partido de governação) a desligar o governo e foi exactamente o que aconteceu nos últimos dias. A antecipação tinha chegado da reunião Bilderberg deste ano, em Turim: uma reunião oficialmente “cancelada”, mas que de facto foi realizada.

Precisamente em Turim começou a contagem decrescente para a queda de Conte, que nunca gozou do apoio de Bilderberg, respondendo notoriamente a outros poderes. Poderes que incluem o Vaticano e que, no entanto, até há poucos dias tiveram a força de o manter no comando com a intervenção directa tanto do Vaticano quanto dos Jesuítas, com os aplausos das piores elites globalistas: Soros, os homens de Davos, Bill Gates, Fauci, Big Pharma, mais as sombras dos Rockefellers e dos Rothschilds, muito próximos de Bergoglio.

Agora Conte caiu não só porque a sua acção governamental já não era considerada sustentável por muitos poderes, mas sobretudo porque há enormes choques e negociações a decorrer nos bastidores. Na Comissão Europeia existem divisões muito fortes sobre como gerir esta falsa emergência sanitária, e não poucos tecnocratas de Bruxelas (que até ontem tinham aceite os desenhos do Great Reset e as imposições de Davos) temem agora a implosão da própria União Europeia e, sobretudo, do brinquedo chamado Euro. Tentam negociar, mediar, salvar desesperadamente as suas poltronas e descobrir como sobreviver face à entrada em vigor do alegado Sistema Financeiro Quântico. Que não vai entrar em função tão cedo, pelo contrário. Mas que começa a perfilar-se no horizonte.

QFS, monetização da Dívida vs. Great Reset

O que é isso? É um novo sistema, concebido para remodelar o capitalismo através de uma revolução mundial das infra-estruturas financeiras. Abreviada em QFS, deveria ser uma rede que funciona através de um Cross Boarder Interbank Payment System, ou seja um novo sistema interbancário transversal. Mesmo que lançado pelo governo americano, deveria ser uma rede global privada, tal como a actual, mas com uma diferença fundamental pois não seria gerida por banqueiros mas por uma inteligência artificial ancorada numa lógica de ferro: a criação de dinheiro a crédito, que implicaria o fim da lógica da usura legalizada (bancos). O QFS, de facto, iria cancelar a criação do dinheiro da dívida e iria operar através de moedas apoiadas por recursos económicos reais, permitindo que cada entidade, e não apenas as grandes multinacionais, possam utilizar instrumentos financeiros para realizar projecto. Teoricamente: o fim da clássica especulação financeira e da chantagem perene da dívida.

“Teoricamente”, pois o QFS parece demasiado bom para ser verdade. Para já não assusta nem grandes e pequeninos, mas não podemos esquecer que um dos objectivos de curto prazo da “pandemia” foi travar a implosão do sistema financeiro, cujas dívidas globais, segundo o relatório do Institute of International Finance, aumentaram em 15 mil milhões de Dólares para alcançar um total de 277.000 milhões de Dólares, ou 365% do PIB global. Em 2019, o rácio em relação ao PIB era de 320%. Estes números mostram como o endividamento tornou-se um problema que não pode ser enfrentado com as habituais políticas de austeridade. O sistema não tem pernas para continuar assim: não só será cada vez mais difícil honrar a dívida pública, mas o pagamento dos juros será extremamente complicado. É evidente que a probabilidade desta dívida ser reembolsada é praticamente nula. De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), no final de 2020 o rácio da dívida pública em relação ao PIB excederá 130% nos Estados Unidos, 133% em Portugal,160% em Itália, 260% no Japão. Tudo com um mercado em plena depressão. E isso significa só uma coisa: um replay da crise de 2008, só num molde ainda pior e, para o futuro, grave crises com uma frequencia acelerada.

A monetização da Dìvida

A monetização da dívida parece ser o único instrumento capaz de enfrentar eficazmente o problema. Os défices fiscais são monetizados quando o governo emite obrigações no mercado primário e a BCE compra simultaneamente uma quantidade equivalente de obrigações do governo no mercado secundário. Para que haja monetização é necessário, além disso, que o banco central se comprometa a manter as obrigações adquiridas indefinidamente, renová-las quando expirarem e devolver ao governo os juros acumulados sobre as referidas obrigações. Desta forma, o endividamento total do governo não aumenta, aliviando assim permanentemente a restrição orçamental e tornando possível financiar um nível equivalente de défice através de novas emissões de dívida. E o governo nacional não tem a obrigação de a reembolsar no futuro. É a quadratura do círculo.

Só que a monetização da dívida ataca o coração da tradição económica estabelecida, e é esta a estrada que Mario Draghi e Christine Lagarde, actual chefe da BCE, querem percorrer. É exactamente a estrada que não querem em Davos porque limitaria de forma brutal a mais importante fonte de rendimentos da elite globalista.

É assim voltamos nos Estados Unidos: ninguém notou que ZomBiden não estava entre os convidados de Davos? Não acham estranho isso? Putin, Xi Ping Pong e não ZomBiden, nem Kamala Harris, nem Boris Jonhson? Nenhum deles, nem na versão telemática?

Que afinal o QFS possa entrar em funções é muito duvidoso, sobretudo no curto prazo: isso significaria um reset (este sim verdadeiro) de proporções históricas e ninguém está preparado para isso. Mas o desmantelamento da US Corporation está em andamento e não é possível excluir que algo parecido possa acontecer na City de Londres, que sempre foi o principal accionista da US Corporation, juntamente com o Vaticano.

Podemos gostar ou não de Mario Draghi, e eu não gosto, mas uma coisa é certa: não responde aos mesmos poderes que até agora construíram e apoiaram Giuseppe Conte e a sua acção governamental. Os poderes por detrás de Draghi, dos quais ele próprio é parte integrante (e uma engrenagem fundamental) estão muito provavelmente determinados a seguir uma exit strategy da actual situação “pandémica” e têm uma visão diferente do Great Reset. Não há por aqui “bons” ou “maus”: a laia é a mesma, só com visões diferentes.

Muito do que vai acontecer nas próximas semanas, tanto em Itália como na Europa toda e nos Estados Unidos, vai depender dos choques em curso entre os poderes fortes. Porque uma coisa é certa: nada será o mesmo que antes e muito vai mudar. Só não sabemos como…

 

Ipse dixit.