Os Países que mais aumentaram os gastos foram os Estados Unidos, a China, a Arábia Saudita e a Índia. A Rússia teve que reduzir a despesa por causa das suas dificuldades económicas e do aumento da dívida soberana, mas continua a acelerar a modernização do arsenal nuclear, tanto convencional quanto para a ciberguerra. Na Europa, aqueles que aumentaram os gastos foram a França e a Suécia; sempre na UE e na parte europeia da NATO, os que mais gastaram foram o Reino Unido, a França e a Alemanha.
Estados Unidos
O investimento na “defesa” decidido pela Administração Trump foi na ordem de 610 bilhões de Dólares, quase inalterado em 2017 em relação a 2016. Nominalmente é o dobro do gasto militar chinês, mas esse dado não leva em conta a diferença nos custos de produção e nos níveis salariais entre os dois Países. Os planos mais caros de Washington foram para aviões, navios invisíveis e modernização do arsenal atómico parcialmente obsoleto. Para 2018, o Presidente quer aumentar os gastos militares dos EUA para um total de 700 bilhões de Dólares.
China
A República Popular aumentou fortemente os seus gastos militares nos últimos anos, com a declarada ambição de dar-se um arsenal que proclama “puramente defensivo”, mas que parece capaz de projetar o força a grandes distâncias. Os gastos militares chineses, de 228 bilhões de Dólares, representam cerca de 13% do orçamento militar mundial, um salto enorme em comparação com o anterior 5,8%. Os programas mais importantes vão desde os novos mísseis nucleares intercontinentais a vários modelos de caças e bombardeiros invisíveis, até navios e submarinos.
Arábia Saudita
No ano passado, o reino wahabita gastou nas suas forças armadas 69.4 bilhões de Dólares. Em comparação: o Irão gastou “apenas” 14,5 bilhões. A principal razão é a guerra no Yemen que está a afectar grandemente a máquina militar árabe. Riad, portanto, aumentou a despesa em 9,2%, adquirindo aviões mais modernos e outros sistemas de armas tanto dos EUA quanto dos principais fabricantes de armas europeus.
Rússia
Pela primeira vez desde 1998, a Rússia, destinando 66.3 bilhões de Doĺares para a defesa, reduziu os gastos militares: – 20% segundo os cálculos do Sipri. O Presidente Putin, apesar das guerras no leste da Ucrânia e na Síria, afirma não desejar participar numa corrida para os armamentos. Na verdade, o lema parece ser “menos quantidade e mais qualidade”, o que é visível na introdução de novos sistemas de armas, desde os mísseis intercontinentais até as novas gerações de aeronaves, navios e submarinos, sem esquecer a crescente eficácia da guerra cibernética russa.
União Europeia
Na UE, quem mais gasta é o Reino Unido, seguido por França, Alemanha e Itália. No entanto, como os especialistas militares de todo o mundo sabem, existem sérias divergências de eficiência e capacidade operacional entre os vários Países europeus da NATO. Os britânicos são tradicionalmente muito fortes e muito “móveis”, mesmo no longo alcance, mas os recentes cortes na defesa e problemas na entrada em serviço do novo porta-aviões reduzem a sua “prontidão de combate”.
Pelo contrário, o poder francês aumentou, assim como a capacidade de projetar-se para o exterior. O Presidente Macron está a assinar fortes aumentos nos gastos militares e quer construir um bombardeiro de nova geração com a Alemanha para competir e dar uma resposta política ao F-35 americano, ao Sukhoi T-50 da Rússia e ao chinês J-20. A Suécia e a Finlândia também aumentaram os gastos militares.
Resto do Mundo
Os principais Países que decidiram investir em armas no crescimento das suas forças armadas são a Índia, uma potência nuclear como os seus vizinhos rivais China e Paquistão; o próprio Paquistão (mas que fica muito atrás da Índia); a Austrália (novos submarinos defensivos e novos jatos para a Real Força Aérea Australiana) e a Argélia.
A Venezuela de Nicolas Maduro ordenou a cem caças Sukhoi 30 e mil tanques da Rússia. O Brasil respondeu com o super jato sueco Saab JAS 39 Gripen e submarinos de última geração.
Ipse dixit.
Fontes: Sipri (ficheiro Pdf, inglês)