Site icon

Atentado em Londres (mais Orly & Louvre)

Foto Reuters

Caramba, aqui uma pessoa nem acaba de escrever dum massacre que logo aparece outro…

A notícia última notícia é aquela de Londres, onde um homem com uma faca feriu 12 pessoas e tentou invadir o Parlamento britânico. Mas tudo tinha começado na ponte de Westminster, com um outro homem que, de carro, tinha atropelado 5 pessoas e a polícia que começava a disparar.

Ainda não foi relatado mas eis o que será descoberto nas próximas horas: os homens eram muçulmanos, tinham uma cópia do Alcorão no carro e gritavam “Allah Akbar!”. Altamente provável, pois foi o que aconteceu na passada Sexta-feira no aeroporto de Orly: homem muçulmano, cópia do Alcorão, faca, e Allah Akbar. Falta nada.

Pergunta: quem são estes deficientes? Do Isis? Nem pensar. O Isis (o quem diz actuar por conta dele) costuma apresentar bem outra cenografias: Kalashikov, operações bem planeadas e muitos mortos. Estes, pelos contrários, são incapazes que nem uma pistola conseguem comprar.

Os antecedentes: Orly e o Louvre

Ziyed Ben Belgacem (este o nome do indivíduo), na passada Sexta-feira, foi para o aeroporto de Orly (França), tentou roubar o mitra dum polícia e ameaçou fazer um massacre: “Baixem as armas, mãos na cabeça, estou aqui para morrer por Allah. Aconteça o que acontecer, haverá mortes”. Na mochila um tanque de gasolina e, óbvio, o Alcorão. Acertou apenas numa coisa: morreu.

Mas o interessante tinha acontecido antes: perto das 7 da manhã, Ziyed tinha sido parado pela polícia perto de Saint-Denis: conduzia com as luzes desligadas e em excesso de velocidade. Como se não bastasse, abriu o fogo com uma pistola de pressão (não propriamente uma Magnum…) contra um agente. Admitimos: não é a melhor atitude de quem prepara um atentado num dos maiores aeroportos da França.

A polícia francesa já conhecia Ziyed por causa duma assalto a um
banco e venda de drogas (condenação: 10 anos de prisão). Antes de morrer
ligou ao pai e disse: “Fiz um disparate: fiz fogo contra um polícia”.
Disparate? Mas este não deveria ter sido um feroz atentador islâmico? 

Um salto atrás: no passado dia 3 de Fevereiro, um egipciano com um machete (uma faca grandinha) agrediu um grupo de militares franceses à porta do museu Louvre. Obviamente gritando Allah Akbar, ora essa. O procurador François Molins disse logo que aquela era uma “acção terrorista”, fazendo assim eco ao Primeiro Ministro Bernard Cazeneuve.

Pormenor interessante acerca do atentador: tinha chegado de Dubai (Emirados Árabes Unidos) no passado Janeiro, no passaporte tinha visto para a Turquia e a Arábia Saudita, alojava no oitavo
arrondissement (zona da Bastilha) onde pagava 1.700 Euros por mês, alugou um carro, pagou a arma em dinheiro (680 Euros). Como explicar um árabe com dinheiro (e nem pouco) que se faz matar em nome de Allah após ter ferido “só” um polícia?

O Isis não tem nada a ver com estes dois casos: Ziyed parece um pobre desgraçado, provavelmente sob o efeito de substâncias estupefacientes (cocaína encontrada na casa dele), que decidiu fazer algo demasiado algo para ele sem depois saber como sair da situação.

O egipciano do Louvre, pelo contrário, é algo mais interessante, que abre cenários já conhecidos: endinheirado, com visitas em Países que financiam o terrorismo internacional, quem o enviou para alimentar a estratégia do terror?

Onde se encaixa o atentado de hoje em Londres? No âmbito dos desgraçados como Ziyed ou também estes vinham de Países “amigos”?

Ipse dixit.

Fontes: Il Corriere della Sera, Il Post (1 e 2)