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Coitado, era tão bom rapaz…

O
general francês Christophe Gomart, chefe da Direção du Renseignement Militaire, deve ter deixado boquiabertos muitos dos que estavam reunidos na câmara baixa do parlamento francês.

Não que as suas palavras desvendassem quem sabe qual obscura trama, nada disso: é que certas coisas não se dizem.

Vamos ler:

O verdadeiro problema é
que dentro da Nato a inteligência predomina, ao contrário da francesa. A Nato anunciou falsamente que
os Russos queriam invadir a Ucrânia, enquanto que, de acordo com as informações
do DRM [o serviço secreto francês, ndt] não havia nenhuma evidência que apoiasse esta hipótese.

A partir das
nossas observações, ficou claro que os Russos nunca tinha implementado qualquer comando ou logística, incluídos os hospitais de campanha ou os batalhões de movimento, tais que fosse possível considerar o
início duma invasão militar. A realidade mostrou que estávamos no
caminho certo. E se os soldados russos foram realmente visto para além
da fronteira ucraniana, esta foi mais uma manobra para colocar pressão
sobre o presidente ucraniano Poroshenko do que uma tentativa de invasão.

O general Christophe Gomart ainda é jovem, tem apenas 55 anos e já alcançou o topo da hierarquia militar. Pena que a sua brilhante carreira esteja perto do fim. Uma inesperada transferência para a Caiena, um escândalo (droga ou sexo?), o carro que deixa de travar… São coisas que acontecem.
Uma pena.

Ipse dixit.

Fontes: Assembleé Nationale – Commission de la défense nationale et des forces armées – Audition du général Christophe Gomart, directeur du renseignement militaire, sur le projet de loi relatif au renseignement 2