Site icon

Cuba: a História não pára

Outro pedaço de História que desaparece.

Mesmo não compartilhando os ideais políticos (é o caso deste blog), é preciso reconhecer o importante papel desenvolvido por Cuba ao longo das décadas. A ilha conseguiu ser um ponto de referência para todos aqueles que tentavam procurar um farol que conseguisse distinguir-se no meio da normalização “democrática” e liberal em parte imposta e em parte escolhida pela nossa sociedade. Foi positivo até ter durado.

Mas o tempo passa, Cuba tinha atingido os seus objectivos e agora arriscava ficar como um corpo estranho na actualidade, aquela feita do choque entre os novos sistemas. Lógico, portanto, iniciar o processo de reabsorção, que demorará anos, mas que uma vez começado não pode ser travado.

Obama encaixa um ponto importante na luta contra a Rússia e, uma vez ultrapassada a vazia e cenográfica oposição dos Republicanos, poderá apresentar-se ao resto do planeta como “homem de paz” (o único a ganhar o Nobel por méritos futuros) em contraposição com os representantes de Moscovo e Pequim.

Só tenho pena do Che, que nesta altura estará a revoltar-se no caixão; talvez a luta dele teria merecido um outro desfecho.

Ipse dixit.