em 1921, e que faz parte do Conselho Social e Económico da ONU, sendo também regularmente representada nas reuniões informativas da Direcção-Geral da Organização das Nações Unidas.
Mas o que faz esta Lucis Trust? Esta é a parte interessante.
Fundada inicialmente como uma editora, com o nome de Lucifer Publishing Company (!) como afirmado no mesmo site da organização, a Lucis inclui agora a Arcane School (escola de esoterismo e espiritualidade), uma cadeia de livrarias (a Lucis Trust Libraries), uma editora (Lucis Publishing Company), a Lucis Production, a World Goodwill e a Triangles.
Oficialmente tem 6.000 membro e um lucro anual estimado em 600.000 Dólares.
Entre as principais actividades da Goodwill há a produção e distribuição de literatura específica a nível mundial, a publicação da Goodwill Newsletter, cursos de estudo no que diz respeito aos problemas fundamentais da humanidade, a cooperação com as Nações Unidas e com as suas agências especializadas.
Sempre da Lucis é o Temple of Understanding, que gere a “sala de meditação”
no interior do edifício de vidro da ONU, em New York.
A presença da Lucis Trust no interior das Nações Unidas, bem como a dívida cultural explícita de Robert Muller (ex-Secretário-Geral Adjunto das Nações Unidas), levou alguns a acusar a ONU de possuir uma ideologia New Age e de orientaras suas políticas de acordo com os princípios e os propósitos de tal ideologia.
Mas as coisas não são tão simples.
Alice Bailey |
O nome Lucis é uma abreviação de Lúcifer (doutro lado, nome originário da organização).
E dado que aqui entramos num âmbito muito delicado (não faltam páginas internet que falam amplamente dos ritos satânicos na sociedade moderna, acusando também a “elite” de ter vendido a alma ao Diabo), melhor tentar entender o todo.
Apesar do nome dado à sua organização, o casal fundador da Lucis não era satanista. Iniciador de Alice Bailey (a principal impulsionadora) eram o Mestre da Sapiência Djwhal Khul (que nunca existiu), que ditava telepaticamente (!!!) as obras literárias da Bailey, e Madame Blavatskij, figura em destaque no esoterismo do 1800.
As obras (e a filosofia) dos Bailey é uma sopa na qual podemos encontrar muitos temas: espiritualismo, ocultismo, astrologia, teosofia, teologia, a Era do Aquário, a visão duma única sociedade com uma só religião unificada, etc..
Escreve Alice no seu “Os Problemas da Humanidade”:
Um só conceito dominante hoje pode salvar o mundo da luta económica, para evitar o ressurgimento dos sistemas materialistas, travar o ressurgimento de velhas ideias e colocar um fim ao segredo domínio dos interesses financeiros e ao violento descontentamento das massas: acreditar na unidade de todos os homens.
E continua:
A causa de todo o turbamento mundial, das guerras que assolaram a humanidade e da miséria tão difundida pode ser atribuído em grande parte a um grupo de homens egoístas que durante séculos têm explorado as massas e trabalho humano utilizados para os seus fins materialistas. A partir dos barões feudais da Idade Média, aos poderosos grupos financeiros da era vitoriana, ao punhado de capitalistas – nacionais e internacionais – que controlam hoje os recursos do mundo, o sistema capitalista afirmou-se e atirou o mundo para a ruína.
Madame Blavatskij |
Que seja o ideal democrático, a visão dum estado totalitário ou o sonho dum comunista devoto, o efeito sobre a totalidade da consciência humana é definitivamente bom.O seu sentido de consciência global é aumentado de forma significativa, o direito de ser considerado parte de um todo cresce rapidamente e isso é desejável, adequado e esperado pelo plano divino.
Ensinar-lhe (à criança) que em tempos de grave perigo ele, como indivíduo, não tem nenhum valor, mas a única coisa que conta é aquele maior complexo social do qual ele é parte mínima. Este é certamente um progresso para aquela expansão de consciência que a humanidade deve alcançar.
ONU: a Meditation Room |
Mas o nosso mundo funciona com base no dinheiro e assim continuará a ser até este sistema colapsar.
E o Leitor está livre de acreditar nisso: mas sugiro não perder de vista a razão pela qual tudo foi feito até agora: o dinheiro.