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Os bancos gays

Nota prévia:
Para evitar estúpidas acusações, esclareço que o que está em causa neste artigo não são os direitos gays. A tentativa é realçar um fenómeno real (consultem os link presente no fundo) e, por enquanto, ainda sem explicação.

Goldman Sachs e JP Morgan elogiaram a decisão da Suprema Corte dos EUA, que cancelou a lei (aprovada por referendo popular na Califórnia) que declarava o casamento como a união entre um homem e uma mulher.

Goldman Sachs? JP Morgan? Ora essa…

Cada um está livre de exprimir a sua opinião, claro está: mas não deixa de ser um pouco esquisito, pois estes bancos costumam ter o cuidado de não tomar partido, mantendo uma posição “neutra”.

Mas há mais do que isso: os hedge funds mais importantes de New York têm financiado directamente as campanhas para cancelar esta lei do casamento, da mesma forma como financiam com milhões de Dólares os políticos que se declaram pró-gay. Em New York, na prática, o casamento e as adopções gays conseguiram ser legalizadas graças aos milhões de Dólares bombeados por três mega-bancos de investimento (Paul Singer, Asness Cliff e Dan Loeb), que literalmente compraram os políticos que ainda tinham dúvidas.

Não é esta a sede para discutir das problemáticas gays, se é que há algo para discutir ainda. A questão é bem diferente: qual pode ser o interesse dos grandes de Wall Street em apoiar o movimento gay?

Vários bilionários (Jeff Bezos de Amazon, Bill Gates, etc.) já doaram milhões de Dólares para as comissões pró-casamento gay. Criou-se assim uma situação anómala, na qual dentro do Partido Republicano 90% dos membros são contra o casamento gay, mas os principais financiadores do mesmo partido doam milhões de Dólares aos políticos republicanos que mudarem de ideia.

Em outras palavras, os bilionários e em particular os grandes bancos e os fundos de investimento, tornaram possível a vitória duma campanha que via a maior parte dos eleitores contrários. E a melhor prova é mesmo a California, onde um grupo de juízes “iluminados” conseguiu cancelar uma lei aprovada pela maioria dos cidadãos via referendum. Uma votação que tinha visto entre as várias doações pró-gay:

  • Jeff Bezos (Amazon): 2.5 milhões de Dólares
  • Um grupo de managers hedge funds: 2.5 milhões de Dólares
  • Bill Gates: 200.000 Dólares

Tudo isso é muito interessante, pois estamos perante duma elite que não costuma pronunciar-se abertamente acerca de qualquer assunto social, assim como não financia todas as causas política. Por exemplo: os vários Soros, Bezos, Gates, Goldman Sachs ou JP Morgan não fizeram declarações acerca da guerra no Iraque ou do conflito no Afeganistão. Não tomam posição, não gastam milhões nestes assuntos, não estão interessados (oficialmente).

Mas no caso da adopção e do casamento gay, os super-ricos e a elite financeira entram em campo. Abertamente. É possível perguntar qual a razão? Temos de acreditar que estes poderes ficaram de repente sensibilizados perante a causa gay? Estas associações criminosas legalizadas, que especulam sobre a vida de milhões de pessoas, insensíveis quando os jovens americanos morrem numa guerra sem sentido e perdida ou quando na África as pessoas sofrem a fome por causa das especulações sobre as commodities, tornam-se corações de manteiga quando o assunto for os casais homossexuais? Sério?

O que está em causa aqui, repito mais uma vez, não é o direito à homossexualidade ou a adopção por parte de casais gays. A questão aqui é tentar perceber quais as razões que mexem com uma elite fria e calculadora, tal como sabemos ela ser. E estaria no interesse também dos gay encontrar respostas, pois o perigo de ser manipulados é grande, dado o poder das instituições envolvidas.

O que temos aqui é uma questão que interessa uma minoria da população e que, mesmo assim, é “bombeada” pelos media e pelos poderes económico-financeiros. É justo tratar das minorias: mas porque agora, de repente, todos em favos dos gays, com rios de dinheiro?

Ipse dixit.

Fontes: Bloomberg, Policymic, Business Insider, BusinessWeek, The Caucaus (New York Times)