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Sons

Voltamos aos sons. Quais sons? Os sons dos vídeos que alguns entre os Leitores sinalizaram e que foram tratados neste post.
Ah, estes sons. Pois, estes.
Desculpe, é que ainda não me sinto tão bem.
Tá bom, mas presta atenção.
Ok.

Como afirmado, os vídeos apresentados são falsos, coisa bastante simples de demonstrar.
Mas isso significa que todos os vídeos na internet são falsos?
Pensemos nisso: qual poderia ser a melhor forma para abafar um fenómeno real? Resposta: mergulha-lo no meio de fenómenos muito parecidos mas claramente falsos.

Por isso fiquei curioso e fiz algumas pesquisas, só atrasadas pelo maléfico vírus gastro-destruidor.

Um pouco de história.
O fenómeno dos sons começa no final da década dos ’70, quando alguns radio-amadores detectam um som esquisito que faz lembrar aquele produzido pelo pica-pau, pelo que o som fica conhecido como Woodpecker sound (literalmente: som do pica-pau).


Mais tarde é descoberto que o som tem origem na União Soviética: de facto, é o fruto das experiências dos Russos com um novo aparelho, o Haarp de Moscovo. São estas as primeiras emissões de ondas sonoras em direcção à ionosfera. Também os Americanos constroem um aparelho parecido, o Haarp do Alaska, e a partir dai é tudo uma corrida para atirar feixes de radiações para a ionosfera e produzir ondas Elf, de frequência muito baixa.

As ondas Elf (3 Hz – 30 Hz) não têm nada de ficção científica e podem ser desfrutadas em vários empregos: exploração mineira e comunicação, por exemplo. Mas as Elf são também as mesmas ondas produzidas pelo cérebro, pelo que surge uma questão: será possível influenciar o estado de animo das pessoas com as ondas Elf?

E será possível que uma parte dos vídeos “dos sons” seja relativo a um fenómeno real, talvez umas experiências secretas para o controlo populacional? Sabemos que Ingleses e Americanos nunca tiveram problemas em utilizar os próprios cidadãos como “voluntários inconscientes” em casos como estes.

Não pode haver uma resposta definitiva, tal como não é possível excluir a priori um fenómeno natural (há quem fale da ressonância de Schumann, por exemplo): o que é possível é seguir o rasto dos acontecimentos.

Os primeiros interessados foram os moradores de Bristol, Reino Unido, que notaram durante um longo período de tempo (final da década de ’70), a presença dum som de baixa frequência, o assim chamado Bristol Hum. Nem todos conseguiam ouvi-lo, pois o som ficava nos limites inferiores do audível, mas alguns não conseguiam dormir, ler; outros ficaram deprimidos ou abandonaram a cidade, houve até um caso de suicídio.

Nos anos ’90 ficou conhecido o caso de Taos, no New México (EUA), com as mesmas características do homologo “hum” de Bristol.
Poucos anos depois foi a vez do Kokomo Hum, Indiana (EUA), e em 2006 Auckland (Nova Zelândia) e em 2011 alvos foram o condado de Durham (Reino Unido) e Windsor (Canada).

Apesar da cobertura mediática, em nenhum caso foram iniciadas investigações por parte das autoridades e os fenómenos permanecem sem explicação. Os cidadãos das zonas afectadas tiveram que pagar do próprio bolso técnicos especializados para demonstrar a realidade dos fenómenos.

Não há muito mais para acrescentar: tentativas de explicação não faltam, desde o movimento do magma no subsolo até a actividade solar, mas são todas especulações sem um mínimo de fundamentação, por enquanto.

O fenómeno dos sons de baixa frequência é real, apesar dos inúmeros falsos presentes em internet, e ainda falta encontrar uma explicação.

Ipse dixit.

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Fontes: Wikipedia (versões inglesa e italiana), The Guardian, Luococomune