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França: AA. Portugal: Eheh.

Admito: era uma previsão simples. Mas estava certa. O novo alvo das agências de rating é a França.

Depois de várias de ameaças, a França perde a notação máxima, tal como Áustria, passando ambas para AA.
Ainda não foi, contudo, emitido qualquer comunicado por parte da agência de ratings americana.
A Reuters já tinha anunciado que a S&P estava a avançar com o corte dos ratings soberanos dos países da zona euro e dos dezassete apenas dois escapam.
Alemanha, Holanda e Luxemburgo foram poupados segundo a agência francesa.

Alemanha, Hollanda e Luxemburgo escaparam…esquisito, não é? São os mesmos Países que, segundo as previsões, poderiam fazer parte do mesmo bloco de Berlim caso a Zona Euro explodir.

Em Dezembro de 2011 a S&P colocou 15 países sob um outlook negativo (França e Alemanha estavam incluídos), e defendeu que o stress sistémico estava a aumentar à medida que as condições de crédito se tornavam mais difíceis entre os 17 da zona euro. Desde esse momento o Banco Central Europeu tentou conferir alguma liquidez à banca através de compra da compra de títulos a três anos.
Nessa altura a agência de rating afirmou que iria inclusivamente, descer o ratings do Fundo de Estabilidade económica e financeira (FEEF).
Portugal está entre os 15 países colocados sob perspectiva negativa pela S&P. Foi considerado lixo pela Moody’s em Julho e pela Fitch no passado em Novembro. Até agora apenas a S&P mantém o rating de Portugal na escala BBB.

Pois, Portugal…Portugal está melhor e aqui vai o sinal que aponta para esta direcção: o ex-ministro Eduardo Catroga será recompensado por ter participado nas negociações com a troika com um salário anual de 639 mil Euros, mais ou menos 45 mil Euros por mês.

É uma boa notícia: só um País rico e fora da crise pode pagar os próprios dependentes 100 vezes o salário mínimo nacional.

Cá está, a retoma.
É tempo de festejar.

Ipse dixit.

Fontes: Dinheiro Vivo, Público