Ohé , ohé, ohé pessoal, mas que é isso?
Ponto da situação.
Nestes dias temos:
Chuva de meteoritos |
- Elenin, o cometa assassino que com os seus alinhamentos deve provocar (e na verdade já deveria ter provocado, segundo os “fieis”…) maremotos, tsunamis, terremotos catastróficos e entupimento dos esgotos em todo o planeta.
- O Presidente afro-americo-irlandês Barack Obama que voa até Denver onde, segundo os mais informados, debaixo do aeroporto há um enorme bunker tão secreto que todos sabem onde fica. Mas como o bom Obama não é parvo, vai esconder-se mesmo aí.
- O Presidente, sempre o mesmo afro-americo-irlandês, que declara o Defcon 1, que não é o 1º Congresso dos Deficientes (Def + Con) mas o máximo estado de alerta para as Forças Armadas dos Estados Unidos.
- Na mesma altura, sempre em Denver, um simulacro que envolve as forças militares mais 81 agências de defesa e de protecção civil dos Estados Unidos (uma exercitação enquanto houver um Defcon 1? Mas qual é a mente tarada que imagina estas coisas?).
- Um satélite da Nasa que farta-se de dar voltas no espaço (está frio lá fora!) e pensa bem antecipar o regresso para Sexta-Feira, só que depois fica na dúvida e decide adiar tudo até Sábado, isso é hoje (explicação: ao contacto com a atmosfera o satélite abrandou. Nãoooo, sério??? Mas quem faz as simulações na Nasa, a mulher das limpezas?).
- Uma organização de desequilibrados mentais que afirma ter programado bombas nucleares que vão explodir onde? Em Denver, claro.
- Os lideres mundiais em recess (que não é a recessão, esta é exclusiva de Grécia e Portugal por enquanto) até o dia 10 de Outubro.
- Vozes dum próximo violento terremoto “provocado” para o dia 27 de Setembro (alvo privilegiado: Portugal, como se não fossem suficientes os problemas que já existem…).
- As Forças Armadas da Holanda que pela primeira vez em dez anos estão numa exercitação até o dia 7 de Outubro.
- Ah, e depois temos a Terra que passa no meio dos restos de Elenin no dia 27 de Setembro, claro, não podia ter faltado o regresso do cometa assassino .
Impacto cósmico |
Esperem um segundo: mas não acham demais? Tudo isso, tudo junto? Cometas mortais, terremotos catastróficos, bombas nucleares, satélites em queda? Mais nada?
Sei lá eu, um pouco de gripe não? E porquê não? O que é que o Leitor tem contra a gripe? O Leitor é racista, discrimina a gripe, é isso?
Não fico preocupado com estas vozes, a maioria das quais não tem fundamento. Pois vejam:
- Elenin teve um encontro aproximado com o Sol e queimou-se. Da próxima vez terá de ficar mais atento.
- O Presidente afro-americo-irlandês vai estar em Denver, não é a primeira vez que isso acontece e mesmo assim conseguimos sobreviver até hoje. Será que vai a Denver para esconder-se como uma lebre na toca ou será por causa dalguns congressos que prevêem a participação de grandes multinacionais (será mesmo um Def+Con?)
- O mesmo Presidente afro-americo-irlandês não proclamou o Defcon 1 pois esta é uma notícia fruto das mentes alucinadas dum blog alucinado com leitores alucinados.
- Em Denver vai haver um simulacro das Forças Armadas. Problema: nos últimos anos um simulacro traz azar (se assim desejarmos ler a coisa), vejam-se os casos do 11 de Setembro 2001, metropolitano de Londres poucos anos depois, Oslo ainda este ano. Este é um ponto que pode preocupar, mas não é o primeiro simulacro desde 2001…
- O satélite vai cair, espero não em cima do meu computador porque acabaram de arranja-lo e levá-lo outra vez ao Luís seria aborrecido (“Desculpa Luís, importa-te de retirar os pedaços do satélite? É que assim não consigo jogar ao sudoku”); mas não é a primeira vez que isso acontece. E, embora a Nasa pudesse estar um pouco mais atenta com o seu lixo espacial, até agora a verdade é que ninguém ficou aleijado. E talvez chegou a altura de assumir pessoal competente e deixar descansar a mulher da limpeza, coitada, que merece.
- Dos desequilibrados das bombas em Denver nem vale a pena falar, devem ser os mesmos que lêem o site alucinado.
- Os lideres mundiais não estão em recess. Sim, verdade: Zapatero tem a agenda livre nos dias 27 e 28 e também o Parlamento inglês. Mas Angela Merkel, por exemplo, estará na Eslováquia, mesmo nos dias 26 e 27; a Rainha de Inglaterra Elizabeth II estará de visita na Austrália (esqueceram de avisa-la?) enquanto as Nações Unidas não têm nada de programado entre 17 de Outubro e 25 de Novembro também: mas isso não significa que seja a data do próximo fim do mundo, o segundo neste caso. (Pessoal, todos temos um computador, façam trabalhar a máquina, há mais na internet além dos jogos no Facebook…ehi, mas se todos fizessem pesquisas, então ninguém estaria a ler o meu blog…ordem revogada: concentrem-se no Facebook, repito, concentrem-se no Facebook).
- Encontrei esta ideia do terremoto no bom blog Para Mim Tanto Faz: e o autor admitiu nos comentários ter sido uma conversa imaginária.
- Forças Armadas Holandesas: até que enfim, que dizer, 10 anos entre uma exercitação e a seguinte? Percebo ser um País pacífico, mas com o clima que há por aqui, melhor desenferrujar as espingardas de vez em quando, não é?
- Elenin: basta, estou farto disso, já falou-se demais acerca deste assunto.
Tsunami |
Repito, não fico preocupado com estas notícias: mas fico preocupado com estas notícias, todas juntas, no mesmo período. E como acredito pouco no acaso, não acho uma simples coincidência.
É como se alguém tivesse decidido aumentar o nível de tensão, quase de repente.
Porquê? Boa pergunta. Não sei, óbvio.
Mas não podemos esquecer algumas coisas: estamos a caminho de tempos difíceis.
Como assim? Já não são suficientemente complicados?
Talvez não.
Guerra nuclear |
A crise começada em 2008 e nunca acabada vai piorar, isso parece claro.
A principal economia do planeta arrisca implodir por causa do peso dum sistema económico-financeiro não sustentável: e quando isso acontecer (se acontecer, óbvio) vai ser bem pior dum cometa assassino. Entretanto, a Zona Euro está prestes a perder a primeira peça (a Grécia) e a China fornece dados ambíguos.
Em breve haverá uma votação fundamental para o destino do Médio Oriente e, consequentemente, da Paz mundial: falo, óbvio, do reconhecimento do Estado da Palestina no âmbito da ONU.
Em caso de votação, os Estados Unidos ficarão aos olhos do mundo como os maiores responsáveis pelo fracasso (já anteciparam a própria intenção de veto), mais ainda do que israel, cuja posição é implícita.
Quais consequências pode trazer esta situação? Não sei, mas não consigo imaginar coisas simpáticas.
Invasão alienígena |
A guerra na Líbia acabou (mais ou menos) e os olhos estão focados na Síria, no Irão (olha que novidade) e até no Paquistão que faz voz grossa (o rugido da pulga). Não ficaria nada surpreendido se nos próximos tempos houvesse novas “intervenções humanitárias”.
Mas atenção: é um jogo perigoso que pode tornar uma trovoada local numa tempestade de mais vastas proporções.
Podem ser estas as razões pelas quais é preciso distrair os olhos e as mentes dos telespectadores?
Não sei, sério. Além destas haveria outras razões também, e não poucas.
Mas a sensação é que algo esteja para acontecer. E a sensação é que seja algo de pouco exótico e de muito mais “humano”.
Um salto em frente? Quem sabe, se calhar a sociedade está “pronta” para a nova etapa.
Goste ou não goste.
Gripe |
Ou talvez estejamos perante algumas coincidências e nada mais.
Talvez este clima de “Ano Mil” é apenas o fruto do medo e das preocupações nas quais vivem boa parte dos cidadãos dos Países mais “avançados”: o desejo que algo mude, e depressa, com um estilo quase bíblico e catártico.
Os cenários de terror como espelho dos nossos desejos escondidos e da consciência colectiva?
O medo começa a fazer efeito, fomos bons alunos, não fomos?
Espero estar errado.
Não é por nada, é que acabei de arranjar o computador…
Ah: bom fim-de-semana!
Actualização das 09:30 de Sábado.
O primeiro evento já foi-se, o satélite da Nasa caiu , no Canada.
48 horas antes: a agência espacial exclui a América do Norte como possível lugar do impacto.
24 antes: pois, o lugar mais provável é a Italia.
12 antes: é o Chile, sem dúvida.
6 horas antes: é a África do Norte, é evidente.