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Nova Ordem Mundial?

Existe a Nova Ordem Mundial?

Pode parecer uma pergunta retórica para quem trata de informação alternativa, mas assim não é: tratar de notícias que os media mainstream ignoram ou até falsificam não significa obrigatoriamente acreditar numa Nova Orem Mundial

Nova Ordem Quê?

Além disso existe confusão acerca do assunto.
O facto é que uma Nova Ordem Mundial parece improvável nesta fase histórica e talvez na próxima.

Os apoiantes da NWO (New World Order, Nova Ordem Mundial em Inglês) gostam de lembrar o antigo Presidente Bush (o filho) que citou expressamente o termo.

Mas ao observar a realidade podemos ver como os Estados Unidos sejam actualmente um País em crise, obrigados a enfrentar graves problemas orçamentais, incapazes de solucionar o dilema dos milhões de desempregados e com um tecido produtivo que em boa parte emigrou.

Na altura dos dois Bush, os EUA tinham acreditado possível acompanhar de perto a China e Rússia para ganhar o controle do Médio Oriente.
Não apenas não conseguiram, obrigados a guerras contínuas para estabelecer um predomínio territorial mas não político, como ao mesmo tempo vimos que a China, por exemplo, criou laços comerciais muito significativos com a América Latina; subtraindo este continente, em parte, ao controle de Washington que tinha durado 40 anos.


A Rússia, enquanto o Tio Sam estava empantanado no Iraque e no Afeganistão, começou a estabelecer laços cada vez mais estreitos com a Europa Ocidental; enquanto a China começou uma ampla penetração no mercado no Mediterrâneo, e ameaça o que foi, ao longo dos últimos 70 anos, o mais importante protectorado americano.

Assim, Washington teve que recuar e mudar estratégia.
Abandonada a guerra ao terrorismo, enterrado definitivamente o simpático Bin Laden, a nova aposta são agora as “revoluções coloridas”, o caos no Médio Oriente, para tornar mais difícil o controle por parte do adversário (pois sabemos que a CIA está no seu elemento quando houver caos).

À procura duma exit strategy no Afeganistão, quase abandonado o Iraque, os Estados Unidos estão agora a tentar defender o último reduto, a Europa.

A Nova Ordem Ocidental

Não podemos ficar enganados com uma visão reduzida: Estados Unidos, Europa e Sul América não são o mundo, apenas uma parte dele.

E se estamos à procura duma NWO, acho que é aqui que temos de procurar, onde foi tentada a implementação: mantendo regimes atrasados no Sul América, criando a União Europeia no Velho Continente.

Com sucesso? Sim, ao longo de algumas décadas com sucesso.
Com a globalização, com a tentativa de eliminar os resíduos nacionalistas, concentrando o poder em poucas e bem conhecidas mãos, foi criada uma Nova Ordem Mundial. Embora o adjectivo “Mundial” seja enganador: melhor seria falar de Nova Ordem Ocidental.

Neste caso sim, há uma Nova Ordem.

É só ligar a televisão: os assim chamados format espalham os mesmos programas nos Estados Unidos, na Europa, no Sul América. Quem tem uma antena parabólica pode ficar surpreendido com a qualidade extremamente homogénea da programação.

E quem entender idiomas estrangeiros, sabe que os diários reportam as mesmas notícias, de forma invariável (doutro lado as agências de notícias não são muitas, e todas controladas).

Publicidade invasiva; cartões de crédito, cartões de pontos, cartões de descontos; a ideia de que a globalização é o futuro, o nacionalismo é mau, somos todos iguais, multiculturalismo como nova religião, a Democracia como máximo desenvolvimento da civilização.

E quem pensar o contrário é fascista, reacionário ou anti-semita (pois não podemos esquecer Israel)..

Mas as coisas estão a mudar, e com uma certa pressa.

Os protectorados sul americanos e europeus estão a ferver. Há um ar novo, enquanto as velhas hierarquias estão a desmoronar: é o fim da Nova Ordem Mundial americana.

Os mesmos Estados Unidos são hoje uma potência militar, a primeira no planeta, mas nada mais do que isso.
Já não podem exibir uma capacidade produtiva digna deste nome, e o sistema económico financeiro que criaram e difundiram está à beira do colapso.

Na Europa, por exemplo, apesar das tentativas de Soros, as tendências nacionalistas e euro-asiáticas estão cada vez mais fortes. E isso apesar dos advertimentos (os “indignados” espanhóis financiados por Washington, o recente atentado na Noruega).

A tentativa americana de manter a Europa separada do Oriente, bem sucedida até hoje, já mostra falhas e cada vez mais Europeus estão conscientes de que o futuro “natural” está na Rússia, na Índia, na China.

Mas é uma batalha perdida, tanto aqui como no Sul América: como afirmado, a potente máquina militar pode exercitar um controle territorial, não ideológico. E cedo ou tarde (mais cedo do que tarde), também os militares americanos deverão enfrentar as dificuldades económicas que, por enquanto, atingem apenas a população.

Até poucos meses falava-se duma união entre México, Estados Unidos e Canada.
Até poucos meses na mesa havia o projecto duma moeda única para ser utilizada nas trocas comerciais entre Europa e América. Projecto para reforçar os fundamentos da Nova Ordem Ocidental.
Parecem ilusões distantes, mas são coisas de poucos meses atrás.

O que sobrará da Nova Ordem Mundial americana quando até a máquina militar for enfraquecida?
Qual o futuro de Israel, totalmente isolado num ambiente hostil, sem o suporte do único verdadeiro aliado?

Não parece que os EUA possam ser o novo ponto de referência numa eventual NWO, não antes de terem solucionado a grave dicotomia entre economia real e artificial: dum lado empresas privadas que somam lucros atrás lucros, do outro uma sociedade em crise, que não encontra um rumo e que, evidentemente, já não consegue pagar as contas dum modelo económico que parece ter alcançado os limites.

A Europa? Mas por favor…
A China, a Índia? Demasiado cedo.
A Rússia, Sul América? Mesma coisa.

Depois da NWO

E que tal os Rothschild?
Quando se fala de Nova Ordem não é possível não falar da família que gere o mundo ocidental, simplesmente.

Quem não liga ao assunto NWO, quem não se interessa de perceber o que há atrás das instituições financeiras, vê na família apenas um entre os muitos conjuntos de pessoas ricas. Mas não é assim.
E a dúvida agora é: que farão os Rothschild?

A resposta não parece tão complicada: ou conseguirão infiltrar-se nos tecidos económicos, políticos e directivos dos Países em desenvolvimento, ou serão obrigados a concentrar-se nos destroços dum mundo que está a extinguir-se.

Mas, claro está, as coisas terão que mudar.

A bonita história do eterno crescimento tem os dias contados.
E para manter o actual status será preciso reforçar o controle, com menos liberdade individual. Porque, caso contrário, não será fácil convencer os cidadãos de que o Estado é uma estrutura obsoleta, é preciso trabalhar mais e ganhar menos, as reformas não podem ficar tão altas, é normal ter milhões de desempregados, os bancos não podem ser tocados, etc.

Previsão simples simples: não vai funcionar e o ponto de ruptura pode ser alcançado muito em breve.

E os maçones, as forças obscuras, os Bildergberg, a linhagem da casa real inglesa? Que farão?

Do meu ponto de vista a pergunta é outra: não “que farão”, mas “que fazem”?
Além das tentativas de Soros, não se consegue ver muito mais. O atentado de Oslo também vai na mesma direcção. Mas é tudo?
Parece que sim.

Não é pouco para quem, em princípio, quer dominar o mundo? Este é o máximo esforço que os grupos “todos poderosos” conseguem pôr em campo?

O Ocidente está a desmoronar e a resposta é a) o ataque à moeda europeia  b) o assassinato de 100 pessoas na Noruega?

Se de Nova Ordem Mundial desejamos falar, então acho que devemos distinguir em:
Nova Ordem Ocidental (bloco EUA, Europa; Américo da Sul, alguns Países árabes)
Nova Ordem Multinacional (as grandes companhias)

A primeira, como dito, encontra-se em plena fase de decomposição.
A segunda é bem mais poderosa mas…mas afunda as próprias raízes no modelo económico que está a ruir. Conseguirá sobreviver a este último?

Não será fácil, pois o futuro é multipolar.
Multipolar significa muitas ideias. E onde houver ideias há pouco espaço para os totalitarismos, políticos, financeiros ou outros ainda.

É difícil, sem dúvida. Mas talvez chegou a altura de re-pensar a nossa visão do Mundo. Os velhos fantasmas ainda aqui estão, mas têm os dias contados. O que estamos a ver são os últimos espasmos dum corpo em putrefação.

É só tapar o nariz e olhar para frente.

Ipse dixit.