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EUA: algo não bate certo…

Acabou de sair o relatório Personal Income and Outlays do BEA (The Bureau of Economic Analysis) de Maio. O dato mais importante é o PCE (Personal Consumption Expenditures), os consumos pessoais, cujas percentagens são analisadas meses apôs meses.

É um dado importante, pois é uma das componente que compõem o PIB dos Estados Unidos.

Em Maio os consumos pessoais baixaram 0,128% em relação ao mês anterior.
E em Abril já tinham baixado -0,063%.

Percentagens baixas, pode dizer o Leitor.
Sim, baixas: mas não podemos esquecer que o PCE é utilizado nas previsões para o futuro PIB; e como a correlação entre PCE e PIB é igual a 70%, isso significa um PIB negativo  ao longo do segundo trimestre de 2011 e um valor anual (sempre para o presente ano) de zero.

Apenas 5 dias atrás, a Federal Reserve avançava com uma projecção de crescimento de 2,7 e 2,9 % no mês de Junho.
Aliás, vamos ver quais as previsões da Fed relativas a vários assuntos.

Ah, pois, meus senhores, não há nada a fazer: esta é uma retoma e ponto final.

Verdade: o PIB cresce pouco, apesar dos vários Quantitative Easing.
Verdade: o nível de desemprego parece aquele dum País do Terceiro Mundo.
Verdade: a inflação cresce (até nas previsões oficiais!) mais depressa do que o PIB.
E agora vamos também juntar o último dado, o tal PCE, que simpático não é de certeza.

Mas ao não considerar este pormenores, podemos confirma: é uma retoma.

Para acabar, ainda acerca do PCE: observem a assustadora curva deste dado ao longo dos últimos três anos:

Será bom não esquecer que estamos a falar do motor da economia mundial.

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Fontes: Rischio Calcolato, Calculated Risk