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O Nomes – Parte IV

Quarta e última parte do artigo Os Nomes.
Boa leitura!
Onde decidem

Peter Sutherland

As ordens para ser dados aos políticos e aos bancos são decididos por lobistas em reuniões de clubes exclusivos.

Não é a Maçonaria, que certamente é disseminada nos clubes, mas não é a mãe deles.

As reuniões podem ser informais e realizar-se em Fundações ou nas Lobby acima referidas, mas em alguns casos tomam a forma de grupos institucionalizados.

As principais são:
a Comissão Trilateral, Bilderberg Group, o Aspen Institute e o World Economic Forum.

Recolhem a ‘Globocrazia’ ocidental (citação da The Economist), cujo poder não precisa de explicações, basta ler quem forem estas pessoas.

Apenas alguns deles:  

Henry Kissinger

Peter Sutherland (ex-Goldman Sachs, UE, Bilderberg), David Rockfeller (Trilateral., Bilderberg), Paul Volcker (ex Federal Reserve, Aspen, Trilateral, Bilderberg), Leon Brittan (ex-Comissão Europeia, Trilateral), Henry Kissinger (Aspen, Trilateral, Bilderberg, World Economic Forum), John Micklethwait (Director de The Economist, Bilderberg). Zbigniev Brzezinski (ex-governo dos EUA, Trilateral) Henry Paulson (ex-governo EUA, Bilderberg ), Edmond de Rothschild (Bilderberg ) Ben Bernanke (Federal reserve, Bilderberg ) Bill Clinton (World Economic Forum), Etienne Davignon (Bilderberg ) John Negroponte (ex-diplomata dos EUA, Trilateral), Karel de Gucht (Comissão Europeia para os Negócios, Bilderberg), Condoleezza Rice (ex-governo EUA, Aspen, Trilateral, Bilderberg), Jean Claude Trichet (Banco Central Europeu, Bilderberg), Timothy Geithner (Monisterio do Tesouro EUA, ex Trilateral, Bilderberg), Larry Summers (ex-governo EUA, Bilderberg), Carl Bildt (Ministério Negociso Estrangeioros Suécia, Trilateral, Bilderberg). Joaquin Alumni (Comissão de Concorrência da UE, Bilderberg), George Soros (Wordl Economic Forum), Carlos Ghosn (Renault, World Economic Forum), George Papaconstantinou (Ministerio Finanças Grécia, Bilderberg), Letmathe Peter Brabeck (Nestlé, World Economic Forum), José Zapatero (primeiro-ministro Espanha, Bilderberg), Cynthia Carroll (Anglo American, World Economic Forum), Josef Ackermann (Deutsche Bank, Bilderberg), Neelie Kroes (Comissão da UE para o digital, Bilderberg), Christine Lagarde (Ministerio Finanças França, Bilderberg), Bill Gates (Microsoft, Bilderberg). Donald Graham (Washington Post, Bilderberg), Robert Zoellick (Banco Mundial, Bilderberg).

As universidades que gravitam em torno do Fórum Econômico Mundial, são nada menos que:  
Columbia, Johns Hopkins, London School of Economics, Georgetown, Harvard, Tokio Univ., ETH Zurigo, Oxford, Stanford, MIT, Yale, Cambridge, Chicago Univ. .

Quem recolhe

David Rockfeller

Quem ganha como tudoisso? Quem financia The Machine?

No Neomercantilismo ganham todas as grandes empresas, por isso é inútil aqui fazer uma imensa lista, mas é importante realçar como estas sejam principalmente as que capitalizam com a exportação e que, agora, estão de olho nos mercados da China, do Brasil, da Índia, dos Estados emergentes da OPEP.

O mecanismo é a deflação dos salários obtida através da criação de massas de desempregados (na UE são mais de 23 milhões) e subempregados.

Eis o mecanismo infernal criado: 

  • com os fantasmas da dívida e do défice ficam paralizadas as despesas do Estado em favor dos cidadãos, 
  • são impostos cortes nos serviços sociais e nos salários (na UE, ainda mais porque o Pacto de Estabilidade estrangula os Estados os quais são punidos e obrigados a cortes selvagens); 
  • os cidadãos ficam mais pobres, as pequenas e médias empresas não vendem, despedem, favorecem a precariedade e baixam os salários; 
  • o Estado deveria intervir no social mas com a deflação dos rendimentos recebe menos impostos, isso aumenta o deficit, por isso mais cortes no social e nos salários, vendas ainda mais em baixo e para baixo também lucros das pequenas e médias empresas e salários: 
  • mais desempregados e, novamente, mais desempregados/subempregados que competem por um salário. 
  • Nesta altura o neomercantilismo indústrial pode chantageá-los e empregá-los com salários baixos/indecente. 
  • Não só, mas é imposta uma produtividade exasperada que faz com que as pessoas trabalhem menos para produzir a mesma quantidade de coisas, por isso menos empregos e mais chantagens com a massa dos desempregados.

Bill Gates

As grandes corporações que beneficiam desta situação são os “mostros” internacionais, como a Renault, Siemens, Boeing, Microsoft, Electrolux, Vodafone, General Electric, Procter e Gamble, Alcoa, Caterpillar, Volkswagen, Benetton, Luxottica, Fiat.

No entanto, é bom não esquecer que as políticas de deflação salarial das corporações neomercantis da Alemanha e da França são imediatamente refletidas nos salários das empresas não directamente neomercantis.

Com a monopolização da falsa concorrência, ganham em especial os mostros do agronegócio, como Cargill, ADM, Bunge, Potash Corp, Monsanto, Syngenta, Bayer, Dow, Basf, AGCO, John Deere, New Holland, que já conquistaram o monopólio do mercado de sementes, pesticidas, fertilizantes, equipamentos agrícolas.

Da destruição dos Estados e da soberania económica destes ganham: em primeiro lugar os investidores que compram a preços de saldo o patrimonio público privatizado pelo Estado, na desesperada corrida para encontrar receitas e acalmar os fantasmas da dívida e do deficit (induzidos artificialmente, como descrito acima ).

Muitas vezes os investidores passam pela mediação dos bancos de investimento ou estes estão implicados nessas aquisições, numa incrível trama de especuladores e bancos na qual circulam sempre os mesmos em mil diferentes configurações.

Os nomes dos maiores entre estes são os gigantes:
Goldman Sachs, JPMorgan Chase, Morgan Stanley, Bank of America, Barclays Capital, Credit Suisse, Deutsche Bank, UBS, HSBC, BNP Paribas, ING Groep, Banco Bilbao, Rabobank, Banco Santander, Nomura, Wells Fargo, Societé General, Lloyds TSB, Unicredito, Intesa Sanpaolo, Mediobanca, Eidos Capital.

Além dos Neomercantilistas, onde no já citado círculo infernal circulam os Estados obrigados pela ideologia neoliberal e pela cilada do Euro a destruir os salários, derrubar as empresas, as quais despedem, etc. etc.,  também ganham os especuladores financeiros de alto risco.

Estes são especializados em apostas financeiras chamados “derivados” contra (o insustentável) Euro, contra os nossos mercados em colapso, contra qualquer coisa acerca da qual possa ser possígvel apostar.

Reúnem-se nos Hedge Funds, capazes de levar para casa somas inimagináveis, como os doze mil milhões de Dólares ganhos pelo Hedge Fund John Paulson, obtidos ao especular na crise financeira que o seu parceiro Goldman Sachs tinha causado.

Ou seja, um amigo meu à noite parte o vidro do leitor, em seguida de manhã eu ganho a aposta que tinha feito: o vidro do leitor ia ser quebrado.

Mas há um lado grotesco neste história:  porque as apostas dos Hedge Funds contra a Zona Euro alarmam as agências de rating, como a Moody’s ou Fitch, que são aquelas que em seguida dão o voto aos membros da Zona Euro.

Então, tendo os Hedge Funds apostado contra a Grécia, por exemplo, Moody’s conclui que o País é instável e prontamente faz um downgrade da Grécia.

Mas o downgrade faz precipitar ainda mais a situação, os especuladores apostam vada vez mais na falência da Grécia e Moody’s conclui que a situação doe Atenas é mesmo instustentável.

Os Hedge Funds ganham montantes loucos  com estas apostas, e tudo é feito à custa de imenso sofrimento social.
Os nomes?
JP Morgan, Bridgewater, John Paulson, Soros Fund, Man Group, BlackRock, Goldman Sachs Asset Management, Blue Crest, Magnetar, Tricadia, Generali I.A., Pirelli.

Apenas um pormenor: em Italia, os Hedge Funds forma introduziod pelo terceiro governo da decimeterceira legislatura, uma colaição liderada por Massimo D’Alema (do PDS, Partido Democrárico da Esquerda), tendo como aliado o PDCI (Partido Dos Comunistas Italianos).

Isso para as pessoas que ainda acreditam nas diferenças entre Esquerda, Centro e Direita…

Conclusão

Este manual não é de forma nenhuma exaustivo, mas certamente forma um mapa de nomes que costumam esconder-se atrás de frases vagas como “o sistema”, a “cúpula do poder” ou simplesmente “os poderosos”.
É o mapa do verdadeiro poder, com as suas idéias e os nomes.
Agora também o leitor sabes quais.eu sei.

Espero que fique claro que os poderes menores, como os governos nacionais por exemplo, as castas profissionais ou até mesmo o crime organizado não decidem o nosso destino. São os verdadeiros poderes, isso é,, os nomes que podem encontrar nesta lista.

A nossa tarefa é fazer o que sempre foi feito al olongo da História: combate-los.
Eles aboliram a democracia.

Lembramos quais as partes já publicadas:
Os Nomes – Parte I
Os Nomes – Parte II
Os Nomes – Parte III
 
Ipse dixit.

Fonte: Paolo Barnard