Ihor Kolomoysky, a ligação entre Hunter Biden e Volodymyr Zelensky

O interessante Off-Guardian, publica o pouco interessante On the Edge of a Nuclear Abyss (“À beira de um abismo nuclear”), no qual o autor Edward Curtin afirma:

Já não me parece um exagero que, no império americano em declínio, os loucos possam recorrer, como ratos num navio a afundar-se, à utilização de armas nucleares como primeiro recurso, que é então a política oficial dos Estados Unidos.

Curtin conhece o assunto sem dúvida mais do que eu, mas continuo a achar que a opção nuclear não faça parte dos planos de ambos os lados. Sobretudo do lado dos EUA, que eventualmente têm o todo o interesse em tornar a Ucrânia um novo Afeganistão para o Russos. É nesta optica que é possível explicar o envio de combatentes de Al-Qaeda, até agora empenhados na Síria, ao lado das tropas ucranianas, via Turquia (membro da NATO).

Dado que Moscovo conhece estes “truques” como ninguém e que, tal como os EUA, levou pancadas com a guerrilha no Afeganistão, é provável que em breve possa haver novidades acerca do desenvolvimento da guerra na Ucrânia, inclusive um abrangente cessar-fogo que possa dar mais espaço à diplomacia: os ataques das últimas horas contra as cidades poderiam significar que a Rússia tenciona apresentar-se à mesa das negociação num posição de ainda maior força.

Então vamos ver o outro lado, aquele ucraniano. Alem das caras apresentadas pelos órgãos de informação, quem é que move os fios em Kiev? Reposta: várias pessoas. Vamos conhecer melhor uma delas, sem dúvida uma das mais importantes na Ucrãnia dos últimos anos pois liga nome famosos.

Para já: um salto atrás, mas de pouco.

O filho do Presidente

O verdadeiro “chefe” do filho do Presidente Joe Biden, Hunter Biden, na empresa de gás ucraniana Burisma Holdings não era o CEO da mesma empresa, Mykola Zlochevsky, mas sim Ihor Kolomoysky, que fazia parte do governo ucraniano que a própria administração Obama tinha acabado de instalar na Ucrânia, naquele que o chefe da “CIA privada” Stratfor correctamente definiu como “o golpe mais sensacional da história“.

Pouco depois do golpe ucraniano da Administração Obama, a 2 de Março de 2014, Kolomoysky, que apoiou o derrube do então Presidente Yanukovich, foi nomeado Governador de Dnepropetrovsk, na Ucrânia. Hunter Biden, sem experiência na indústria ou na região, juntou-se à Burisma Holdings de Kolomoysky dois meses mais tarde, a 12 de Maio de 2014.

Um estudo de 2012 realizado na Ucrânia pelo Centro de Acção Anti-Corrupção (ANTAC), uma organização de investigação sem fins lucrativos co-financiada pelo bilionário George Soros e pelo Departamento de Estado norte-americano, concluiu que o verdadeiro proprietário da Burisma Holdings não era outro senão o bilionário ucraniano o oligarca Ihor Kolomoysky. O estudo, que tinha sido financiado para trazer à tona a corrupção do ex-Presidente Yanukovych, descobriu que Ihor Kolomoysky “conseguiu adquirir as maiores reservas de gás natural da Ucrânia”.

A Burisma Holdings tinha aparentemente mudado de mãos em 2011, quando foi adquirida por uma empresa offshore de Chipre chamada Brociti Investments Ltd, e subsequentemente mudou de endereço para transferir-se na mesma sede de Ukrnaftoburinnya e Esko-Pivnich, duas empresas de gás ucranianas também de propriedade da Kolomoysky através de entidades offshore nas Ilhas Virgens Britânicas.

Oleh Kanivets, que foi CEO da Ukrnaftoburinnya, confirmou Kolomoysky como proprietário da Burisma Holding no relatório de 2012, ao afirmar: “O Grupo Privat é o proprietário imediato. Esta empresa foi fundada por Mykola Zlochevsky há algum tempo atrás, mas depois vendeu as suas acções ao Grupo Privat”. E Gurupo Privat significa Ihor Kolomoysky.

Portanto, podemos ligar dois pontinhos: o potente oligarca ucraniano Ihor Kolomoysky era o chefe e benfeitor do filho do Presidente dos EUA, Hunter Biden. Vamos acrescentar mais um pontinho?

Zelensky e 1+1 Media Group

Kolmoysky, que detém actualmente um património líquido de 1.8 mil milhões de Dólares (a 1750ª pessoa mais rica do mundo), detém participações nos sectores de metais, petróleo e meios de comunicação. É aqui que entra em cena o actual Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Durante anos, a companhia de Zelensky produziu programas para a rede de televisão de Kolmoysky, o 1+1 Media Group, um dos maiores conglomerados de meios de comunicação social da Ucrânia. Zelensky alcançou fama nacional ao interpretar uma comédia televisiva de sucesso chamada Servant of the People (“Servidor do Povo”), que foi transmitida num canal de propriedade de Kolmoysky.

Em 2019, os canais de Kolmoysky deram um grande impulso à campanha presidencial de Zelensky, enquanto Kolmoysky fornecia segurança, advogados e veículos a Zelensky durante a sua campanha. Os guarda-costas e o advogado de Kolmoysky acompanhavam Zelensky durante a campanha enquanto eram transportados num Range Rover propriedade de uma das empresas de Kolmoysky.

Os Pandora Papers mostraram que o Presidente ucraniano Zelensky e os seus parceiros de produção televisiva eram beneficiários de uma rede de empresas offshore criada em 2012, no mesmo ano em que a empresa de produção de Zelensky celebrou um acordo com o grupo de comunicação social da Kolomoysky, recebendo 41 milhões de Dólares em fundos do banco privado deste último.

O rival político de Zelensky, o Presidente Petro Poroshenko, comentou durante a campanha eleitoral: “O destino pretendia juntar-me ao fantoche de Kolomoyskiy na segunda volta das eleições”.

Após a vitória de Zelensky, Kolomoysky, que tinha passado os últimos anos a viver entre israel e a Suíça, voltou à Ucrânia para manter a sua relação com o novo Presidente, nomeando mais de 30 deputados para o partido recém-formado de Zelensky e mantendo influência sobre muitos deles no parlamento.

Portanto, mais um pontinho que agora liga Ihor Kolomoysky ao filho do Presidente dos EUA, Hunter Biden a ao Presidente da Ucrânia Zelensky.

Kolomoysky: Azov, Aidar, Donbass, Dnipro 1 e Dnipro 2

Igor Kolomoysky tem sido um dos principais financiadores do batalhão Azov desde a sua criação em 2014. Também financiou milícias privadas tais como os batalhões Dnipro e Aidar e destacou-as pessoalmente para proteger os seus interesses financeiros.

Aljazeera:

Antes de se juntar às forças armadas ucranianas, quem financiava Azov? A unidade recebeu apoio do Ministro do Interior ucraniano em 2014, uma vez que o governo tinha reconhecido que o seu aparelho militar era demasiado fraco para enfrentar os separatistas russófilos e recorreu a voluntários paramilitares. Estas forças foram financiadas privadamente por oligarcas, sendo o mais conhecido Igor Kolomoisky, um magnata bilionário da energia e então governador da região de Dnipropetrovska.

Newsweek:

De acordo com um relatório da Amnistia Internacional, grupos nacionalistas ucranianos de direita estão a cometer crimes de guerra em territórios detidos pelos rebeldes no leste da Ucrânia, uma vez que têm surgido relatos nos meios de comunicação locais sobre milicianos a decapitarem as suas vítimas.

Os voluntários armados que se autodenominam o batalhão Aidar “estiveram envolvidos em abusos generalizados, incluindo rapto, detenção ilegal, maus tratos, roubo, extorsão e possíveis execuções”, disse a Amnistia. O batalhão Aidar é apoiado publicamente pelo oligarca ucraniano Ihor Kolomoisky, que alegadamente também financia os batalhões voluntários Azov, Donbas, Dnipro 1, Dnipro 2, que operam sob ordens de Kiev.

Reuters:

Alguns dos batalhões privados da Ucrânia mancharam a reputação internacional do País com as suas opiniões extremistas. O batalhão Azov, parcialmente financiado por Taruta e Kolomoisky, usa o símbolo nazi Wolfsangel como seu emblema, e muitos dos seus membros exprimem abertamente opiniões neo-nazis e anti-semitas. Membros do batalhão falaram de “trazer a guerra a Kiev” e afirmaram que a Ucrânia precisa de “um ditador forte que chegue ao poder e possa derramar muito sangue, mas que una a nação no processo”.

Kolomoysky no Donbass

As zonas de Luhansk e Donetsk são parte duma região maior, conhecida em conjunto como Donbass. Em Maio de 2014, pouco depois do golpe de Maidan da Administração Obama, as duas zonas realizaram um referendo sobre a secessão da Ucrânia, no qual 96% dos habitantes de Lukansk e 89% de Donetsk votaram pela criação de duas novas entidades independentes no leste da Ucrânia.

Moscovo disse que a votação reflectia a “vontade do povo“, mas a União Europeia chamou às eleições “ilegais e ilegítimas“; rapidamente os confrontos tornaram violento e escalaram para um conflito total entre as forças separatistas apoiadas pela Rússia e o exército e milícias pró-governamentais ucranianas.

O Donbass tornou-se então o epicentro de uma guerra pela influência global entre a NATO e Moscovo, na qual casas, escolas, hospitais e civis inocentes eram simplesmente danos colaterais enquanto água, electricidade e gás eram rotineiramente desligados. A guerra em Donbass continua até hoje, com um número total de vítimas que provavelmente ficam perto de 14.000 pessoas, enquanto a região do Donbass ficou desfeita em pedaços.

A Human Rights Watch informou a 24 de Julho de 2014 que as forças governamentais ucranianas e as milícias pró-governamentais tinham usado indiscriminadamente mísseis Grad sem guias em áreas povoadas, o que violava o direito humanitário internacional, as leis da guerra, e constituía crimes de guerra. Enquanto funcionários do governo ucraniano negaram ter usado foguetes Grad em Donetsk, uma investigação da Human Rights Watch no terreno indicou que as forças governamentais ucranianas tinham sido responsáveis pelos ataques, e no início do mesmo mês, os jornalistas de Al Jazeera tinham até filmado as forças ucranianas que usavam lançadores de foguetes Grad na estrada para Donetsk.

Enquanto o batalhão Azov de Kolomoysky liderou o ataque do governo pós-Golpe às repúblicas auto-declaradas de Luhansk e Donetsk, um relatório da Amnistia Internacional de 2014 acusou o batalhão Aidar de crimes de guerra no Donbass, citando especificamente “abusos generalizados, incluindo raptos, detenções ilegais, maus tratos, roubo, extorsão e possíveis execuções”. Em Outubro de 2014, a Human Rights Watch informou que as forças governamentais ucranianas e as milícias pró-governamentais eram responsáveis pela utilização generalizada de munições de fragmentação em áreas povoadas da cidade de Donetsk.

Mark Hiznay, investigador sénior em tecnologia militar da Human Rights Watch:

É chocante ver uma arma, que a maioria dos Países proibiu, utilizada tão amplamente na Ucrânia oriental. As autoridades ucranianas devem comprometer-se imediatamente a não utilizar munições de fragmentação e aderir ao tratado para as proibir.

Isto não quer dizer que só um lado tenha sido culpado de crimes de guerra, uma vez que os separatistas apoiados pela Rússia também foram acusados de utilizar foguetes não guiados, abatimento de aviões civis e ambos os lados foram acusados de numerosos crimes de guerra.

O acordo de Minsk II em 2015 pôs fim ao combates piores e estabeleceu uma zona-tampão em torno das repúblicas separatistas, mas a guerra civil tem continuado a arrastar-se na região até aos dias de hoje. As armas pesadas foram proibidas pelos acordos de Minsk, mas ainda assim foram utilizadas com frequência e com efeitos devastadores. As escolas infantis em Donetsk foram atingidas tantas vezes por bombardeamentos indiscriminados que os porões foram convertidos em abrigos improvisados contra ataques aéreos e os vidros das janelas foram substituídos com sacos de areia. O Donbass tornou-se também um dos lugares mais contaminados por minas escondidas no terreno, o que põe em risco mais de 220.000 crianças entre outros.

Iryna Morhun, directora da escola em Krasnohorivka, que foi atingida directamente:

Bombardear não deixa a psique de uma criança ilesa. As crianças estão traumatizadas. Estão aterrorizadas. Há crianças que se tornam muito emotivas. Expressam os seus sentimento. Por outro lado, há crianças que mantêm esta dor dentro de si. É muito triste ver crianças que deveriam ter uma infância feliz a sofrer por causa desta guerra.

O portátil de Hunter

Retomamos um dos nossos pontinhos, Hunter Biden, o filho do Presidente dos EUA.

O grupo de investigação sem fins lucrativos Marco Polo, que está a compilar um relatório abrangente sobre o portátil de Hunterr Biden, estabeleceu a ligação entre as mensagens de texto de Hunter Biden e os massacres de Kolomoysky no leste da Ucrânia. As mensagens de texto encontradas mostram Hunter que perguntar a Hallie Biden, viúva do seu irmão e agora sua amante, se ela acreditava que houvesse “crianças queimadas vivas em Donetsk” ou “crianças mortas em Donetsk”.

Muito provavelmente, a perguntas eram uma referência a Kolomoysky, o chefe de Hunter na Burisma Holdings que, como vimos, financiava o batalhão neonazi Azov, acusado de crimes de guerra e bombardeamento de civis no leste da Ucrânia. Mas isso significa que o filho do Presidente dos EUA sabia (ou aos menos suspeitava) o que se estava a passar no Donbass, enquanto no Ocidente o silêncio acerca daquela guerra era quase total.

Em 2018, finalmente, o Congresso dos EUA proibiu que armas americanas fossem para o batalhão Azov, aquele que usava insígnias neonazis, que aceitou abertamente os neonazis nas suas fileiras e foi acusado de crimes de guerra ao estilo ISIS, incluindo decapitações. Pergunta: as ajudas da União Europeia em armas excluem os batalhões de Kolomoysky? Ou será que estamos também a armar formações neonazistas?

Em 2016, o banco privado de Kolomoysky (PrivatBank) entrou em colapso no meio de alegações de desvio de fundos e fraude. O fracasso do banco custou ao governo ucraniano cerca de 5.5 mil milhões de Dólares no salvamento. Considerado que a Ucrânia é um País que mal sobrevive graças aos financiamentos ocidentais, adivinhem quem é que pagou aquele dinheiro?

Em 2020, o Departamento de Justiça dos EUA apreendeu as propriedades de Kolomoysky nos EUA após acusar o oligarca de desviar e defraudar milhares de milhões de Dólares do PrivatBank e de os reciclar em propriedades americanas, incluindo uma fábrica de aço no Kentucky, um arranha-céus comercial em Cleveland e uma fábrica da Motorola no Illinois.

Ihor Kolomoysky, modestamente

Mas afinal, quem é Ihor Kolomoysky?

Kolomoysky (por mero acaso um judeu) começou a sua fortuna ao fundar o PrivatBank e a partir de 2008 ampliou as suas actividades até incluir campos como siderurgia, finanças, produtos petrolíferos, meios de comunicação social, não apenas na Ucrânia como também na Rússia e na Roménia.

Kolomoysky tem uma tripla cidadania ucrano-israelita-chipriota, apesar da lei ucraniana penalizar a dupla cidadania. Mas, como o simpático Ihor disse: “A constituição proíbe a dupla cidadania, mas a tripla cidadania não é proibida”.

A estreia no mundo político começou com a aliança entre Kolomoyskyi e Primeira Ministra Yulia Tymoshenko; uma aliança que foi quebrada em 2010), quando Kolomoysky recusou em financiar a campanha eleitoral da Tymoshenko. Mas, ao que parece, já em Setembro de 2007 Kolomoyskyi se tinha tornado um aliado do (então) Presidente Victor Yushchenko, do qual, de facto, financiou a campanha de 2010. Yulia Tymoshenkoe perdeu, afastada do governo e presa, condenada a sete anos de prisão por causa do contrato de fornecimento de gás que ela teria negociado com o então Primeiro-Ministro da Rússia, Vladimir Putin.

A 2 de Março de 2014, o Presidente em exercício Oleksandr Turchynov nomeou Kolomoyskyi Governador de Dnipropetrovsk Oblast. No mẽs seguinte ofereceu uma recompensa pela captura de militantes apoiados pela Rússia e incentivos para a entrega de armas. Na mesma altura gastou 10 milhões de Dólares para criar o Batalhão Dnipro e também financiou os batalhões dos quais falámos antes.

Em Março de 2015, após a demissão de Oleksandr Lazorko (protegido de Kolomoyskyi) como chefe executivo da UkrTransNafta, o operador estatal de oleodutos, homens da milícia pessoal de Kolomoyskyi invadiram a sede da empresa para expulsar do escritório o novo chefe nomeado pelo governo. Enquanto Lazorko estava no comando, os oleodutos estatais tinham estado a entregar petróleo a uma refinaria de propriedade de Kolomoisky, evitando os concorrentes. No final do mesmo mês, o Presidente da Ucrânia Petro Poroshenko assinou um decreto de demissão de Kolomoyskyi do posto de Governador de Dnipropetrovsk.

Depois de ter sido despedido, Kolomoyskyi obteve um passe VISA para os EUA mas passou boa parte do tempo na Suíça e no Chipre. A partir de 2019, Kolomoyski adquiriu 70% do 1+1 Media Group, cujo canal de televisão transmitia a citada comédia Servant of the People com Volodymyr Zelensky.

Kolomoyski é um proeminente apoiante da comunidade judaica da Ucrânia e presidente da Comunidade Judaica Unida da Ucrânia. Em 2010, foi nomeado Presidente do Conselho Europeu das Comunidades Judaicas (ECJC) depois de prometer ao presidente cessante doar 14 milhões de Dólares à organização. Depois de vários membros da direcção do EJCE se terem demitido em protesto, Kolomyski demitiu-se do EJCE e, juntamente com o colega oligarca ucraniano Vadim Rabinovich, fundou a União Judaica Europeia.

 

Ipse dixit.

Nota: pesqusia original de Michael Sallah

Imagem: captura de ecrã de YouTube/Radio Svoboda via Times of israel

9 Replies to “Ihor Kolomoysky, a ligação entre Hunter Biden e Volodymyr Zelensky”

  1. EUREKA!!! Tudo explicado, Max. Será que o Putin não sabe disso? Deve saber muito bem porque sempre é bom saber contra quem realmente se está a lutar. Estas cartografias sociais são indispensáveis. Artigo muito, muito relevante!
    Sempre lembro de alguns alunos inteligentes me perguntando quem dorme com quem, em que cemitério o sujeito a estudar se encontra. E eu passei a pedir a leitura de uma boa biografia, um mapa, o estado da arte no momento em que o sujeito a ser estudado escrevia. Porque grandes pesquisadores são silenciados e outros canonizados.
    E a mídia, nem pensar. A do Brazil, então, consegue ser bem pior que as suas congêneres nos EUA e Grã-Bretanha. Quem consegue se salvar é a mídia alternativa na internet, que vai burlando a censura e tratando a questão Ucrânia com um pouco de sensatez.
    E, não raro, nos pomos a pensar se não haveria outro jeito, a diplomacia ao invés da guerra.
    Alguém consegue pensar que outra coisa além da força bruta resolve para lidar com esse tipo de escória? Sim, tem outro jeito. Eliminar os cabeças da destruição de países inteiros. Mas aí também o pessoal não gosta.
    Inverter a trajetória do vetor medo, me parece uma ótima opção. Quais os ratinhos dispostos a morrer pela paz e prosperidade das nações, pendurando guizos no pescoço dos inúmeros gatos que vicejam por aí ? E morrer no anonimato, tendo vivido apenas com uma coisa de valor: a coragem, a determinação, a verdadeira compaixão pelo seu povo?
    Essa forma de guerra que não expõe os povos mas os protagonistas da desgraça planetária exige muito de alguns dispostos a trabalhar por ela. E são missões suicidas. Só nos filmes os executores são mocinhos que fazem milagres. A vida real exige dignidade., para quem é capaz de possuí-la.

  2. Não é preciso recuar ao passado para o uso de armas em cima das cabeças da população… Ontem foi enviado um missil balistico Tochka-U sobre a população de Donetsh, interceptado mas com mortes, assim como o uso de minas terrestres a uns diass atrás.
    E também há disto no mundo: https://pt.glbnews.com/03-2022/1337085733/

  3. Exemplo mais atual impossível do qto o poder político não passa de um poder fantoche nas mãos do poder econômico-financeiro supranacional (outro nome politicamente correto para que o diabo continue posando de vítima), seja em qualquer lugar ou em qualquer tempo. Mas aí resta uma única pergunta: E Putin? É fantoche de quem? Ou será que estaríamos tratando de um alienígena?

  4. Oi Chaplin: eu diria que Putin é um nacionalista russo com poder, autocrata, aliado a alguns bilionários russos, ao povo russo conservador aos militares e serviços secretos russos, e determinado a levantar o seu povo, manter a soberania do seu país, e tornar a Rússia um país preponderante no mundo. Que eu saiba, Putin não é um judeu, embora aproveite deles o que possa para o alcance dos seus objetivos

    1. Oi Maria. A Rússia sempre esteve entre os 5 países membros do Conselho de Segurança da ONU (antecedida pela Liga das Nações) com poder de veto desde 1920, no pós 1ª Guerra Mundial, portanto exerce preponderância desde então.
      Quanto a ser judeu ou não-judeu fantoche (direto ou indireto) de judeu o resultado é o mesmo.
      A condição de autocrata é uma concessão do poder econômico e cujo limite não temos como saber.
      Já as concepções de nacionalismo e soberania envolvem conceitos extremamente manipulados ao longo do tempo, e que servem, primordialmente, para instigar o belicismo entre as populações ignóbeis…

  5. Oi Chaplin: o poder de veto da Rússia já atrapalhou os planos de muita gente, sabemos, por isso mesmo querem tirá-lo de lá
    Também sabemos que Putin tem muitos amigos magnatas judeus. No mundo da diplomacia/economia muitas vezes já vi gente muito boa ter de se aliar ao diabo para manter um certo equilíbrio, poder contar com gente influente, garantir certas posições ao seu país. Por isso mesmo eu não tenho vocação para cargos políticos, tenho enjoo, vomito.
    Claro que a concessão de autocrata, ou de qualquer cargo político de alto grau, presidente ou que tais, é diretamente ligada ao poder econômico, que é o manda chuva. Estás vendo como convém ter amigos judeus? São eles que mandam…
    Eu e todos que nada temos e nada somos, se temos amigos judeus, em geral são os pobres como ratos traídos pelos seus iguais.
    . Até Hitler tinha muitos amigos judeus, os cultos e milionários.
    Cá comigo era mais vergonhoso para os judeus aliados à meia luz do que propriamente para Hitler.
    Bueno, fico por aqui porque em matéria de judeus, tu és o especialista. Eu me baseio no que observo e em algumas leituras, nada mais. Ah, também porque tive um companheiro nazista, e sempre se aprende alguma coisinha.
    Acho que sim, nacionalismo e soberania são conceitos e práticas por demais manipulados, muitas vezes servem para instigar o belicismo.

    Oi Max: que tal artigo sobre estes conceitos/práticas? Conversando com o Chaplin, lembrei disso agora.

    1. Oi Maria! Nessa linha de sugestão, me proponho a ocupar os espaços dos comentários com um conteúdo sobre como os judeus se vincularam na região em foco. Acho que em 5 comentários conseguiria. Claro que com o veredito do Sr. Max.

  6. Chaplin, não prefere enviar-me tudo para eu publicar num só artigo? Ou em duas partes, depende do tamanho. Eventualmente: informacaoincorrecta “arroba” gmail.com. Se não fica nos comentários, a escolha é de quem escreve. E agradeço desde já a contribuição.

    1. Oi Max. Acontece que o conteúdo é um compêndio extraído de alguns conteúdos pesquisados e que costumo salvar em pastas do Word. Mando uma parte inicial e vc avalia se achares interessante.

Obrigado por participar na discussão!

This site uses User Verification plugin to reduce spam. See how your comment data is processed.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

%d bloggers like this: