A guerra de verdade

Enquanto na Velha Europa fala-se duma guerra possível, em outras partes do mundo a guerra é feita sem muitos discursos.

Síria

Na Síria, por exemplo, a defesa aérea repeliu um ataque com mísseis lançado pelo regime israelita contra os arredores de Damasco, a capital do País.

Como anunciado pela agência noticiosa síria oficial SANA, por volta das 3:05 da manhã (hora local) de hoje, israel realizou um ataque aéreo com uma “explosão de mísseis” a partir da cidade de Rayak, a leste de Beirute, em direcção aos arredores de Damasco. A defesa aérea síria conseguiu abater alguns dos mísseis hostis lançados uma fonte militar, falando em condições de anonimato. Na verdade, continuou, a agressão causou alguns danos materiais.

Desde o início do conflito na Síria em 2011, os ataques aéreos e de artilharia das forças de guerra do regime israelita contra a Síria têm sido frequentes; contudo, o exército sírio, conseguiu em várias ocasiões repelir a agressão do regime sionista. O governo de Damasco, liderado por Bashar al-Assad, pede ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que tome medidas firmes para prevenir a recorrência de ataques israelitas contra o seu território. Bem pode esperar…

EAU

Mísseis também contra os Emiratos Árabes Unidos (EAU), mas de origem contrária. E medo na comitiva do Presidente israelita Herzog quando se ouviram explosões no céu sobre Abu Dhabi. Ao que parece, o Presidente foi obrigado a deitar-se no chão, rodeado pela sua escolta.

A operação das forças armadas iemenitas nos EAU, em ocasião da visita do presidente israelita a Abu Dhabi, tem novas implicações. O correspondente militar israelita do Canal 13, Or Heller, considerou que o timing do recente ataque levado a cabo pelas forças armadas do Iémen contra Abu Dhabi “leva uma mensagem não só aos EAU, mas também aos israelitas. ”

E os media israelitas também sentiram que “o timing do ataque em Abu Dhabi durante a visita de Herzog representa naturalmente uma tentativa de sabotar a visita”, acrescentando que “o presidente estava no hotel quando o ataque teve lugar”. Herzog foi informado dos detalhes do incidente e decidiu que a visita continuará como planeado.

Ontem, Domingo, as forças armadas iemenitas levaram a cabo uma operação militar em grande escala visando as profundezas dos EAU, a terceira em menos de um mês. Aquela de Segunda foi uma operação que visava perturbar o encontro entre Herzog com o Príncipe Mohammed bin Zayed Al Nahyan, durante o qual foram discutidas as relações bilaterais e regionais, incluindo as operações conjuntas no Yemen.

Os EAU esperam receber ajuda militar israelita para pôr fim aos ataques iemenitas, segundo o comentador israelita dos assuntos árabes do Canal 13, que sublinhou que os EAU tencionam formar uma “aliança defensiva” com o Estado sionista.

 

Ipse dixit.

 

5 Replies to “A guerra de verdade”

  1. As próxis em crescendo no Médio-Oriente, em “pulgas” as no norte de África e o “corno” em brasa.
    A Turquia no “arame” e em Taiwan “armam-se”… aos cucos!
    Sinais dos tempos, a ter debaixo de olho.

    1. Adenda…
      Os abutres ainda voam alto, mas os corvos já mais alto grasnam.
      Adivinha-se o porquê, pois esgota-se o tempo para “camuflar” o previsto colapso financeiro.
      Tic-tac, tic-tac…

  2. Não sei como os ataques dos EUA e seus sócios leais conseguem perder para os países atingidos. Um brutal apoio financeiro, umas instituições de “segurança”, ou seja de espionagem, chantagem, assassinatos, torturas, sabotagens…extremamente ativa, umas forças armadas treinadas para odiar e realizar toda sorte de atrocidades, e mesmo assim, Síria e Iêmen são dois exemplos, há outros em curso, de um jeito ou de outro conseguem devolverem os ataques.
    Verdade que a Líbia, o Afeganistão, o Iraque estão destroçados, enquanto as corporações bebem seu petróleo, e se entorpecem com o ópio e a heroína de origem no Afeganistão.
    Mas afinal, as águias rapineiras devem ser muito mais barulhentas que os ursos jogando xadrez.

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