Crise na Ucrânia: causa vitae

Eu sei, eu sei: os artigos compridos provocam sono. Mas o assunto é a questão ucraniana, algo deveras complexo que normalmente ultrapassaria as minhas capacidades. Mas, ehi!, tenho Covid: e com esta chegaram os super-poderes de análises.

Infelizmente, os super-poderes trazem más notícias também. A questão ucraniana é uma causa vitae como diriam os antigos Romanos, uma causa da vida para os americanos. Para os russos não: Moscovo tem mais opções. Do ponto de vista europeu, pelo contrário, é tudo mais simples: a Europa acabou de morrer e o que está em curso é a fase final do enterro.

Mas como sempre: ordem e disciplina. Antes um breve resumo dos episódios anteriores.

Um pouco de história

Em 1991, a Ucrânia escolheu abandonar a URSS e o primeiro País a reconhecê-lo como Estado independente foi a Rússia. Entre 1991 a 2014 nada de significativo: a Ucrânia queria entrar na Europa mas Bruxelas não estava interessada. A razão? A Ucrânia era um País miserável, um dos mais atrasados do Velho Continente, e teria sido um fardo.

Em 2014, Kiev amuou e o então Presidente Yanukovich decidiu retirar-se do acordo de associação com a União Europeia (um passo decisivo tendo em vista uma futura adesão) para estreitar os seus laços com Moscovo. Lubrificada pelo dinheiro e pelas bolachas dos EUA, a revolução explodiu na capital e o País foi tomado por um bando de patéticos decerebrados aos quais só faltava o Gott Mitt Uns das antigas SS. O Presidente eleito, Yanukovichn, foi afastado do poder pela revolta colorida e substituído por Petro Poroshenko ao lema de Armiia, Mova, Vira (“Exército, Língua, Fede”). Não é Gott Mitt Uns mas anda lá perto.

Em 2019 foi eleito Presidente Volodymyr Zelensky (como mera curiosidade: um judeu), que tinha uma superior formação política tendo já participado nos filmes Love in the Big City, Love in the Big City 2, Love in the Big City 3 e Love in Vegas. A resposta de Moscovo foi a reanexação da Crimeia e o apoio aos autonomistas pró-russos no Donbass, resultando numa guerra civil que até agora causou pelo menos 13.000 mortes e um número não especificado de milhões de pessoas deslocadas, refugiados e emigrantes.

Desde então, as negociações de paz (os Acordos de Minsk) não deram em nada e as posições tornaram-se cada vez mais radicalizadas. A adesão à UE e à NATO tornou-se mesmo um artigo da Constituição ucraniana, uma obrigação para os seus governos.

Entretanto, a Rússia concedeu a nacionalidade aos habitantes de Donbass e assinou um acordo de livre comércio com as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk.

Kiev e Moscovo queimaram efectivamente todas as suas pontes atrás de si.

Agora

Agora a primeira pergunta que temos de fazer é: tudo isso é uma coisa séria? Ou não passa duma pausa entre as duas emergências (Covid até hoje, a nova amanhã)?

Se a resposta for “Tudo é apenas para entreter alegremente o pessoal”, então a questão pode ficar fechada: nada de guerra. Acabou o artigo, fiquem bem.

A minha impressão é que não seja só puro entretenimento. Pode não estar dito tudo acerca das intenções dos vários contendentes, mas a crise é real: uma situação terrivelmente complicada cujas origens perdem-se nos anos ’90, aquando da queda da URSS e da promessa americana de não ampliar a esfera de influência para o Leste.

Não vamos até lá, ficamos nos dias de hoje.

Invadir a Ucrânia?

Invadir não compensa

A Rússia não quer invadir a Ucrânia. Este País tem 45 milhões de habitantes e, com a ajuda dos EUA e de outros Países, construiu uma força armada respeitável, flanqueada por milícias pró-fascistas, senão mesmo pró-nazis, bem treinadas e altamente combativas. Obviamente, não têm o poder de fogo da Rússia (o antigo chefe adjunto do Estado-Maior General ucraniano, General Safonov, disse na televisão que o exército ucraniano poderia resistir por um máximo de seis horas em caso de ataque), mas mesmo assim não seria um simples passeio e o Exercito Vermelho poderia pagar um preço elevado.

Do lado russo, a ideia de entrar em guerra por causa dum País que é uma lástima não consegue entusiasmar o patriótico cidadão médio que já está satisfeito com a Crimeia e o Donbass. Vladimir Putin pode não ser um génio, mas nem é completamente estúpido e sabe muito bem quais os perigos ligados a uma invasão massiva: uma operação onde os riscos são muitos e certos e os benefícios poucos e incertos.

Sobretudo porque a Rússia já tem o que desejava ter da Ucrânia. Moscovo  recuperou a Crimeia e, ao ajudar os independentistas, tomou também o controlo do Donbass. Dito em frio números, isso significa o seguinte: a Rússia tomou posse daquele 7% do território ucraniano que sozinho produzia 20% do PIB de toda a Ucrânia e 25% de todas as sua exportações. Na prática: duma assentada, a Rússia ficou com um quarto de toda a economia ucraniana.

E o resto da Ucrânia é uma verdadeira lástima. Apesar dos progressos, o País está ainda a sobreviver graças à ajuda ocidental e aos empréstimos de mil milhões de Dólares do Fundo Monetário Internacional. A Ucrânia é agora o segundo País mais pobre da Europa (atrás da Moldávia), com um economia baseada na agricultura e na madeira.

O lado que ficar com o fardo (a Ucrânia) terá que avançar com um programa plurianual composto por rios de dinheiro atirado para um País com uma corrupção elevadíssima também, apenas para tentar reduzir o fosso com os outros Países europeus. É por esta razão também que os EUA estão fartos da Ucrânia e empurram cada vez mais a Rússia a invadi-la. Pessoalmente entendo os americanos: a minha irmã é ucraniana e já não posso com ela.

Invadir compensa

Mas então, as tropas russas, os veículos blindados que sobem e descem, os caças-bombardeiros, as ameaças, as fronteiras da Bielorrússia….? Tudo inventado? Não: as tropas estão aí mesmo. O facto é que não querer a invadir a Ucrânia não significa não ter que invadi-la. E a razão é simples: com Kiev na NATO, a Rússia ficaria com misseis inimigos na pátio de casa.

Quando a revolta expulsou o Presidente pró-russo Yanukovichv, Putin e os seus homens tinham este quadro na frente: porta-aviões americanos no porto de Sevastopol na Crimeia e mísseis no Donbass, demasiado perto de Moscovo. É isto que os russos querem dizer quando dizem que uma eventual entrada da Ucrânia na NATO comprometeria a segurança nacional e seria, portanto, inaceitável para Moscovo.

Não há nenhum País da NATO que não receba armas da aliança no seu território. Por conseguinte, é bastante lógico pensar que também a Ucrânia, uma vez aderido à organização “defensiva” (!!!) atlântica, se torne um anfitrião de vários armamentos. Seria a mesma Ucrânia a pedir as arma como forma de maior protecção.

Em Washignton é dito que ninguém pode dizer a um País qual a aliança a que pode ou não pode aderir. Verdade. No entanto, também é verdade que “política internacional” não significa apenas ignorar as preocupações dos outros como se estes não existissem. Foi o que fez a URSS com a Crise dos Mísseis de Cuba, em 1962: lembram-se de como reagiu Washington, ameaçando uma guerra nuclear? Na altura a antiga URSS cedeu porque tinha entendido de ter esticado a corda demais. Hoje a história é a mesma: tal como os EUA na altura, a Rússia está pronta a desencadear a guerra.

Mas se o perigo dum conflito for tão elevado, por qual razão os Estados Unidos insistem? Por que é que continuam a gritar que a invasão vem aí, que é questão de dias, talvez de horas… isso desde Novembro? A resposta é simples: Washington precisa da guerra. Para entende-lo, vamos espreitar um par de pormenores que têm os nomes de “gás” e “Europa”.

Gás e Europa

Gás?

O gás produzido na Rússia e vendido na Europa passa por três gasodutos: um na Bielorrússia, outro na Ucrânia, outro, o mais recente, no mar (North Stream 1 e 2). Acontece que este último está a ser alvo de grande pressão internacional, sobretudo norte-americana. O segundo, que passa pela Bielorrússia, atravessa a Polónia também, que é membro da NATO.

Se a Ucrânia entrasse na organização atlântica, o resultado seria que, com o North Stream em apuros (e o North Stream 2 já foi alvo de sanções americanas), todo o fornecimento de gás russo para Europa transitaria por Países da NATO ante de chegar aos destinos.

Não apenas isso: mas como é possível observar na imagem acima, é a partir do gasoduto da Ucrânia que começa uma ligação para conectar-se ao futuro South Stream para servir os Balcãs e o Sul da Europa. E Moscovo não tem vontade de deixar as chaves do seu mercado europeu do gás nas mãos de Washington.

Uma Ucrânia no circo da União Europeia não seria um problema, uma Ucrânia na NATO sim porque, além das armas à porta da Rússia, a aliança atlântica teria o controle do gás russo. E Moscovo sabe que o que Washington não deseja é que o gás russo abasteça a Europa.

Numa época de plena transicção energética como aquela que estamos a viver, a fonte do imediato futuro será o gás, não o petróleo. Actualmente é a Rússia que refornece o Velho Continente: os EUA também produzem gás, mas para transporta-lo até a Europa seriam precisos navios. Muito navios. Sem contar que nos últimos meses Washington aumentou significativamente o fornecimento à China. E o gás dos EUA não é infinito.

Com a progressiva substituição do petróleo, a Rússia tem a concreta possibilidade de tornar-se o partner estratégico europeu de excelência: será de Moscovo que chega a maior parte da energia e isso será tanto mais verdade quanto mais depressa for abandonado o petróleo.

Detalhe interessante: a Rússia não precisa de vender gás aos europeus para sobreviver, pode tranquilamente desviar tudo para a primeira economia do planeta (China) e para aquelas emergentes (Índia, por exemplo). Tomamos nota: uma escolha que favoreceria as empresas americanas sediadas na China também.

Mas se a Rússia não precisa de vender gás aos europeus, os EUA precisam que o gás russo não se torne a principal fonte energética da Europa, porque isso significaria perder o controle do Velho Continente.

A Europa

O segundo “pormenor” da nossa história é, obviamente, a Europa. Pálida sombra da potência que outrora foi, se economicamente não está a passar uma altura feliz, politicamente está num dos seus pontos mais baixos. Com a saída do Reino Unido e a reforma de Angela Merkel, Bruxelas ficou com o peso específico do zero absoluto. Hoje a União Europeia não passa duma banda de servos pagos pelos americanos, cuja única ideia “original” (a descarbonização) até consegue irritar parte das fileiras em Washington (que bem tentou avisar ao longo do tempo).

Uma Europa que agora arrisca ficar sem o gás russo: a aparentemente cega vontade dos Estados Unidos de levar o choque com a Rússia até as mais extremas consequências terá como efeito a destruição tanto económica quanto política do Velho Continente. Não que ainda haja muito para destruir, mas enfim, aqui nem conseguimos salvar as aparências. E talvez não seja mal iniciar a pensar a este como a um dos objectivos primários de Washington: na óptica dos EUA, melhor uma Europa aniquilada de que na órbita russa.

Se aos EUA convém eliminar um possível “concorrente” e, em qualquer caso, evitar que possa cair nas mãos russas, o que pensar dos desejos de Moscovo? Não sabemos, por aqui apenas temos o que a propaganda deixa passar. Com certeza em Moscovo estarão fartos de lidar com as birras dos euroburocratas e já deixaram bem claro quais as intenções ao aproximar-se da China após ter encontrado portas fechadas em Bruxelas.

Portanto, de certo nesta altura há só que a Europa é sacrificável aos olhos de ambos os lados. Com ou sem invasão, a Europa sai de rastos. Incapaz de exprimir um qualquer discurso independente, achatada em posições que vão contra os interesses dos seus povos, economicamente dependente de terceiros, militarmente nula: a Europa não sai mal “na” fotografia, sai “da” fotografia.

O futuro

Como é óbvio, temos duas possibilidades:

  • Guerra: os EUA não podem permitir uma Europa dependente da Rússia, isso significaria aceitar um redimensionamento histórico e fatal. A Rússia não pode permitir uma Ucrânia na NATO.
  • Passo atrás: só pode ser dos EUA, a Rússia não pode aceitar a NATO no jardim de casa. Mas um qualquer acordo que deixe a Rússia tornar-se o primário fornecedor energético da Europa seria uma derrota dos americanos.

Quem arrisca mais? Os EUA, sem dúvida. É sobretudo deles o causa vitae: ceder significaria acelerar o caminho na avenida do por do sol, com a progressiva perda do Velho Continente e a dissolução da NATO no prazo máximo de dez ou quinze anos.

A vantagem de Washington é que precisa da guerra mas não precisa ganha-la: um resultado aceitável já seria uma Europa em ruínas, sem o gás russo mas politicamente ainda (mais) escrava dos EUA. O que realmente conta é não perder terreno em prol de Moscovo. Bónus em caso de conflito limitado ao continente europeu: abandona-se o fardo da Ucrânia e redimensiona-se (ou até apaga-se) a ridícula União Europeia.

A Rússia tem a vida mais fácil: muito simplesmente não pode ceder, não pode permitir que a Ucrânia entre na NATO. Mas pode aceitar a perda da Europa e concentrar-se no continente asiático. Pelo que, nada de ilusões: caso a Ucrânia continue no caminho para a NATO, Moscovo terá que eliminar o perigo. Invasão física da Ucrânia? Mais prováveis acções miradas para atingir centros nevrálgicos do País. Depois a bola passa do lado americano.

A Europa, como afirmado, não arrisca rigorosamente nada: é já um cadáver, só que ninguém tem a coragem de avisa-la.

Última nota: a situação política interna dos EUA e a vontade do chamado deep state na minha óptica não é tão óbvia como poderia parecer. Para já enche os cofres com a venda das armas (Wall Street agradece), mas empurrar para uma guerra contra a Rússia é também uma maneira de acelerar a passagem de testemunho entre Ocidente e Oriente. Porque o umbigo do mundo continua a mudar-se para o Oriente, segundo os planos.

 

Ipse dixit.

11 Replies to “Crise na Ucrânia: causa vitae”

  1. Max, concordo com a analise na generalidade, mas existe mais, a questão não é asim tão simples, não se resume apenas à Ucrânia.
    A Rússia quer os sistemas de armamento que permitem o uso de misseis nucleares americanos e os misseis obviamente fora da europa.
    O mínimo dos mínimos é que sejam retirados da europa de leste, mas o que a Rússia pretendem é que todos sejam retirados da europa, o que significa Alemanha e Itália.
    A Ucrânia é apenas uma parte do assunto.

    Tenho 99% certeza que ou os EUA aceitam as exigências russas, pelo menos as principais, ou a russia vai agir.
    Agora, agir, pode significar muita coisa diferente e é ai que isto se pode tornar uma verdadeira catástrofe.
    Começar é facil, terminar já é outra história.

  2. A verdade é que neste momento ninguém pode mais prever nada, apesar de todos perderem numa guerra com a Rússia a começar pela própria , o facto é que a complexidade do cenário permite fazer planos de contingência mas não permite futurologia . Se a Úrsula não fosse um mero fantoche haveria uma possibilidade de travar esta palhaçada e criar uma base que permitisse estabilidade e crescimento , aceitar a entrada da Ucrânia na União Europeia , com as fronteiras actuais mantendo a Ucrânia fora da Nato. Discordo que a Ucrânia seja como se diz no texto ” um país miserável” creio que tem muitíssimas possibilidades e a sua entrada na UE seria uma simbiose econômica que aproveitaria a todos .

  3. Os países da Europa não são loucos para apoiar os EUA num confronto com a Rússia, a não ser que as coisas se compliquem de tal modo para as lideranças políticas de Europa, que este seja um caminho de fuga.
    Por outro lado, a China já veio dizer que a Rússia tem razão nas suas pretensões.
    Estou curioso para ver qual vai ser a solução para este imbróglio.
    Relativamente à Ucrânia, é um mero tabuleiro de xadrez sem grandes pretensões de chegar a peão.

  4. Se a Rússia recuar, é o seu fim enquanto pais soberano, no média prazo.
    Se os EUA recuarem, é o fim do império americano, mas não é o seu fim enquanto país.

    Por isso, a não ser que os EUA decidam entrar numa guerra nuclear (e ai é o fim de todos), sinceramente não estou a ver outro fim que não seja um recuo americano.
    O caminho para lá chegar é que pode não ser tão óbvio e tão rápido como se espera.

    Uma coisa me parece certa, o que já estava em movimento, acelerou.

    1. Olá Bandido!

      Os EUA não recuam para já: limitam-se a dizer que não vão enviar soldados. Não é uma luz vermelha para Moscovo, é só amarela. Em Washington falam de “invasão” porque é isso que esperam: que os russos entrem na Ucrânia e marchem até Kiev. A esperança de Washington é que a invasão russa se transforme no que para eles foi o Afeganistão, desta vez com combates de casa em casa.

      Os russos não vão fazer isso: acções miradas, acompanhadas pela aviação e ataques cibernéticos. Querem desestabilizar o País para provocar a queda do actual regime, não ocupar a Ucrânia porque não vale o esforço. Podem atacar de forma mais massiva no Donbass, onde boa parte da população é russa, ou na zona da Crimeia, os perigos seriam menores. Fora disso não vão atolar-se no meio dum País onde os cidadãos estão a treinar com caçadeiras de madeira.

      No final, a Ucrânia vai ficar ainda mais miserável do que é agora. Para eles, a única esperança é que haja uma mudança de regime e que o novo possa ser realmente equidistante, tanto da Rússia quanto dos EUA.

      Para os Russos seria a eliminação do risco NATO. Para os americanos, algumas fotos com crianças ucranianas perto da casa deles em chamas para condicionar ainda mais o povinho ocidental. Semear desconfiança, atrasar a colaboração entre Rússia e Alemanha, estes os objectivos de curto prazo pois ninguém quer uma guerra total.

      Mas se tudo acabar assim, os EUA não assumem publicamente a derrota mas é como se o fizessem. É um recuo, nada a dizer.

      Para a Europa: a incapacidade de ter o mínimo peso numa guerra jogada em território europeu e decidida por outros. Fantástico.

  5. Não vou dizer que a Europa já não conta para nada, digo antes que já conta muito pouco.
    No entanto que nos governa continua cheio de si mesmo, como se ainda tivesse importância, um pouco como os Ingleses.
    O rei vai nu é dizer pouco.

    Seja como for insisto que a questão da Ucrânia é apenas uma parte do problema e nem sequer é a central.

    E mudando de assunto, como vai o dia a dia com o covid?
    Continuo curioso de saber o relato, visto não seres vacinado.
    Abraço

  6. Não acredito que a Rússia venha a permitir que os EUA tomem conta do gás russo que atravessa a Ucrania.
    A discussão em torno do gasoduto que atravessa esse país, bem claro no mapa, levantada pelo Max,é crucial para a Rússia, mas não insolúvel penso eu. Seria fechar a torneira de gás na fronteira com Ucrania e a Europa que se lixe.
    Em verdade, Putin preveniu a Europa que seria melhor uma associação com Rússia do que com EUA. A velha Europa esqueceu a história, e isso é sempre prejudicial. EUA nunca foram sócios confiáveis para ninguém.

  7. Apreciam-se os diversos cenários deste quadro teatral, do qual escorrerá sangue verdadeiro, não virtual.
    Escapam à análise as sombras nos bastidores, movem-se em busca de seus propósitos predadores.
    Forças que buscam destruir soberanias poderosas, a ambos, leste e oeste, as guerras ser-lhes-ão ruinosas.
    Escombros e ruínas registam a história da loucura, ocultam o mal disseminado, as pistas da absurda usura.

    Reconheçam o verdadeiro inimigo em Basel, pois é seu o plano, o desígnio para a próxima Torre de Babel.

    Deu-me na veia…

  8. Noutro registo, mais pragmático…

    Era uma vez a Ucrânia que conheceis, olhai para as balcãs e seu futuro adivinhareis.
    Era uma vez a Europa pela qual empobreceis, recordai o passado e semelhanças encontrareis.

    Além do mar, n’América reside a esperança, após feroz conflito entre suas gentes se sanar.
    Além do equador, renasce em pobre gente a cagança, para pró inferno os imperialistas enviar.

    Isto um dia passa…

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