2022: as previsões

Bem vindos de volta!

Retomamos quanto posto em pausa no ano passado e, apesar de estar terrivelmente atrasado com todo o correio (desculpem!), Max traz aos Leitores nada mais e nada menos que uma sondagem do Ipsos com as previsões para 2022.

Quem? Ipsos. Reza Wikipédia:

Ipsos ou Instituto Ipsos é a terceira maior empresa de pesquisa e de inteligência de mercado do mundo. Fundada na França em 1975, a Ipsos conta hoje com 16.000 funcionários e está presente em 87 países, incluindo o Brasil.

Pesquisa e inteligência. Pelo que: Ipsos sabe. Mas pergunta aos outros: até o passado mês de Novembro entrevistou mais de 22 mil pessoas em dezenas de Países para perguntar qual a visão delas acerca do novo ano. E vamos ver quais os resultados, reunidos no Global Predictions for 2022.

2021 não foi um ano famoso. E 2022? Será uma maravilha. O inquérito da Ipsos mostra uma perspectiva muito mais optimista: 77% dos entrevistados acredita que 2022 será uma altura melhor. No entanto, persistem algumas preocupações, tais como as alterações climáticas, o ambiente ou o aumento dos preços de bens e serviços. Obviamente é preciso começar com…

Pandemia de Covid-19

56% dos entrevistados acredita que mais de 80% da população mundial receberá pelo menos uma dose de vacina Covid em 2022. Os latino-americanos são muito optimistas, com números que sobem para 81% no Peru, 76% no Brasil e 69% no Chile. Os europeus estão mais cépticos quanto à distribuição mais ampla da vacina e os números caem para 51% em Itália, 42% em França, 38% na Suíça e 33% na Alemanha.

Previsão de Informação Incorrecta: em 2022 vai acabar a emergência covídica. Não sou eu que digo isso, é Bill Gates. E ele sabe destas coisas… Pelo que é lógico esperar uma aceleração de forma a vacinar quantas mais pessoas no mais curto espaço de tempo possível, antes que alguém repare que algo não bate certo.

Alterações climáticas e ambiente

A maioria das pessoas nos Países inquiridos acredita que haverá mais consequências das alterações climáticas em 2022. A nível internacional, 60% dos inquiridos acredita que eventos climáticos extremos são mais prováveis de ocorrer no seu País em 2022 do que no ano passado. Esta percentagem aumenta nos Países Baixos (72%), Grã-Bretanha (69%), Itália e Austrália (ambos 68%).

Ao mesmo tempo, em média, 45% dos inquiridos espera que as pessoas reduzam as viagens aéreas em comparação com 2019. Os cidadãos asiáticos são os mais confiantes, com 68% na China, 67% em Singapura e 66% na Malásia. Em Itália, por outro lado, a percentagem é de 46%.

Previsão de Informação Incorrecta: em 2022 haverá terramotos, vagas de frio, vagas de calor, furações, inundações, pneus furados… Como sempre aconteceu e sempre acontecerá. Isso tem um nome, como era?… ah, sim: “natureza”. Ou “azar” no caso do pneu.

Economia

A nível internacional, 75% dos inquiridos espera que os preços de bens e serviços aumentem cada vez mais rapidamente do que os rendimentos. 76% dos italianos acha isso, mas apenas um terço dos japoneses (33%) acredita que tal cenário é provável.

Em média, a nível internacional, apenas 35% espera que as Bolsas em todo o mundo possam cair, um número que desce ainda mais em Itália (29%). Em geral, os inquiridos têm maiores expectativas de estabilidade da Bolsa em 2022 do que em 2021, quando 40% acreditava que as principais Bolsas de Valores em todo o mundo eram susceptíveis de entrar em colapso.

Previsões I.I: Muito complicado fazer uma previsão. Se a Covid foi uma operação com fins económico-financeiros também, é improvável que tudo acabe. Aliás, nas últimas semanas de 2021 houve simulações acerca dum ataque informático a nível global, com graves repercussões na economia. O próximo vírus será digital?

Sociedade

71% espera que os centros das cidades voltem a estar cheios de actividade à medida que as pessoas regressam ao trabalho após a pandemia. Na China, 9 em cada 10 (87%) acreditam que isto é provável que aconteça, expectativas semelhantes são registadas na América do Sul onde 78% na Argentina, Brasil e Colômbia espera que os centros das cidades voltem ao normal.

A nível internacional, apenas três em cada dez inquiridos (28%) acreditam que as pessoas poderão tornar-se mais tolerantes umas com as outras. A percentagem sobe para 60% na Índia, mas cai acentuadamente em França (9%).

Previsões I.I: Os cidadãos opinam mas não decidem: não foram eles que escolheram esvaziar os centros da cidades após ter implementado o psicodrama covídico. Quanto à recíproca tolerância, estamos ao nível do “desejo saúde para todos e paz no mundo”.

Tecnologia

57% dos inquiridos acredita ser provável que até 2022 muita mais pessoas estarão a viver as suas vidas num mundo virtual. Este número sobe para 77% na Turquia e 63% em Itália, mas cai para 43% no Reino Unido, 36% na Arábia Saudita e 18% no Japão.

Do Global Trends Survey 2021 de Ipsos sabemos que 83 por cento a nível internacional acredita que as empresas de comunicação social têm demasiado poder, mas menos de metade dos inquiridos (38 por cento) pensa que é possível que o governo possa impor regras apertadas às grandes empresas tecnológicas.

Previsões I.I: 83% das pessoas tem nocção de que os vários Facebook, Twitter e companhia têm demasiado poder; no entanto, 38 % ainda vive num mundo fantástico onde os governos contam mais do que o facturado. A tecnologia continuará  a invasão das nossas vidas, mas não haverá nenhuma revolução: a tecnologia tem que ser absorvida de forma lenta mas constante até tornar-se aparentemente indispensável aos olhos de todos.

Ameaças globais

Quatro em cada dez inquiridos (39%) esperam que uma catástrofe natural atinja uma grande cidade do seu País. Este número aumenta para 63% nos EUA e 58% na Turquia. Em contraste, os escandinavos são mais optimistas, com apenas uma minoria à espera de uma catástrofe natural na Suécia (24%) e na Dinamarca (21%).

A nível internacional, uma percentagem semelhante (38%) acredita que um ataque de hacking por parte de um governo estrangeiro é susceptível de causar uma falha global de computadores.

Um em cada três inquiridos (34%) pensa que é provável que as armas nucleares sejam utilizadas num conflito algures no mundo. Esta percentagem diminui para 29% em Itália, mas aumenta significativamente na Turquia (52%).

Finalmente, 14% dos inquiridos acredita ser possível que os alienígenas visitem a Terra em 2022. Esta percentagem é mais elevada entre os indianos (30%).

Previsões I.I: Não haverá nenhuma guerra atómica. Mesmo assim, os alienígenas têm medo de nós e nem lhes passa pela cabeça de se mostrar. No máximo poderão fazer um telefonema.

Perspectivas 2022

77% dos inquiridos são optimistas, acreditando que 2022 será um ano melhor do que 2021. Esta percentagem cai no Japão (54%), mas aumenta significativamente na China (94%).

2021 foi um ano melhor do que 2020 para a maioria dos cidadãos dos Países inquiridos. Na realidade, 90% dos inquiridos classificam 2020 como um mau ano para o seu País. Em contraste, 77% dos inquiridos classificam 2021 como um ano mau para o seu País e 56% para si próprios e as suas famílias.

Como na maioria dos anos, 75% dos inquiridos disseram que tomarão decisões pessoais para si próprios ou para outros em 2022. O Japão (44%) e a Suécia (23%) são os únicos Países onde as percentagens são muito mais baixas do que a média internacional. (não perguntem o que significa “tomar decisões pessoais para si próprios ou para outros”, não faço ideia pois até hoje pensava que tomar decisões fosse uma coisa normal).

Finalmente, há um maior optimismo sobre a economia global: 61% acredita que a economia está no bom caminho. Mas apesar das “sensações”, como será o ano de 2022 económico?

O parecer dos suíços

Segundo a Direcção de Política Económica do governo da Suíça (gente que percebe de dinheiro e arredores), os problemas de abastecimento e estrangulamentos da capacidade a nível internacional estão a pesar sobre a indústria e a causar aumentos de preços acentuados em todo o mundo.

Neste contexto, a Direcção espera que o crescimento económico enfraqueça acentuadamente a nível internacional nos meses do Inverno de 2021/2022. No entanto, a recuperação económica não irá parar a médio prazo, desde que não sejam desencadeadas medidas de política sanitária severamente restritivas, tais como o encerramento geral de empresas.

No decurso de 2022, os factores de travagem deverão chegar gradualmente ao fim e o crescimento económico deverá retomar com vigor, impulsionado pelos efeitos de recuperação do consumo privado e do investimento, mas também pelo sector da exportação.

Na segunda metade do período da previsão, espera-se que o efeito de recuperação se reduza e que a economia se normalize. Por sua vez, o forte crescimento da procura interna e das exportações deverá desacelerar gradualmente.

Os riscos: a incerteza é actualmente muito elevada e prevalecem os riscos. Em particular, como afirmado, há incerteza sobre as repercussões de como será gerido o surto da variante Omicron: é claro que quaisquer medidas de política sanitária altamente restritivas pesariam muito sobre a recuperação.

Também se podem esperar efeitos negativos se a escassez global da oferta durar mais do que o esperado e se os picos da inflação conduzirem a uma pressão sustentada sobre os preços, com taxas de juro muito mais elevadas. Neste caso, os riscos para a dívida governamental e empresarial também aumentariam consideravelmente. Os riscos no sector imobiliário nacional também aumentariam.

E a propósito de imobiliário: melhor observar o que se passa na China. Uma séria crise na procura daquele País poderia ter um impacto significativo em toda a economia global.

Seja como for: preparados para 2022? Muito bem, vamos lá: optimismo, alegria, positivismo, energia! 🙂

 

Ipse dixit.

8 Replies to “2022: as previsões”

  1. Esse trabalho parece ter sido uma prospecção de mercado …as pessoas estão a ficar fartas da pandemia , ainda acreditam nas alterações climáticas , estão resignados ao aumento dos preços …E a França é um barril de pólvora .
    Mas do mesmo modo que estão fartas da pandemia também estão fartas de sondagens , portanto também não ficaria surpreendido que se fartem da resignação e toda a Europa seja afinal um barril de pólvora , mais importante do que as perguntas feitas são as que não foram feitas por serem demasiado perigosas , para uma empresa sediada em França não fazer perguntas sobre a confiança nas instituições europeias é muito revelador…
    Se desconfias que a resposta não te agrada é melhor nem fazer a pergunta .

  2. Também concordo que esse questionário tem todo o aspecto de um estudo de mercado, para sentir o pulso dos cidadãos, das diversas partes do mundo.
    Eu tenho grandes reservas no curto prazo, em particular na forma como esta fraudemia vai evoluir.
    O cerco aos não vacinados continua a apertar, e é de esperar que os focos de atrito subam de intensidade.
    O Zero Hedge publicou há uns dias um artigo fantástico sobre Poder e Força. Recomendo vivamente a leitura.
    Há medida que a consciência dos cidadãos sobre as vacinas for aumentado, o seu poder também aumentará, os estados vão ser obrigados a usar cada vez mais força.
    Resta saber até onde os estados vão conseguir chegar, na imposição da sua agenda, sobre os cidadãos.

  3. 2022, 2023, 2024 e chegaremos ao 1º patamar da 1ª fase dos tempos históricos de todos os perigos.
    2º patamar em meados da terceira década, 3º na 2ª metade de 4ª década.
    O fundamental documentário…https://www.youtube.com/watch?v=ihwoIlxHI3Q
    A acompanhar…https://suspicious0bservers.org/
    Observação corrente…https://spaceweathernews.com/

    Plandemia, Fraude Climática, Implosão Financeira, etc, etc.
    Um “circo” distópico bem planeado, para encobrir os inevitáveis e extremos eventos previstos.
    Um “circo” distópico para o controlo populacional e social em todas as suas vertentes.
    Um “circo” distópico para usurpação e saque de todos os recursos disponíveis.

    Todos os “reis” o sabiam (sabem). Todos se preparam para a “tempestade”.
    Todos querem estar no topo da pirâmide do “novo mundo”.

    Do âmago do meu ser, apenas anseio por os ver a todos morrer.
    Tempos históricos pelos quais temos de sobreviver.

  4. Espero estar enganado, mas cada vez estou mais desconfiado que a próxima calamidade a nos atingir será um blackout informático de qualquer tipo.
    Os sinais vão aparecendo, subtilmente.

    Mais uma nova temporada de uma serie e o primeiro episódio começa com um ataque de ransomware a um hospital que entra em colapso.
    É mencionado que já aconteceu a mais de 200 hospitais no último ano e como é óbvio os Russos são os responsáveis.

    Os exercicios e simulações vão sendo feitos, utiliza-se os media para lançar a ideia para o ar…
    Onde é que eu já vi isto?

    Uma coisa é certa, se a rede eléctrica for afectada de forma severa e prolongada, esta história da covid vai parecer uma brincadeira de meninos.

  5. Se o novo ano dependesse das visões de entrevistados já estavamos no paraíso LOL Antes fosse! As únicas visões que interessava saber são as do pessoal da Rua do Muro.
    Já não existe crescimento económico, existe sim um desmantelamento de um modelo económico, enquanto andam tudo entretido com Pandemia.
    Em Economia Max escreveu: “Previsões I.I: Muito complicado fazer uma previsão.”, talvez a análise no link abaixo, seja em forma de previsão
    https://thephilosophicalsalon.com/red-pill-or-blue-pill-variants-inflation-and-the-controlled-demolition-of-society/

  6. Olá Max e todos: estranho…perguntas e respostas que me dão a impressão que 2021 foi um ano parecido com os anteriores. É como se as profundas mudanças que poderiam ter ocorrido em 20 anos ,aconteceram em 2, e poucos teriam se dado conta.
    A fraude da Covid deu certo, a das vacinas nem tanto se considerarmos a reação negativa dos europeus e de muitos médicos e cientistas.
    Os resultados até então, no entanto: positivos. Queriam medo? O medo venceu. Queriam um experimento de alto controle populacional? Beleza, poder-se-á implementar. Na Europa vai precisar mais exército nas ruas, sem problemas. Queriam genocídio? É preciso um pouco de paciência. Até os especialistas de boa vontade demooooram para se dar conta dos abortos disparados, dos natimortos, dos nascidos defeituosos (que poderão servir de experimento para os futuros transumanos ). Esperem as crianças doentes e sem imunização natural, a esterilização das mulheres, as pessoas mentalmente prejudicadas das novas gerações. Calma, as consequências das vacinas mRNA não acontecem tão rápido…
    De forma que, considerando os resultados até então, a determinação dos laboratórios em fabricar mais e mais, os países pedindo liberação das patentes (como a Argentina) para fabricar milhões de doses em casa, seja o momento de atingir “melhores” resultados em África e América.
    Outra mudança radical foi provocar crises energéticas para deixar o mundo mais “funcional e feliz” para o “grande retorno”.
    Concordo que vírus cibernéticos serão produzidos, e que os próximos confrontos entre impérios e países escravos não serão guerras nucleares, mas cibernéticas e de bio terrorismo. Já perceberam a quantidade de laboratórios, tipo condomínios de vírus, estão sendo incrementados pelo mundo?
    Enfim, a forma como os escravos assalariados mudaram seu jeito de trabalhar e estudar. Disponíveis 24 horas por dia, agora trabalham e estudam em casa, e estão adorando, se consideram privilegiados. Os donos mais ainda devido à economia, sem escritórios em massa, sem gastos de luz, transporte, alimentação… Maravilha a continuar e predominar.
    Desaparecimento das pequenas e médias empresas, endividamento geral (países e gentes), liberação de mais venenos para as terras do submundo (só no Brazil, o governo atual liberou 161 pesticidas e outros venenos, proibidos no primeiro mundo).
    Menos viagens, menos cultura, menos informação, muito menos discussão…
    E o pessoal acredita em melhoras???!!!! De fato, quem descobriu em tudo isso brechas para enriquecer, houve melhoras.
    Para quem valoriza liberdade pessoal e soberania nacional, anda buscando brechas para resistir, de tão pequeninas que quase não se vê.
    E a massa incauta? Feliz e esperançosa. Nada terão e serão felizes…sem dúvida.
    Abraços a todos. Ainda bem que em II a gente encontra brechas de dúvidas.
    Que 2022 encontremos formas criativas de resistência ao que os dois anos anteriores cultivaram com sucesso.

  7. Grande Max:

    Sim, o próximo vírus será digital e a a tecnologia continuará a invasão das nossas vidas.

    Controlo populacional? 2021 ficará na história com uma queda de 10% dos nascimentos, e provavelmente com a menor taxa de fertilidade desde a fundação de Portugal.

    O próximo vírus vai ser ainda mais bem desenhado: será digital e personalizado, destruirá com precisão mais alguns entraves ao progresso, como a autonomia individual e a privacidade, sem efeitos adversos como vacinas causadoras de miocardites ou polícia de choque nas ruas.

    Previsões? Mais obediência, mais aburguesamento, menos história. Trata-se de uma única narrativa que vem sido a ser escrita para nós há pelo menos vinte anos e digo-vos é um calhamaço de morrer de tédio…

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