Defense Children International, membro entre outros de UNICEF e UNESCO, confirma que o ano de 2021 foi o ano mais mortífero para as crianças palestinianas desde 2014.
Um total de 86 crianças palestinianas foram mortas nos Territórios Ocupados desde Janeiro.
As forças israelitas mataram 76 crianças palestinianas, incluindo 61 crianças na Faixa de Gaza e 15 crianças na Cisjordânia.
Além disso, civis israelitas armados mataram duas crianças palestinianas na Cisjordânia, sete crianças foram mortas por foguetes disparados incorrectamente por grupos armados palestinianos na Faixa de Gaza, e uma criança foi morta por uma ordem não explodida, cuja origem não pôde ser determinada, segundo documentação recolhida pela Defense for Children International.
As forças israelitas dispararam e mataram 17 crianças palestinianas com munições vivas este ano, 15 na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, e duas na Faixa de Gaza. Pelo menos nove crianças palestinianas foram também mortas a tiro no contexto de manifestações ou confrontos com as forças israelitas e não representavam uma ameaça directa quando foram alvejadas.
Civis israelitas armados mataram duas crianças palestinianas na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental. O caso mais recente foi aquele de Mohammad Nidal Younis Mousa, de 15 anos de idade, que sucumbiu em 6 de Dezembro, horas depois de um guarda de segurança privado israelita o ter alvejado depois dum alegado ataque com um carro num posto de controlo militar israelita perto de Tulkarem.
Das restantes vítimas, seis foram mortas a 10 de Maio em Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza, por um ataque aéreo israelita. As vítimas tinham entre 2 e 16 anos de idade. Os aviões de guerra israelitas e os drones armados bombardearam áreas civis densamente povoadas matando crianças palestinianas enquanto, com as suas famílias, celebravam com as famílias o Eid Al-Fitr, a celebração muçulmana que marca o fim do jejum do Ramadã.
Isso apesar do Direito Internacional proibir ataques indiscriminados e desproporcionados e exigir que todas as partes num conflito armado façam distinção entre alvos militares e civis.
Desde 2000, um total de 2.198 crianças palestinianas foram mortas como resultado da presença militar israelita e de colonos nos Territórios Palestinianos Ocupados, de acordo com a documentação do DCI disponível nesta página.
Ipse dixit.
Imagem: soldados israelitas vigiam crianças palestinianas presas na cidade de Hebron, Cisjordânia. Fonte: The Guardian/Abed Al Hashlamoun/EPA
Olá Max e todos: o mundo resolve manter certos massacres invisíveis. O que ocorre na Palestina é um deles.
Interessa aos mandantes, muitos deles sionistas, e a opinião pública aprende e torna a aprender que os judeus são eternas vítimas.
Ninguém quer saber que vítimas foram e são apenas os judeus pobres como os demais humanos pobres. Nada de novo, por sinal. E pior, os judeus têm sido vítimas dos seus, mais do que dos outros algozes. Também nada de novo.
Mas as pessoas, em geral, aprendem história nas telas de cinema, TV e outras mídias, além da escola das velhas mentiras.
Grande Max,
A indiferença com os palestinianos é o paradigma da política mundial. Um dia os nossos filhos serão todos palestinianos e alguém, judeu a não, tratará deles como aqui se documenta. Cada um de nós será responsável por escolher esse futuro. Boycott, Divestment and Sanctions for israel.