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Automóveis menos poluentes: ganha o gasóleo

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Hoje vamos falar de carros eléctricos. Não apenas isso: mas no final do podcats vamos também explicar por qual razão um blog que nasce para tratar de assuntos como política e economia, está na verdade a falar de automóveis eléctricos e, mais no geral de ecologia. O bom Max descobriu a sua vertente “green”? Nada disso. Na verdade, hoje mais que em outras alturas, falar de ecologia significa falar de economia, de política, de finança, de futuro, porque todas estas coisas estão profundamente interligadas.

Pergunta: qual é o carro mais “amigo do ambiente”?

O carro mais verde, mais ecológico, existe e está à venda já há alguns anos. Qual é ele? Simples: é o carro do Leitor, o carro que o Leitor já tem. Não importa se for um carro à gasóleo, à gasolina, à gás: isso não interessa. Seja qual for o combustível utilizado, o carro que o Leitor já tem é o carro mais ecológico de todos. Querem saber por qual razão? E vamos ver.

A publicidade hoje fala de carros com “emissões zero”. Isso é falso: não existe, nunca existiu e provavelmente nunca existirá um carro com emissões zero. Um erro que devemos evitar é pensar que as emissões tenham que ser medidas durante a utilização do automóvel. É um erro porque o automóvel começa a poluir o ambiente ainda antes de ser vendido, até ainda antes de ser construído.

Quais são as fases de produção dum automóvel: são projectação, construção, distribuição, promoção e venda. Cada uma destas fases requer materiais e energia, portanto requer recursos retirados do planeta. A pegada ecológica começa logo no início, quando o novo carro está a ser projectado e testado. E continua a crescer com a produção, a promoção, a distribuição e a venda: o gasto de combustível por parte do utilizador é apenas a parte final deste ciclo. Quando o carro chega ao utilizador, já tem uma considerável pegada ecológica com relativas emissões poluentes. É por isso que não podem existir automóveis com “emissões zero”, é fisicamente impossível.

Adquirir um novo automóvel significa iniciar outra vez o ciclo de produção: talvez seja possível evitar a primeira fase, aquela de projectação, mas todas as fases seguintes são postas em marcha, outra vez. O actual carro do Leitor, pelo contrário, já deixou para trás estas fases com as relativas pegadas ecológicas. Comprar um carro novo para “ajudar o ambiente” é a coisa mais anti-ecológica que um automobilista pode fazer.

Se o Leitor for um automobilista e deseja ajudar o meio-ambiente, então faça um favor: fique com o seu velho carro. Vai poupar muito dinheiro e muitos recursos naturais também.

Outra pergunta: os carros eléctricos são os menos poluentes?

A revista italiana dos consumidores Altroconsumo realizou testes sobre as emissões poluentes dos automóveis actualmente à venda. As análises foram realizadas em conjunto com as principais organizações europeias de consumidores e o Adac, um dos maiores clubes automobilísticos da Europa. Comparada aos testes realizados há dois anos, diz a associação de consumidores, “as emissões de poluentes dos motores diesel diminuíram muito para permitir que carros com esse tipo de motor passem nos testes de homologação mais rigorosos. A situação entre o diesel e a gasolina foi, portanto, invertida. Hoje, um bom motor diesel polui menos que o equivalente a gasolina ”.

E isso não acaba aqui. Passo a citar: “Os carros híbridos, por outro lado, só se mostraram melhores se usados ​​na cidade, enquanto em rotas extra-urbanas poluem tanto quanto um carro a gasolina, uma vez que a contribuição do motor eléctrico torna-se insignificante. Quanto aos carros eléctricos, devemos observar a poluição ligada à produção de electricidade que os alimenta: se vier de combustíveis fósseis, não há vantagem para o meio ambiente”.

Resumindo: o diesel deixou de ser sujo, o híbrido não é tão milagroso e o eléctrico é inútil se alimentado por electricidade derivada de carvão, petróleo ou outros fósseis. A associação de consumidores confirma o que a maioria da imprensa especializada apoia há alguns anos.

É importante realçar que os testes foram conduzidos através do controle do ciclo de homologação Wltp, aquele previsto pelos testes europeus; a verificação do ciclo “auto-estrada” para detectar emissões e consumo de carros em alta velocidade (algo não previsto pelos testes europeus); e, finalmente, os testes na estrada RDE (Real Drive Experience, emissões reais de condução), realizados instalando no carro um dispositivo que mede as emissões ao longo de uma rota predefinida.

Mais: a revista AutoMoto.it quis aprofundar o discurso e foi entrevistar o pesquisador Carlo Beatrice do Instituto de Motores do Conselho Nacional de Pesquisa. O pesquisador citou o recente estudo alemão que comparou as emissões totais de dióxido de carbono (CO2) ao fim de 168 mil quilómetros percorridos por um veículo médio, com cerca de 1.400 kg de peso. Os dados indicam que, com os modos actuais de produção de electricidade, as emissões globais de CO2 de um veículo eléctrico e de gasolina são semelhantes:

E um diesel é ainda melhor. Pode-se argumentar que, se a produção de energia fosse garantida inteiramente a partir de fontes renováveis, as emissões de um carro eléctrico seriam menores do que aquelas dos veículos tradicionais. Mas também existem biocombustíveis de última geração. Isso reduziria as emissões em 90% em comparação com os combustíveis fósseis actuais. Se essas tecnologias fossem desenvolvidas, mais uma vez as emissões totais de CO2 entre automóvel eléctrico e térmico seriam aproximadamente equivalentes.

Portanto: não é verdade que os motores diesel emitem mais dióxido de carbono do que os gasolina. É exactamente o contrário: os motores diesel emitem menos dióxido de carbono do que os motores a gasolina. E, tendo em conta os actuais métodos de produção de energia eléctrica, os carros diesel emitem a mesma quantia de dióxido de carbono quando comparados com os veículos 100% eléctricos.

Pelo que, na classificação dos automóveis menos poluentes temos:

Mas, mas, mas… é mesmo assim? Porque neste discurso todo falta uma componente essencial que não pode ser ignorada. Falamos aqui das terras raras.

O cério, o lantânio e o neodímio são importantes elementos na fabricação das células de combustível, das baterias de hidreto utilizadas nos carros híbridos e eléctricos, e até na fabricação dos aerogeradores (os Sistemas de Geração Eólica, aquelas grandes pás que rodam e que produzem energia supostamente “limpa”). Estes elementos pertencem à classe das terras raras, cuja disponibilidade é limitada e cuja extracção é problemática.

As terras raras são encontradas naturalmente numa concentração muito baixa no ambiente. Perto dos locais industriais e de mineração, as concentrações podem subir muitas vezes acima dos níveis normais. Uma vez no ambiente, as terras raras podem penetrar no solo, onde o transporte é determinado por vários factores, como a erosão, pH do terreno, a precipitação, a água subterrânea, etc. Dependendo da biodisponibilidade, as terras raras podem ser absorvidas pelas plantas e posteriormente consumidas por seres humanos e animais. Não só: mas os ácidos fortes utilizados durante o processo de extracção das terras raras também podem poluir o meio ambiente, ser transportados e resultar na acidificação dos ambientes aquáticos.

Mas as terras raras não têm apenas um impacto no ambiente vegetal, também têm impacto no homem e nos animais: vários estudos concentraram-se na avaliação dos riscos ligados à agricultura, mineração e indústria que tratam das terras raras. Verificou-se que as pessoas que moram perto de minas das terras raras na China muitas vezes apresentam níveis de terras raras no sangue, na urina, nos ossos e nos cabelos mais elevados do que o normal. A exposição a estas substancias pode levar a uma ampla gama de resultados negativos para a saúde, como câncer, problemas respiratórios, perda dentária, incluindo até a morte.

Experimentos que expuseram ratos a vários compostos de cério encontraram acumulação deste elemento principalmente nos pulmões e no fígado. E isso resultou em vários resultados negativos para a saúde desses órgãos. Mas estamos na frente de algo que ainda se encontra em fase de estudo, pelo que a literatura científica disponível não é muita: o que parece é que as terras raras podem afectar a qualidade da vida vegetal e animal. E isso deve ser mantido em conta quando falamos de “pegada ecológica” dum automóvel.

Hoje sabemos que as terras raras utilizadas na fabricação das células de combustível, das baterias de hidreto utilizadas nos carros híbridos e eléctricos, e na fabricação dos aerogeradores, têm efeitos na saúde. No geral, a toxicidade de cério, lantânio e neodímio é baixa ou moderada: no entanto, Animais injectados com altas doses de cério morreram devido a colapsos cardiovasculares ; animais injectados com soluções de lantânio sofreram hiperglicemia, diminuição da pressão sanguínea, degeneração do baço e alterações hepáticas; o pó de neodímio e os seus sais são muito irritantes para os olhos e as mucosas: respirar este pó pode causar embolia pulmonar, e a exposição prolongada danifica o fígado.

Apesar disso, os automóveis eléctricos continuam a ser apelidados de “veículos com emissões zero”. O que seria uma piada de mau gosto se isso não tivesse profundas implicações em outros sectores. Pelo que, a classificação dos carros menos poluentes só pode ficar como pergunta sem uma resposta definitiva: sabemos que o carro diesel polui menos, mas não sabemos se o carro eléctrico polui menos dos gasolinas porque a questão da poluição com as terras raras é uma questão ainda em aberto.

Terceira pergunta: porque um blog de economia e política trata dum assunto como a ecologia?

Ora bem, vamos a explicar: mas porque raio Informação Incorrecta trata dum assunto como a ecologia ou os carros eléctricos?

Posso responder com outra pergunta: segundo o Leitor, por qual razão as casas automobilísticas e os governos estão a fazer tudo para espalhar os carros eléctricos? E há mais perguntas: por qual razão está a ser conduzida a cruzada contra o dióxido de carbono? Por qual razão, quase de repente, a classe política mundial tornou-se tão sensível ao problema ambiental? Já tentaram responder a estas perguntas? Ora bem, a resposta é simples: a cruzada anti-CO2, o susto do aquecimento climático, o fenómeno Greta, tudo isso faz parte da estratégia que tem como fim o total controle da energia por parte das lobbies financeiras internacionais. Que, olhem o acaso, são as mesmas que financiam as ONG’s ecológicas, os movimentos ecologistas, Greta e todos os gretinos.

Portanto: Informação Incorrecta trata da ecologia não porque de repente descobriu-se “verde”, mas porque a ecologia, nestes dias, está a ser utilizada como arma económica e política.

E não uma arma qualquer, mas “a” arma: em nome dela os cidadãos são obrigados a atirar para o lixo automóveis perfeitamente funcionantes e pagar, com o seu próprio dinheiro, carros supostamente “amigos do ambiente”, quando vimos que não existe um carro mais amigo do ambiente do que o nosso. Os órgãos de comunicação são forçados a espalhar mentiras acerca do aquecimento climático que existe, que fique claro, mas que não é provocado pelo dióxido de carbono ou pelas actividades humanas. Ao mesmo tempo nós, todos nós, somos forçados a sentir um sentimento de culpa porque, segundo o conto ecologista, somos nós com os nossos maus hábitos que produzimos o terrível dióxido de carbono e, com ele, o efeito estufa. O que há de melhor, de mais manipulável de alguém no qual conseguimos fazer nascer um sentimento de culpa?

Um blog, uma página internet que não trate da actual cruzada ambientalista está simplesmente a ignorar uma das maiores fraudes na história da humanidade, uma fraude que todos nós pagamos com o nosso dinheiro. E, enquanto isso, as verdadeiras fontes de poluição podem continuar a poluir de forma descontraída, porque aos governos e às multinacionais não interessa qual a verdadeira condição do meio ambiente. O único objectivo só pode ser o lucro, como sempre, e lucro já.

 

Ipse dixit

Fontes: Il Fatto Quotidiano, UNRAE: Inquadramento generale sulle tecnologie per gli obietivi di decarbonizzazione e contenimento delle emissioni ed i prossimi sviluppi (artigo Pdf, idioma italiano),

Música: Jökull (Metal Version) by Alexander Nakarada, https://www.serpentsoundstudios.com, music promoted by https://www.free-stock-music.com, Attribution 4.0 International (CC BY 4.0)
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/