Afeganistão: antes e depois

No semanário Sette, do Corriere della Sera, foi publicado um relato de Kabul que até nem é tão mau. Assinado pelo jornalista Lorenzo Cremonesi, fornece elementos para entender a situação não apenas do Afeganistão de hoje, mas também de ontem e de amanhã. E o Afeganistão é importante: alem de ser o maior produtor mundial de ópio e o símbolo das derrotas de duas potências mundiais (URSS antes, EUA depois), também é o sinal de que precisamos redescobrir os direitos dos indivíduos, esmagados pela globalização global, de ser ou de voltar a ser o que realmente somos.

Vamos começar com alguns dados. O governo de Ashraf Ghani (Lake Oswego High School no Oregon, American University em Beirut, Columbia University, University of California, Johns Hopkins University, World Bank-Stanford Graduate School of Business) controla 30% do País, os talebans o restante 70%: exactamente o oposto daquilo que conta a imprensa ocidental. Não é preciso um génio para entender que todo o Afeganistão rural, que é a maioria territorial do País, está ligado às suas tradições e que aqui a sharia não precisa ser imposta, está no DNA dessas populações. Peguem num mapa, observem o País: um caos feito de montanhas, vales, desertos, outros vales, outras montanhas… seria preciso um exército de centenas de milhares de unidades para controlar um território hostil como este, não algumas milhares aninhadas num punhado de bases superprotegidas.

Se o talebans são menos fortes nas cidades este é certamente devido ao facto de que Kabul ou Herat tinham começado uma moderada modernização já na época pretalebana, mas também ao facto de que qualquer tentativa de conquistar a cidade por parte dos talebans é sempre travada pelas intervenções dos bombardeiros americanos.

Mercado em Kabul

Cremonesi afirma que a situação no actual Afeganistão ainda é melhor do que era na época dos talebans. Pode ser. Ou talvez não. Temos que levar em conta que quando Omar e os seus homens chegaram ao poder, o Afeganistão emergia duma década de invasão soviética, que foi absolutamente devastadora, e dois anos de conflito civil entre os “senhores da guerra”. Conflito que os talebans conseguiram reprimir, apesar de Massoud, o líder dos tadjiques (povo de origem iraniana), continuar a causar problemas porque não se resignou à derrota. E será mesmo Massud quem abrirá as portas para a intervenção americana.

É claro que os afegãos eram pobres: sempre foram pobres porque o País não tem nenhum dos grandes recursos energéticos que outros têm, começando pelo petróleo. Eram pobres, mas não miseráveis. E há uma diferença. Uma coisa é ser pobre onde todos são pobres, outra coisa é ser pobre e ver grandes e inexplicáveis ​​riquezas que crescem ao redor. Esse é um dos mais sérios fracassos trazidos pela ocupação ocidental. Diz Hamidullah Qasemi, um dos empresários mais importantes de Kabul:

Nos últimos cinco anos, sofremos fugas de capital privado de mais de 70 biliões de Dólares.

E donde vêm esses 70 biliões? Do ópio? Não: do fluxo de Dólares que os americanos despejaram no Afeganistão para corromper a população e levá-la para o lado deles. Agora esses colaboradores estão a abandonar o País porque o tempo mudou e conseguem antever o regresso dos talebans. Não vai ser nada simpático. No Afeganistão que ainda não é controlado pelos talebans, o exército está corrupto, a polícia está corrupta, o poder judiciário está corrupto, a administração pública é corrupta. Tudo isso vai mudar.

Quais foram as vantagens trazidas pela ocupação ocidental contra este desastre ético e social? Escreve Cremonesi:

Seis milhões de afegãos giram com telefones celulares na mão, informam-se através de cinquenta rádios e televisões mais ou menos livres, encontra comida nos mercados e têm filhos que navegam na internet como em New York, Paris, Pequim ou Roma.

Loja “ocidental” em Kabul

Ou seja, conseguimos exportar para o Afeganistão as nossas neuroses, a nossa falta de sentido. Não propriamente um grande resultado, também porque isso acontece apenas naquele 30% de território controlado pelos americanos: o restante 70% vive ainda em condições não muito diferentes daquelas do século passado ou de dois, três séculos atrás. O que acontecerá no Afeganistão quando as forças de ocupação partirem e o talebans recuperarem o poder?

Nas conversas que estão a decorrer em Moscovo entre talebans e representantes da sociedade civil não relacionados com o Governo de Ghani, Nazar Mutmain, um dos negociadores, disse:

As mulheres irão para a escola, frequentarão a faculdade, mas sempre no pleno respeito da lei coránica, que nos últimos tempos tem sido muitas vezes violada.

Deve-se notar que no Afeganistão dos talebans não havia nenhuma proibição formal para que as mulheres frequentassem a escola, excepto que os talebans, na sua inabalável sexofobia, só não queriam as classes mistas e afirmavam que os edifícios escolares de homens e mulheres deviam ficar a uma distância “segura”. Mas isso foi “antes”. Porque há um “antes” e um “depois”.

O “antes” era feito do mullah Omar, que assumiu o poder em 1996 e que no dia seguinte executou Najibullah, o Presidente fantoche que os soviéticos tinham deixado em Kabul: Mas apesar disso, Omar não era sedento de sangue, era um homem de grande sabedoria: tornou realidade uma grande amnistia para recompor as fracturas tribais e absorver os colaboracionistas do regime soviético. Conseguiu a união e estabeleceu um regime moderado. Omar morreu em 2015 e os americanos tiveram a “astúcia” de matar o seu número dois com um drone, Mansoor, que era da mesma geração, tinha feito o mesmo caminho e seguia o mesmo cenário substancialmente moderado.

Como estão os talebans das novas gerações depois de Omar? Ainda não sabemos mas é fácil imaginar que, após 18 anos de guerra, eles sejam bem diferentes dos talebans da primeira hora e bastante revoltados. O que deixa antever a implementação duma sharia “dura e pura”, com tudo aquilo que isso pode significar. Dificilmente irão vingar-se contra os jovens soldados das tropas regulares: em Kabul, seis milhões de habitantes, o que podem fazer os rapazes a não ser alistar-se, considerado também que a chegada do turbo-capitalismo ocidental (mas também do chinês agora) destruiu o artesanato local?.

Diferente o discurso no caso dos colaboradores de alto nível, homens do governo de Ghani, altos oficiais do exército, magistrados, jornalistas: para estes não será nada fácil. Aqui também são explicados os 70 biliões de Dólares que desaparecem.

Diz o jovem Mohammed Saber, 24 anos, entrevistado por Cremonesi:

É hora de pôr fim a todas essas liberdades para as mulheres. Há muita promiscuidade, as bases das nossas tradições estão a ser minadas. Um compromisso deve ser encontrado entre o liberalismo excessivo das cidades e os impulsos conservadores das nossas realidades rurais. Esta é a razão pela qual os contingentes estrangeiros têm que sair. É hora de nós afegãos finalmente tomarmos o nosso destino nas nossas mãos, sem interferência estrangeira ou culturas e hábitos estrangeiros.

Punição duma mulher

Aqui volta o antigo problema: precisamos redescobrir os direitos dos indivíduos, esmagados pela globalização global. O regime dos talebans é horrível aos nossos olhos? É, não há dúvidas. Mas temos o direito de impor a nossa visão? Direito baseado em quê? Todos concordamos ao falar de autodeterminação dos povos: o regime dos talebans é autodeterminação. É antipático porque sai dos carris da “nossa” autodeterminação, mas continua a ser autodeterminação, um direito deles.

A condição das mulheres no regime talebans é lastimável, é complicado reconhecer legitimidade a uma sociedade que as trata daquela forma. Esquecemos que a condição da mulher taleban não é muito diferente da condição da mulher ocidental na Idade Média ou até mais tarde. A nossa sociedade encontrou um caminho que levou até a emancipação da mulher moderna, mas foi o nosso caminho, não podemos considera-lo como válido em absoluto e aplica-lo com a força em todas as culturas.

A mulher taleban irá encontrar o seu caminho de emancipação com o tempo (ou talvez não) e até pode ser que o seu caminho será melhor do que o nosso. O que dá o direito de arrasar séculos de tradições em nome duma modernidade que também aqui, entre nós, mostra o seu lado obscuro? O regime dos talebans é horrível mas com eles a produção de ópio e de heroína caiu aos mínimos históricos: foi só com a intervenção ocidental que o Afeganistão voltou a ser o principal produtor mundial. Isso é: não temos nenhuma superioridade moral que justifique a imposição da nossa “ordem”, sobretudo em tempo de globalização forçada.

 

Ipse dixit.

Fonte e imagens: Lorenzo Cremonesi em Sette. Foto de abertura: The Nation.

7 Replies to “Afeganistão: antes e depois”

  1. «…o Afeganistão emergia duma década de invasão soviética…»

    Uma afirmação curiosa porque a Rússia, mais tarde União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), nunca invadiu o Afeganistão.

    Foi o regime da Inglaterra no período de 1839 – 1842, que invadiu o Afeganistão com o objectivo de impedir a aproximação deste país com a Rússia; o objectivo do regime inglês era submeter os afegãos ao domínio britânico, para assim desenvolver a produção e tráfico de droga dominado pelos ingleses.

    Não podemos esquecer que o regime da Inglaterra é o maior traficante de drogas do Mundo.

    1. “Uma afirmação curiosa porque a Rússia, mais tarde União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), nunca invadiu o Afeganistão”.

      JF, não entendo: os carros armados de Moscovo em Kabul entre 1979 e 1989 faziam o quê? Agriturismo?

      Deslocaram para o País 130.000 homens, mataram o então Presidente Amin, puseram como guia o fantoche Karmal (que depois de 1989 fugiu para Moscovo)…

      Foram o Ministro da Defesa soviético Dmitry Fyodorov Ustinov e as cúpulas militares que pressionam o secretário Leonid Il’ič Brežnev para autorizar uma intervenção armada, destinada a depor Amin e substituí-lo por um governo mais maleável: afinal foi concretizada a ideia duma intervenção “policial”, limitada no tempo, para “restaurar a ordem” num País que até então estava sujeito à influência soviética, de acordo com a chamada “doutrina Brezhnev” já aplicada na Tchecoslováquia em 1968.

      Em Dezembro de 1979 o general Ivan Pavlovsky, Comandante das forças de terra do Terra Exército (e já arquiteto da invasão na Tchecoslováquia), liderou um grupo de 50 oficiais soviéticos numa acção de reconhecimento do território do Afeganistão. Em 10 de Dezembro, o Politburo autorizou o Estado-Maior do Exército Vermelho a iniciar os preparativos para a invasão: a ação partiu do comando do Distrito Militar do Turquestão, liderado pelo general Maksimov: 52.000 homens foram divididos em duas divisões motorizadas (a 5ª e a 108ª), uma aerotransportada (a 105ª) e várias formações menores. Em 13 de Dezembro, o general Jurij Vladimirovič Tucharinov foi encarregado do contingente designado como 40º do Exército Soviético.

      Para dar uma ideia de “legalidade” foi inventado um pedido de ajuda afegão: mas nenhum funcionário do governo local alguma vez pediu a intervenção militar de Moscovo. Esta foi uma “intervenção humanitária” como muitas vezes praticadas pelos americanos, só em molho soviético.

      Resultados: entre 600.000 e 2 milhões de civis afegãos mortos, 5 milhões de refugiados, 2 milhões de pessoas deslocadas internamente, cerca de 3 milhões de civis feridos, mais de 100.000 soldados mortos. Um agriturismo bastante pesado…

      1. Poderia escrever um comentário extenso, com vários parágrafos sobre o assunto, mas isso implicaria ir buscar os livros à prateleira para os reler e tomar notas, significaria também ter que me deslocar aos alfarrabistas e biblioteca para adquirir e consultar outras obras sobre a temática, mas não me apetece e nem sou pago para isso por tanto respondo-lhe da seguinte forma através de um «copia e cola»:

        «…De acordo com a versão oficial da história, a ajuda da CIA aos Mujahidin começou em 1980, ou seja, depois de o exército soviético ter invadido o Afeganistão em 24 de Dezembro de 1979. Mas a realidade, secretamente guardada até agora, é completamente diferente. Na verdade, foi a 3 de Julho de 1979 que o presidente Carter assinou a primeira directiva para ajuda secreta aos opositores do regime pró-soviético em Cabul. Nesse mesmo dia, escrevi uma nota ao presidente em que expliquei que na minha opinião esta ajuda iria induzir uma intervenção militar soviética…” – Zbigniew Brzezinski

        «…Arrepender-me, porquê? Essa operação secreta foi uma excelente ideia. Teve o efeito de atrair os russos para a armadilha afegã e você quer que eu me arrependa?…» – Zbigniew Brzezinski

        Fonte: https://www.dailymotion.com/video/x5rypxe | https://www.voltairenet.org/article165889.html

        1. Olá JF!

          Dado que nem eu sou pago para isso, vou a memória com as principais datas do agroturismo soviético:

          II Guerra Mundial – URSS e Terceiro Reich assinam o acordo para dividir-se a Polónia (pacto Ribbentrop-Molotov).
          Anos ’50: Invasão da Hungria
          Anos ’60: Primavera de Praga
          Anos ’70: Invasão do Afeganistão

          Nenhuma desta foi uma invasão, isso é um mal entendido. O problema é que os soviéticos eram muitos, costumavam deslocar-se em grupos numerosos por uma questão de camaradagem e, diga-se, poucos deles conheciam as línguas estrangeiras. Esta situação era conhecida pela CIA que logo aproveitava para falar mal de Moscovo: “Olha lá uma invasão!” gritavam quando na verdade tratava-se apenas de poucas centenas de milhares de soldados com algumas tanques, muitas vezes em visitas de estudo.

          Durante a minha prolongada estadia em Budapest (a propósito: aconselho uma visita ao País se possível, pois merece) tive ocasião de falar com pessoas que tinham vivido aquela que por aqui é conhecida como “Revolução Húngara” e que por lá é lembrada como “O Grande Equivoco”. Pude assim conhecer a verdade com as palavras dos testemunhas que viveram aqueles dias.

          Segundo as minhas fontes, em Budapest festejava-se São Acácio de Amida e muito goulash tinha sobrado. Pelo que foi lógico convidar os russos (que são doidos por aquele prato) para acabar as sobras.

          Infelizmente, como já lembrado, poucos russos na altura falavam os idiomas estrangeiros e os resultados foram terríveis. Por exemplo, um russo dizia “Posso ter outra porção?” mas o resultado ao ouvido dum húngaro era “Tua mãe é feia como um porco da Sibéria”. Outro dizia “É bom o goulash!” e os outros percebiam “Neste País de m****a nem a vodka sabem fazer, vocês deveriam ser todos fuzilados, as vossas casas queimadas e os campos asfaltados para ser utilizados como parques de estacionamento para os nossos tanques!”.

          É óbvio que isso gerou algumas polémicas e mal entendidos. No Kremlin ficaram preocupados pelos distúrbios e a possível má impressão deixada: pelo que, depois de alguns dias, decidiram retirar todos os turistas soviéticos. Estaline em pessoa enviou um pedido de desculpa ao povo húngaro:

          “Queridos camaradas,
          muito obrigado por terem convidado os irmãos soviéticos para acabar o vosso goulash que, diga-se, era óptimo e saboroso. Não é verdade que as vossas mães são feias como porcos da Sibéria, aliás, as raparigas húngaras são bem bonitas como poderão confirmar os turistas italianos que nos primeiros anos ’90 irão visitar o vosso País. Nem temos intenção de queimar as vossas casas e utilizar os campos como parques para os nossos tanques, isso não passa dum mal entendido. Se um dia o espaço por aqui acabar, iremos estacionar na Tchecoslováquia ou no Afeganistão, prometo.

          Vosso irmão, J. Estaline
          P.S. Se os nossos camaradas tiverem estragado algo, façam o favor de enviar a conta”

          Esta carta, que ainda hoje é conservada no Museu de São Ciarán de Saighir, em Budapest, e que tive ocasião de ver, é a melhor prova da boa fé dos soviéticos e explica também as verdadeiras razões que levaram Moscovo a deslocar mais tarde uns tanques em Praga (não muitos, só uns 2.000) e no Afeganistão.

          Claro, a propaganda ocidental não fala desta carta e já na altura começou a gritar “Olha lá a invasão da Hungria!”, mas este é só má fé e inveja, entre as outras coisas por não terem sido convidados para acabar o goulash. Vice-versa, ainda hoje os russos são vistos como irmãos e ao perguntar uma opinião a um qualquer cidadão da Hungria, a resposta será sempre a mesma: “Russos? Toda boa gente, simpáticos, educados, um pouco tímidos até. Comunistas? Você diz que os Russos eram comunistas? Olhe, nem tinha dado por isso… mas deve ser, por isso que foram sempre tão amigáveis”.

  2. Essa é uma reflexão importante. E me lembra uma curta experiência na Guiné Bissau, patrocinada pela ONU, e da qual participavam grupos de universidades brasileiras. Meu orientador chefiava um destes projetos, que visava a conscientização político social de povos africanos. Havia um sub projeto cultural que, por infelicidade, eu fui cair, cujo objetivo era alertar os(as) guineenses do “absurdo” que era submeter as adolescentes à subtração do hímen, com vistas a relativizar o prazer sexual das mulheres. O subprojeto faliu porque a maioria das meninas e mulheres consideravam o processo doloroso mas necessário, fazia parte de suas tradições ancestrais. Meu orientador considerou pífia a minha atuação, mas a única coisa que eu me sentia capaz de orientar, e pela qual despertava algum interesse, era formas “cirúrgicas” que diminuíssem o potencial de infecção das operações. Até hoje, passados tantos anos, eu ainda me pergunto com que direito, com qual diploma de superioridade cultural, nós ocidentais nos achamos no direito de dar lições àqueles que comungam tradições diametralmente opostas? E vejam bem: qual o nosso sucesso, em termos de realização e sucesso? Poucas coisas são tão valorizadas na sociedade ocidental quanto o sucesso nas relações sexuais. O insucesso determina a desgraça dos 8 aos 80. E daí!? Como esta é a mentalidade difundida, somada ao machismo também predominante (camuflado ou não), quase 20 anos recentes numa zona rural, me apontam a infelicidade de mulheres, submetida a centenas de coitos com o “seu homem”, com 10 ou mais filhos, que nunca souberam o que é um orgasmo. Será que há tanta diferença, ou uma tremenda dificuldade na humanidade de compartilhar!?

  3. Ariano Suassuna disse esta frase: Não troco o meu Oxente pelo Ok de ninguém.
    O que está aqui em causa é um problema de autodeterminação, seja ela cultural, económica ou política.
    Os afegãos e quase todos os povos do planeta tiveram que lidar, pelo menos uma vez, com este problema. Umas vezes com sucesso, mas na maioria nem por isso.
    As forças imperialistas e/ou colonialistas são sempre mais fortes e implacáveis, do lado dos mais fracos resta a resistência.

    Krowler

  4. Ainda bem que a Mariazinha acabou de ler meu comentário e quis saber. Desculpem, a referida cirurgia nas guineenses é no clitóris. Perguntei para ela: o que foi que eu escrevi?

Obrigado por participar na discussão!

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