Site icon

Infantilidades em molho europeísta

Juro, não é uma piada. As imagens a seguir fazem parte da propaganda pró-europeista da organização Pulse of Europe, uma instituição privada oficialmente sem nenhuma ligação com a União Europeia. Fundada em Alemanha, na cidade de Frankfurt (a menos de dois quilómetros da sede do Banco Central Europeu, na mesma rua onde encontramos a Bolsa e onde há a sede também o banco dos Rothschild), vivem apenas de doações de privados, dizem eles. Deve ser por isso que em dois anos conseguiram abrir mais de 100 sedes espalhadas pela Europa toda sem que ninguém os conheça.

Nas páginas da organização podemos encontrar estas maravilhas dialécticos-artísticas que, sem dúvida, irão convencer todos os cidadãos europeus de que é impossível imaginar algo melhor do que a União Europeia.

– A Europa é tão boa quanto um grande sorvete cheio de sabores!
– Queres construir um grande muro? Na Europa, porém, preferimos construir pontes entre os povos e isso há mais de 60 anos!
– Escolher a solidão e o isolamento, perceber o absurdo dessa escolha e persistir teimosamente, é uma tendência para o masoquismo, não é?
– O que achas do meu novo papel? Eu faço o papel de uma política de extrema direita que de repente se tornou favorável à União Europeia. – Não é credível.
– E se deixássemos de ouvir discursos populistas para encontrar soluções reais para os nossos problemas?

Este é o nível mental alcançado: infantilidades em molho europeísta, com os lobos Donald, Vlad, Marine (Le Pen). E os coelhos azuis. Genial. Ou pode ser a manifestação terminal que o filósofo Costanzo Preve define como “a nova classe média caracterizada pela facilidade de viajar, do inglês turístico, do uso moderado das drogas, do controle da natalidade, da nova estética andrógena transexual, do humanismo do terceiro mundo, dum multiculturalismo sem verdadeira curiosidade cultural e, finalmente, duma abordagem geral à filosofia que faz dela uma psicologia de grupo e uma ginástica do relativismo comunicacional, na qual o velho e laborioso diálogo socrático se transforma em tagarelice de pessoas indiferentes “. Ou ainda, é a arrogância dos filhos da eurocracía que pensam em tratar-nos como crianças, convencidos de que precisamos de infantilidades para entender.

Provavelmente todas as três hipóteses são verdadeiras. Donald Tusk, o Presidente do Conselho da UE, criticou o Reino Unido por causa da Brexit:

Perguntei a mim mesmo qual seria o lugar especial no inferno para aqueles que promoveram o Brexit sem ter sequer um esboço de um plano para fazê-lo com segurança.

O europeísmo é uma religião, com os seus dogmas, os seus apóstolos, as suas blasfémias… e com o seu inferno e todo o sofrimento que promete aos hereges que ousam abandonar o Sagrado Projecto. Mas uma gargalhada vos enterrará, com um coelho azul como padre. Ámen.

 

Ipse dixit.

Fonte: no texto.