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As previsões da teoria do Aquecimento Global

Entre as várias características que uma teoria dita “científica” deve possuir há a capacidade de fazer previsões. Faz todo o sentido: observamos um fenómeno, recolhemos os dados e podemos formular uma teoria que a) explica o fenómeno b) prevê como o fenómeno voltará a apresentar-se no futuro.

A teoria do Aquecimento Global não é uma excepção: os dados são recolhidos, é formulada a teoria e eis que esta deveria ser capaz de a) explicar o fenómeno do Aquecimento, b) prever como o fenómeno do Aquecimento irá manifestar-se no futuro. Muito simples.

Antropogênicas? Naturais? Por enquanto não interessa: vamos esquecer o debate acerca das causas para focar a nossa atenção nas previsões que a teoria do Aquecimento Global fez ao longo das décadas. Lembram? Uma boa teoria científica faz previsões. E a teoria do Aquecimento Global fez previsões.

Antes de iniciar, gostaria de realçar o problema das fontes utilizadas no presente artigo: no caso dum artigo “científico”, nada melhor de que fontes primárias, institucionais ou devidamente reconhecidas. O que não é sempre simples: ao longo da verificação encontrei como os artigos originais assinados por alguns especialistas de renome, por exemplo, tinham sido apagados das edições online da revista National Geographic. Artigos com previsões redondamente erradas de autoridades em matéria como David Barber ou os pesquisadores da Stanford University já não estão disponíveis. Acontece. Felizmente, na era de internet é precisa só um pouco de paciência e um bom motor de pesquisa para encontrar alternativas.

As previsões falhadas

Taxa de aquecimento

1990: IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change,”Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas” organização científico-política criada em 1988 no âmbito das Nações Unidas): “A taxa média de aumento da temperatura média global durante o próximo século é estimada em 0,3 ° C por década (com uma faixa de incerteza de 0,2 ° C – 0,5 ° C). [fonte]

Factos: desde 1990, a taxa de aquecimento foi de 0,12 a 0,19 ° C por década, dependendo do banco de dados utilizado, portanto fora do intervalo de incerteza publicado em 1990. [fonte]

Temperatura

1990: IPCC: “Provável aumento da temperatura média global de cerca de 1 ° C acima do valor presente até 2025.” [fonte]

Factos: entre 1990 e 2017 o aumento das temperaturas foi de 0,31 a 0,49 ° C, dependendo do banco de dados utilizado. [fonte]

O Inverno

2001: o IPCC prevê que as temperaturas mais amenas no inverno diminuam a neve [fonte].

2014: o Dr. John Holdren, director do Escritório de Política Científica e Tecnológica da Administração Obama: “Um crescente corpo de evidências sugere que o tipo de frio extremo vivenciado por grande parte dos Estados Unidos enquanto falamos é um padrão que podemos esperar ver com frequência cada vez maior, à medida que o aquecimento global continua ”. [fonte]

Factos: ao prever invernos mais amenos e invernos mais frios a probabilidade de acertar aumenta. Uma teoria científica deveria individuar uma clara tendência para o futuro.

A neve

2000: o Dr. David Viner, pesquisador sénior da Unidade de Pesquisa Climática (CRU) da Universidade de East Anglia, prevê que em poucos anos a queda de neve no inverno se tornará “um evento muito raro e excitante”: “As crianças simplesmente não vão saber o que é a neve”. [fonte].

2001: o IPCC prevê que as temperaturas mais amenas no inverno diminuam as fortes tempestades de neve. [fonte].

2004: Adam Watson, do Centro de Ecologia e Hidrologia de Banchory (Aberdeenshire) afirma que a indústria escocesa de esqui não tem mais do que 20 anos de vida pela frente. [fonte].

Factos: em 2014 a maior nevada em Escócia dos últimos 69 anos. Os problemas das estâncias de esqui era ter máquinas enterradas na neve. [fonte] As áreas nevadas do Hemisfério Norte mostram apenas uma pequena mudança desde 1967. [fonte] O Inverno de 2012-2013 teve a quarta maior cobertura de neve do registro histórico. [fonte].

As secas

2007: o IPCC prevê que, até 2020, entre 75 e 250 milhões de pessoas serão expostas a um aumento do stresse hídrico devido às mudanças climáticas. Em alguns Países, os rendimentos da agricultura podem ser reduzidos em até 50%. [fonte]

Factos: apenas seis anos depois, o IPPC reconhece que a confiança numa tendência para secas (faltas de chuva) é baixa e que as anteriores conclusões sobre as crescentes secas globais desde os anos ’70 foram provavelmente exageradas. [fonte]

Furacões

2010: o Dr. Morris Bender, da NOAA, e os co-autores prevêem que “o sudeste dos Estados Unidos e as Bahamas serão atingidos por furacões mais intensos nas próximas décadas devido ao aquecimento global”. Afirmam que os furacões mais fortes podem dobrar em frequência. [fonte]

Factos: após 40 anos de Aquecimento Global, não foi detectado aumento de furacões. O índice do Sistema Tropical Terrestre da NOAA nos EUA não mostra nenhum aumento, e de facto, uma queda de 11 anos (muito incomum) na frequência de furacões fortes nos EUA ocorreu entre 2005 e 2016. [fonte]

Incêndios

2001: o IPCC afirma que a frequência dos incêndio deve aumentar com a mudança climática induzida pelo homem, e vários autores sugerem que a mudança pode aumentar o número de dias com condições de risco, prolongar a temporada dos incêndios e aumentar a actividade dos raios, o que leva a prováveis ​​aumentos na frequência de incêndios e de áreas queimadas. [fonte]

Factos: a área global de terra queimada a cada ano diminuiu 24 por cento entre 1998 e 2015, de acordo com a análise de dados satelitares analisados por cientistas da NASA. Os cientistas acreditam agora que a diminuição dos incêndios florestais está a aumentar em 7% a quantidade de CO2 armazenada pelas plantas. [fonte]

A rotação da Terra

2007: o Dr. Felix Landerer, do Instituto de Meteorologia Max Planck de Hamburgo (Alemanha), publica um estudo e prevê que o Aquecimento Global fará a Terra girar mais rápida. [fonte]

2015: o Dr. Jerry Mitrovica, professor de Geofísica na Universidade de Harvard (EUA), descobre que os dias estão a ficar mais longos à medida que a Terra gira mais devagar por culpa da mudança climática. [fonte]

Factos: como sempre, apostar em dois resultados é melhor de que apostar num só, mas não é muito “científico”. No entanto, o Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS) informa que a Terra diminuiu a sua rotação desde 1962 até 1972, e acelerou entre 1972 e 2005. Desde 2006 está a desacelerar novamente. Ou seja: a Terra mostra a mesma inconsistência da teoria do Aquecimento Global. [fonte]

O gelo do Mar Ártico

2007: o cientista do clima da NASA, Jay Zwally, prevê que o Oceano Ártico poderia ficar quase livre de gelo no final do Verão em 2012. [fonte]

2007: o Prof. Wieslaw Maslowski do Dept. de Oceanografia da Marinha dos EUA prevê um Oceano Ártico sem gelo no Verão de 2013, e realça como a sua seja uma previsão conservadora. [fonte]

2008: na Universidade do Manitoba (EUA) o Prof. David Barber prevê pela primeira vez um Polo Norte sem gelo em 2008. (fonte)

2008: Mark Serreze, Diretor do NSIDC, prevê que o Ártico ficará livre de gelo no Verão de 2030. (fonte)

2012: o Prof. Peter Wadhams, chefe do grupo de física de oceanos polares da Universidade de Cambridge (UK), prevê um colapso da camada de gelo do Ártico entre 2015 e 2016. (fonte)

Factos: nenhuma diminuição do gelo no Mar Ártico foi observada no mês de Setembro desde 2007. [fonte e fonte]

O urso polar

2005: os 40 membros do Grupo de Especialistas em Ursos Polares (PBSG) da World Conservation Union decidem classificar o urso polar como “vulnerável” com base num declínio de 30 por cento previsto na sua população mundial nos próximos 35 a 50 anos. A principal causa deste declínio é o aquecimento climático e os seus efeitos negativos no habitat do gelo marinho. [fonte]

A fotografia da capa da revista Science

2017: o Serviço de Pesca e de Vida Selvagem dos EUA divulga um relatório concluindo que o Aquecimento Global causado pelos humanos é a maior ameaça para

os ursos polares e que, se a acção não for tomada logo, os ursos do Ártico podem estar em sério risco de extinção. “A acção mais importante para a recuperação dos ursos polares é reduzir significativamente os actuais níveis de emissões globais de gases de efeito estufa” [fonte]

2010: a conceituada revista Science escolhe como capa a foto dum Urso Polar vítima dos efeitos do Aquecimento Global. [fonte]

Factos: A extensão média do gelo do Mar Ártico em Setembro no período entre 1996 e 2005 foi de 6.46 milhões de km2. Diminuiu 26%, para 4,77 milhões de km2, no período 2007-2016. Apesar do declínio do gelo do mar, a população de ursos polares aumentou de uma estimativa de 20.000 a 25.000 em 2005 para uma estimativa de 22.000 a 31.000 em 2015. E ainda bem. [fonte]

A fotografia escolhida pela revista Science é falsa (modificada com o programa Photoshop). Science admite o erro [fonte].

 As geladas

2007: o IPCC diz que há uma probabilidade muito alta de que os glaciares do Himalaia desapareçam até 2035 e talvez mais cedo se a Terra continuar a aquecer à taxa actual. [fonte]

2010: os pesquisadores do IPCC retrataram a previsão depois que foi revelado que a fonte não tinha sido verificada. Anteriormente, tinham criticado o cientista indiano que punha em dúvida a previsão do IPCC, avisando de que a mesma estava. [fonte]

Níveis do mar

1981: James Hansen, cientista da NASA, prevê um Aquecimento Global de “magnitude quase sem precedentes” no próximo século, algo que pode até ser suficiente para derreter a cobertura de gelo da Antártica Ocidental, levando a uma elevação mundial de 4 a 5 metros do nível do mar. [fonte]

Factos: desde 1993 (25 anos) totalizamos 72 milímetros de aumento do nível do mar, em vez dos 1.21 metros esperados que correspondem a um quarto de século. A previsão, portanto, estava 94% errada. [fonte]

Um estudo da NASA, publicado no Journal of Glaciology em 2015, afirma que a massa de gelo da Antártida está a aumentar. [fonte] Em 2014 o gelo marinho antártico alcançou uma extensão recorde. [fonte]

Países que afundam

1989: Noel Brown, director do departamento de New York do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), afirma que inteiras nações poderiam ser varridas da face da Terra pelo aumento do nível do mar se a tendência do Aquecimento Global não for revertida até o ano de 2000. À medida que o aquecimento global derrete as calotas polares, os oceanos subirão em um metro, o suficiente para cobrir as Maldivas e outras ilhas. [fonte]

Factos: os indicadores de maré referenciados pelo GPS em 12 locais no Pacífico Sul relataram tendências variáveis ​​entre -1 a +3 mm / ano para o período 1992-2010. [fonte]

O atol de Diego Garcia, no Oceano Índico, experimentou uma redução de área de apenas 0.92% entre 1963 e 2013. [fonte] O atol de Funafuti registrou um aumento de 7.3% da área insular entre 1897 e 2013. [fonte]

Escassez de alimentos

1994: um estudo realizado por pesquisadores das Universidades Columbia e de Oxford prevê que sob as presumidas condições de CO2 até 2060, a produção de alimentos deverá diminuir nos Países em desenvolvimento (até -50% no Paquistão). Mesmo um alto nível de adaptação agrícola já não pôde impedir os efeitos negativos. Os pesquisadores de Stanford University preveem uma possibilidade de 95% de que várias culturas alimentares básicas no sul da Ásia e da África Austral sofram o desaparecimento ou escassez de produtos até 2030, devido ao aquecimento de +1 ° C da temperatura média de 1980-2000. [fonte]

Factos: em média, a produção de alimentos nos Países em desenvolvimento tem acompanhado o ritmo do crescimento populacional. O Paquistão, com 180 milhões de habitantes, está entre os dez maiores produtores mundiais de trigo, algodão, cana-de-açúcar, manga, tâmaras, laranjas e ocupa a 13ª posição na produção de arroz. O Paquistão mostra quantidades impressionantes e continuamente crescentes de produção agrícola, de acordo com a FAO. [fonte]

Os refugiados

2005: Janos Bogardi, diretor do Instituto de Meio Ambiente e Segurança Humana da Universidade das Nações Unidas em Bonn (Alemanha) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) alerta que pode haver até 50 milhões de refugiados ambientais até o final da década. O Secretário-Geral Adjunto da ONU, Srgjan Kerim, diz à Assembléia Geral da ONU que estima-se que haverá entre 50 milhões e 200 milhões de migrantes ambientais até 2010. [fonte]

2008: O PNUMA publica um mapa que mostra as áreas de origem dos 50 milhões de refugiados do clima até 2010. [fonte e fonte]

O mapa dos refugiados do PNUMA

2011: Cristina Tirado, do Instituto do Meio Ambiente e Sustentabilidade da UCLA, diz que 50 milhões de “refugiados ambientais” irão inundar o norte global até 2020, fugindo da escassez de alimentos provocada pela mudança climática. [fonte]

Factos: a partir de 2017, apenas uma pessoa reivindicou o status de refugiado por causa do clima: o “primeiro refugiado das mudanças climáticas” é Ioane Teitiota, de Kiribati. No entanto, a sua reivindicação foi rejeitada por um tribunal na Nova Zelândia em 2014. [fonte]

Mortos pelo clima

1987: o Dr. John Holdren, director do Escritório de Política de Ciência e Tecnologia da Administração Obama, então professor da U.C. Berkeley (EUA) é citado por Paul Ehrlich: “Como disse John Holdren, físico da Universidade da Califórnia, é possível que a fome induzida pelo dióxido de carbono possa matar até um bilhão de pessoas antes do ano de 2020.” [fonte]

2009: o Dr. John Holdren (o mesmo citado dantes) quando questionado pelo senador David Vitter admitiu que 1 bilhão de pessoas mortas até 2020 ainda são uma possibilidade. [fonte]

Factos: houve uma redução de 42% no número de pessoas famintas e subnutridas desde o período de 1990-1992 e aquele entre 2012-2014. A disponibilidade de alimentos per capita para todo o mundo aumentou de 2.220 kcal/pessoa/dia no início dos anos 1960 para 2.790 kcal/pessoa /dia em 2006-2008. [fonte]

Falta de tempo

1989: Noel Brown, director do departamento de New York do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), diz que nos próximos 10 anos, dadas as actuais cargas de CO2 que a atmosfera deve suportar, temos a oportunidade de iniciar um processo de estabilização. [fonte]

2006: o cientista da NASA James Hansen diz que o mundo tem uma janela de oportunidade de dez anos para tomar medidas decisivas sobre o Aquecimento Global e evitar a catástrofe. [fonte]

2007: cientistas das Nações Unidas afirmam que faltam apenas oito anos para evitar os piores efeitos do Aquecimento Global. [fonte]

As previsões não feitas

A teoria do Aquecimento Global também permite fazer algumas previsões que, de forma estranha, quase ninguém fez. Por exemplo: mais verde. Uma maior taxa de CO2 na atmosfera tem uma consequência lógica: mais plantas, porque estas utilizam o dióxido de carbono no processo da fotossíntese. Experiências neste sentido foram conduzidas já desde (pelo menos) 1988 e mostraram que os rendimentos agrícolas aumentaram de forma significativa. Portanto: uma previsão simples de fazer, mas que foi ignorada. [fonte]

Em 2007, o IPCC afirmava: “Ainda não está claro quão forte realmente é o efeito da fertilização com CO2”. [fonte] Isso apesar das análises dos dados (até satelitares) recolhidos desde 1982 terem demonstrado “mais verde” no planeta segundo uma taxa de 25%. [fonte]

“Mais verde” significa, obviamente, aumento da biomassa florestal. Durante as últimas décadas pensava-se que a dinâmica florestal global fosse determinada principalmente pela desflorestação. Foi somente na última década que se percebeu que a grande maioria dos relatos estava a contradizer essa ideia: as mudanças climáticas pareciam ter um impacto geralmente positivo sobre a produtividade florestal (quando houver suficiente água disponível). [fonte] O aumento observado da biomassa florestal excede em muito a recuperação natural e as observações de microondas por satélite demonstram que a tendência é global e é acompanhada por uma recente diminuição da desflorestação tropical. [fonte]

No final dos anos ’80 foi descoberta uma falha na contabilidade do carbono e este problema foi discutido até os anos 90: faltava CO2. Para onde tinha ido? Pelo visto ninguém pensou na possibilidade de que os oceanos e os ecossistemas terrestres pudessem responder ao aumento de CO2 absorvendo mais CO2. Estranho, considerando a conhecida interacção entre atmosfera e mar e o facto dos oceanos cobrir dois terços do planeta. Quando finalmente alguém pensou nisso, um outro alguém lembrou-se do problema da desflorestação e afirmou “menos plantas = mais CO2 na atmosfera”. Mas não há menos plantas, há mais.

Para acabar: ninguém entre os cientistas mainstream previu a desaceleração do aquecimento. O professor Robert Carter, geólogo e paleoclimatologista da Universidade James Cook, em Queensland, foi um dos primeiros a relatar a inesperada desaceleração do aquecimento ocorrida entre 1998 e 2014. [fonte] Mas a comunidade científica do clima essencialmente ignorou a questão ou negou (e ainda nega) a realidade do fenómeno.

Conclusões

Tudo isso significa que não há um Aquecimento Global? Não, significa que desde sempre o clima varia de forma natural, independentemente do Homem. Pode ser que o Homem esteja agora a “colaborar” para este aquecimento? Sim, pode ser: não sou climatólogo, não disponho dos dados e mesmo que os tivesse não seria capaz de interpreta-los. Mas, pelos visto, este é um problema não apenas meu: a teoria do Aquecimento Global fez previsões catastróficas ao longo das décadas, todas rigorosamente falhadas. Se tivéssemos que julga-la tendo como base apenas estas previsões, ficaria bem rotulada como “teoria da conspiração”, não como “teoria científica”.

Pena, porque precisamos desesperadamente de conhecer a verdade acerca da saúde da Terra, a nossa casa. Precisamos de alguém capaz de falar não apenas porque financiado pela lobby das energias renováveis mas só pelo facto de ser um cientista. A histeria colectiva do Aquecimento Global consegue deixar para o segundo plano problemas que, na minha abençoada ignorância, considero até mais urgentes como a poluição das águas, dos terrenos, do ar que respiramos, a excessiva exploração dos recursos naturais, etc..

A ideia que tenho (e que pode estar redondamente errada) é que a actividade humana possa de facto ter aumentado a taxa de CO2 na atmosfera. Porque é verdade: o Homem despeja na atmosfera uma quantidade (e variedade) incrível de lixo, o que não pode ser negado. Os ecossistemas do planeta conseguem absorver parte deste lixo? Sem dúvida, mas há limites e isso pode, eventualmente, ter provocado um variação mínima na temperatura global. É uma séria possibilidade depois de quase 300 anos de produção industrial. E, se assim for, também pode ser um problema no longo prazo (fala-se aqui de gerações).

Infelizmente, na nossa sociedade tudo é dinheiro: alguém viu neste fenómeno uma possibilidade de lucro (mais umas razões de carácter geopolítico), apropriou-se do assunto, começou a subornar pesquisadores e cientistas, a falsificar os dados, a fazer previsões catastróficas e a criar um clima de terror. Moral: um problema provavelmente autêntico foi tornado um caos no meio do qual o normal cidadão nem consegue discernir a verdade. A Ciência falhou.

 

Ipse dixit.

Fonte: Watts Up With That?